Um ano após a primeira edição, os Prémios Krónikas Feirenses estão de volta. Mais uma vez o ano é passado em revista. Os factos e as personalidades mais marcantes, quer pela positiva quer pela negativa, são alvo de distinção.
Prémio Batata Podre (Bronca do Ano)
- Caso Tribunal da Feira
Eleito pelos leitores do Krónikas Feirenses. Outros nomeados: Demissão de Hugo Meireles da administração do Hospital de S. Sebastião, indefinição da AEP quanto ao projecto do Europarque, Aterro em Canedo.
Muita tinta correu à conta desta "bronca". Após 4 anos de ignorância governamental aos pedidos de solução para o edifício do Tribunal de Santa Maria da Feira, em Abril chegava a "bomba". Um técnico que estivera edifício que ruiu em Luanda considerou o estado do prédio da Feira ainda pior. Os magistrados do tribunal feirense reuniram e fizeram um ultimato... resultado: Ministério da Justiça determina encerramento imediato!
A partir de então o edifico foi encerrado... procurava-se alternativa. Durante cerca de um mês a justiça parou por completo em Santa Maria da Feira. A somar aos gravíssimos atrasos nos processos motivados por falta de espaço e pessoal do Tribunal da Feira, surgia um novo problema... falta de edifício para funcionar. Em Maio aparecia a alternativa provisória: um armazém na Zona Industrial do Roligo. A mudança foi concretizada e entretanto surgia luz ao fundo do túnel. Um empreendimento vizinho do antigo edifício parecia ser a solução a médio prazo para a justiça em Santa Maria da Feira.
Umas semanas mais tarde assinava-se o acordo, no qual o Ministério da Justiça classificava de "definitiva" a solução encontrada... adaptação de um edifício de comércio e serviços. Com bastante atraso as obras de adaptação tiveram início e todos nós começamos a pagar a choruda renda de mais de 50.000 euros por mês.
Entretanto um magistrado é agredido em plena sala de audiências improvisada nas instalações dos Bombeiros Voluntários da Feira... novo ultimato... nova paragem na justiça. Apenas julgamentos urgentes passaram a realizar-se em Espargo, mas também nos tribunais de Espinho e S. João da Madeira.
Com um mês de atraso os serviços mudaram-se para as anunciadas instalações "definitivas"... mas a polémica voltava a rebentar. Falta de espaço para armazenar processos, falta de segurança na viagem dos magistrados desde o edifício principal até às salas de audiências, impossibilidade de carros celulares entrarem na garagem do novo tribunal, advogados e jornalistas são obrigados a partilhar instalações, participantes de julgamentos são obrigados e aguardar pela chamada no exterior do edifício. Falhas e mais falhas são apontadas, de tal modo que no dia da abertura se voltava a reclamar uma solução de raiz para a justiça em Santa Maria da Feira.
Prémio Caracol de Betão (Obra mais lenta)
- Alargamento da A1
Tudo parecia encaminhado para que as coisas corressem melhor do que na metade norte do concelho, mas a verdade é que estão a correr bem pior. A alegada falência de um sub-empreiteiro levou à paragem quase completa das obras, que conduziu ao caos nas ligações entre as duas margens da auto-estrada. Em Souto não há mesmo alternativa, enquanto na Feira se multiplicam as filas na variante motivadas pelo encerramento forçado do viaduto sobre a rotunda da A1. Em Espargo o piso teve mesmo de ser remendado pela Câmara. A Brisa, responsável pela obra, recusa-se a explicações, daí que o Caracol de Betão lhe seja entregue com todo o mérito.
Prémio Castelo de Latão
- Processo Lipor (PS)
Os vereadores do PS conseguem a proeza de conquistar este galardão pelo segundo ano consecutivo. Se no ano passado a estupidez passou pela incapacidade de interpretar uma publicidade relativa a um espectáculo do Imaginarius, este ano vamos mais longe. Ao longo de vários meses, várias vozes se ouviram, na tentativa de evitar o aterro em Canedo. O PS foi das vozes mais ouvidas, sendo a proposta sempre a mesma... adesão à Lipor. Desde o primeiro dia que o executivo municipal dava a mesma desculpa: os valores serão incomportáveis. Mas a ideia parecia florescer em certas cabeças... até que alguém lhes decidiu fazer a vontade, perdendo tempo em todo o processo. Foi encaminhado à Lipor um pedido de esclarecimentos quanto a custos e condições de uma eventual adesão.
Conclusão: não só fica mais caro, como se torna inevitável a disponibilização de um local para depósito de resíduos urbanos no conelho... lá vamos nós para Canedo outra vez!
Prémio Fogaça D'Ouro
- Feira Viva (Terra dos Sonhos)
Este ano a Fogaça D'Ouro não será entregue a uma personalidade, mas sim a uma entidade. Posso dizer que este foi o prémio mais difícil de atribuir, mas algumas semanas após o início da escolha, a opção só poderia ser uma: a Feira Viva. A empresa municipal de cultura e desporto teve a capacidade de criar (desta vez literalmente criar a partir do zero) um novo evento de grande projecção no concelho. De tal modo, que na primeira edição se vê obrigada a prolongar as datas de abertura, ao mesmo tempo que garante o retorno do investimento efectuado e se superam as previsões de visitas, mesmo com redução do funcionamento forçado pela chuva. É verdade que pela primeira vez nos grandes eventos da Feira temos um projecto com entrada paga... mas não venhamos agora com ideias malucas quanto ao futuro do Imaginarius e Viagem Medieval, aqui falamos de um projecto diferente, em que a entrada paga era fundamental por vários motivos... lotação do espaço, impossibilidade de aposta em novos projectos com grande impacto de investimento... e pelo facto de ser novo! Não havia hábitos criados... ao mesmo tempo que falamos de um espaço praticamente fechado por natureza.
Deixo os parabéns à Feira Viva e a todos os feirenses que participaram neste novo projecto, desde os professores que conceberam a cenografia a todos os que animaram o recinto ou simplesmente colaboraram para que tudo pudesse ser realidade.
Boa Nova do Ano/Qualidade de Vida
- Loja do Cidadão
A Loja do Cidadão é mesmo a Boa Nova do Ano. O único senão é o atraso que começa a levar. Se em Junho havia espaço... umas semanas depois foi ampliado o espaço... mas em Outubro não constava nos primeiros protoclos assinados e em Dezembro voltava a ficar de fora. Venha mais vontade para concretizar este projecto o quanto antes.
Prémio Exército Político
- Divisão da PSP
O último ano foi brindado com várias notícias sobre a reorganização das Forças de Segurança. Se na GNR tudo ficou decidio em 2007... já na PSP apenas a continuadade da Esquadra vem do ano passado. 2008 foi ano de muitas revelações, a primeira das quais relativa à criação de uma nova Divisão da Polícia de Segurança Pública a norte do distrito. De imediato Feira e S. João da Madeira entraram na luta pela nova estrutura, mas de forma menos mediática, Espinho ganha a "guerra".
Prémio Neurónio Avariado
- TGV corta projecto PIN ao meio
O Governo português parece continuar não com um, mas com vários neurónios avariados. Ora veja-se, cortar um projecto de interesse nacional, vulgo PIN, ao meio com uma alternativa de traçado para a linha de TGV!? Tal só pode demonstrar a incapacidade de coordenação entre os vários projectos em estudo para o país. Se tal se confirmar, ao que parece, a solução poderá ser a construção de um túnel, mas o traçado mais a litoral poderia evitar tal investimento. Vá-se lá perceber esta gente.
Momento do Ano
- Disney Channel
O Disney Channel foi este ano a entidade que mais divulgou a imagem de Santa Maria da Feira. O spot "duas torres" lançado no final do Verão esteve cerca de um mês no ar, na televisão e nas principais salas de cinema do país.
Menções Honrosas +
- Imaginarius
- Multidão na Festa das Fogaceiras
- Exposição Pianofortíssimo
- Presidente da República defende Quinta do Castelo
- Nova EB 2,3
Menções Honrosas -
- Mozelos no Minho
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- Caso Tribunal da Feira
Eleito pelos leitores do Krónikas Feirenses. Outros nomeados: Demissão de Hugo Meireles da administração do Hospital de S. Sebastião, indefinição da AEP quanto ao projecto do Europarque, Aterro em Canedo.
Muita tinta correu à conta desta "bronca". Após 4 anos de ignorância governamental aos pedidos de solução para o edifício do Tribunal de Santa Maria da Feira, em Abril chegava a "bomba". Um técnico que estivera edifício que ruiu em Luanda considerou o estado do prédio da Feira ainda pior. Os magistrados do tribunal feirense reuniram e fizeram um ultimato... resultado: Ministério da Justiça determina encerramento imediato!
A partir de então o edifico foi encerrado... procurava-se alternativa. Durante cerca de um mês a justiça parou por completo em Santa Maria da Feira. A somar aos gravíssimos atrasos nos processos motivados por falta de espaço e pessoal do Tribunal da Feira, surgia um novo problema... falta de edifício para funcionar. Em Maio aparecia a alternativa provisória: um armazém na Zona Industrial do Roligo. A mudança foi concretizada e entretanto surgia luz ao fundo do túnel. Um empreendimento vizinho do antigo edifício parecia ser a solução a médio prazo para a justiça em Santa Maria da Feira.
Umas semanas mais tarde assinava-se o acordo, no qual o Ministério da Justiça classificava de "definitiva" a solução encontrada... adaptação de um edifício de comércio e serviços. Com bastante atraso as obras de adaptação tiveram início e todos nós começamos a pagar a choruda renda de mais de 50.000 euros por mês.
Entretanto um magistrado é agredido em plena sala de audiências improvisada nas instalações dos Bombeiros Voluntários da Feira... novo ultimato... nova paragem na justiça. Apenas julgamentos urgentes passaram a realizar-se em Espargo, mas também nos tribunais de Espinho e S. João da Madeira.
Com um mês de atraso os serviços mudaram-se para as anunciadas instalações "definitivas"... mas a polémica voltava a rebentar. Falta de espaço para armazenar processos, falta de segurança na viagem dos magistrados desde o edifício principal até às salas de audiências, impossibilidade de carros celulares entrarem na garagem do novo tribunal, advogados e jornalistas são obrigados a partilhar instalações, participantes de julgamentos são obrigados e aguardar pela chamada no exterior do edifício. Falhas e mais falhas são apontadas, de tal modo que no dia da abertura se voltava a reclamar uma solução de raiz para a justiça em Santa Maria da Feira.
Prémio Caracol de Betão (Obra mais lenta)
- Alargamento da A1
Tudo parecia encaminhado para que as coisas corressem melhor do que na metade norte do concelho, mas a verdade é que estão a correr bem pior. A alegada falência de um sub-empreiteiro levou à paragem quase completa das obras, que conduziu ao caos nas ligações entre as duas margens da auto-estrada. Em Souto não há mesmo alternativa, enquanto na Feira se multiplicam as filas na variante motivadas pelo encerramento forçado do viaduto sobre a rotunda da A1. Em Espargo o piso teve mesmo de ser remendado pela Câmara. A Brisa, responsável pela obra, recusa-se a explicações, daí que o Caracol de Betão lhe seja entregue com todo o mérito.
Prémio Castelo de Latão
- Processo Lipor (PS)
Os vereadores do PS conseguem a proeza de conquistar este galardão pelo segundo ano consecutivo. Se no ano passado a estupidez passou pela incapacidade de interpretar uma publicidade relativa a um espectáculo do Imaginarius, este ano vamos mais longe. Ao longo de vários meses, várias vozes se ouviram, na tentativa de evitar o aterro em Canedo. O PS foi das vozes mais ouvidas, sendo a proposta sempre a mesma... adesão à Lipor. Desde o primeiro dia que o executivo municipal dava a mesma desculpa: os valores serão incomportáveis. Mas a ideia parecia florescer em certas cabeças... até que alguém lhes decidiu fazer a vontade, perdendo tempo em todo o processo. Foi encaminhado à Lipor um pedido de esclarecimentos quanto a custos e condições de uma eventual adesão.
Conclusão: não só fica mais caro, como se torna inevitável a disponibilização de um local para depósito de resíduos urbanos no conelho... lá vamos nós para Canedo outra vez!
Prémio Fogaça D'Ouro
- Feira Viva (Terra dos Sonhos)
Este ano a Fogaça D'Ouro não será entregue a uma personalidade, mas sim a uma entidade. Posso dizer que este foi o prémio mais difícil de atribuir, mas algumas semanas após o início da escolha, a opção só poderia ser uma: a Feira Viva. A empresa municipal de cultura e desporto teve a capacidade de criar (desta vez literalmente criar a partir do zero) um novo evento de grande projecção no concelho. De tal modo, que na primeira edição se vê obrigada a prolongar as datas de abertura, ao mesmo tempo que garante o retorno do investimento efectuado e se superam as previsões de visitas, mesmo com redução do funcionamento forçado pela chuva. É verdade que pela primeira vez nos grandes eventos da Feira temos um projecto com entrada paga... mas não venhamos agora com ideias malucas quanto ao futuro do Imaginarius e Viagem Medieval, aqui falamos de um projecto diferente, em que a entrada paga era fundamental por vários motivos... lotação do espaço, impossibilidade de aposta em novos projectos com grande impacto de investimento... e pelo facto de ser novo! Não havia hábitos criados... ao mesmo tempo que falamos de um espaço praticamente fechado por natureza.
Deixo os parabéns à Feira Viva e a todos os feirenses que participaram neste novo projecto, desde os professores que conceberam a cenografia a todos os que animaram o recinto ou simplesmente colaboraram para que tudo pudesse ser realidade.
Boa Nova do Ano/Qualidade de Vida
- Loja do Cidadão
A Loja do Cidadão é mesmo a Boa Nova do Ano. O único senão é o atraso que começa a levar. Se em Junho havia espaço... umas semanas depois foi ampliado o espaço... mas em Outubro não constava nos primeiros protoclos assinados e em Dezembro voltava a ficar de fora. Venha mais vontade para concretizar este projecto o quanto antes.
Prémio Exército Político
- Divisão da PSP
O último ano foi brindado com várias notícias sobre a reorganização das Forças de Segurança. Se na GNR tudo ficou decidio em 2007... já na PSP apenas a continuadade da Esquadra vem do ano passado. 2008 foi ano de muitas revelações, a primeira das quais relativa à criação de uma nova Divisão da Polícia de Segurança Pública a norte do distrito. De imediato Feira e S. João da Madeira entraram na luta pela nova estrutura, mas de forma menos mediática, Espinho ganha a "guerra".
Prémio Neurónio Avariado
- TGV corta projecto PIN ao meio
O Governo português parece continuar não com um, mas com vários neurónios avariados. Ora veja-se, cortar um projecto de interesse nacional, vulgo PIN, ao meio com uma alternativa de traçado para a linha de TGV!? Tal só pode demonstrar a incapacidade de coordenação entre os vários projectos em estudo para o país. Se tal se confirmar, ao que parece, a solução poderá ser a construção de um túnel, mas o traçado mais a litoral poderia evitar tal investimento. Vá-se lá perceber esta gente.
Momento do Ano
- Disney Channel
O Disney Channel foi este ano a entidade que mais divulgou a imagem de Santa Maria da Feira. O spot "duas torres" lançado no final do Verão esteve cerca de um mês no ar, na televisão e nas principais salas de cinema do país.
Menções Honrosas +
- Imaginarius
- Multidão na Festa das Fogaceiras
- Exposição Pianofortíssimo
- Presidente da República defende Quinta do Castelo
- Nova EB 2,3
Menções Honrosas -
- Mozelos no Minho
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8 comentários:
Muito bem atruibuidos os premios do ano. Parabens e um Bom 2009!
Pacientemente esperei não as duas semanas que dizias mas quatro. Do projecto do Europarque nada. Ou a coisa é tão complicada que ainda não esta pronta ou isto será uma forma de as pessoas irem esquecendo o assunto. Eu aposto na segunda mesmo que venha a aparecer algum projecto.
A loja do cidadão também se esperava por um fim do mês que até hoje ainda não chegou. O que chegou foi mais uma lista onde a loja da Feira não consta. A proposta é tão irrecusável que como diz o povo"quando a esmola é grande o pobre desconfia".
Agora o resto do "muito bem dito":
Por vezes eu acho que não estás mas que te fazes um bocado confuso. As esquadras da PSP que estavam ou estão para ser encerradas são da Feira e Ovar, nunca esteve em causa a de S. João e tu sabes. A PSP é uma força policial urbana, de cidades e como dizias tem a ver com o nº de habitantes, daí se falar na necessidade de alargar o perímetro urbano da Feira. Em S. João esse problema não se coloca pois tem senssivelmente o dobro dos habitantes da Feira, muito acima do nº que eles consideram minimo para a existencia de uma esquadra.
Se o teu modelo de cidade é a Feira, não, S. João felizmente não corresponde ao teu modelo. Aqui realmente vai-se arranjando espaço para quase tudo. Mas isto já vem de muito longe, porque equipamentos que aqui existem há muitas décadas, graças ao esforço de valorosos sanjoanenses(biblioteca, hospital, piscinas, pavilhões desportivos, centro coord. transportes, forum municipal, etc)aí existem alguns há meia duzia de anos(desde que o Estado paga quase tudo)e outros vocês ainda anceiam por eles.
Depois, só para te fazer zangar ainda mais, por causa de Arrifana dizias que nem sequer se fala em reorganização administrativa? Admira-me, uma pessoa tão bem informada como tu ainda não tenha visto nada sobre "lei quadro de criação, fusão e extinção de autarquias locais". Talvez seja preciso esperar bem mais do que duas semanas, mas como ja viste eu sou paciente.
Bem, há coisas que já não te volto a explicar... Qto à PSP se queres esquecer o início do processo, isso é contigo, mas a primeira proposta apontava 30.000 habitantes como o mínimo para a força funcionar. Aí também SJM caía. O procedimento pelo número de habitantes mostrou-se muito falível... e bla, bla, bla, sabes bem o resto...
Qto ao Europarque a apresentação "está" ainda hoje oficialmente marcada para a primeira quinzena de Dezembro 2008, mas num projecto desta envergadura atrasos na apresentação não me espantam nem levam sequer a preocupar... até porque mesmo sem o grande projecto da EXPONOR, que talvez não fique mesmo em Matosinhos, o Europarque já está a crescer e bem mais do que muita gente sonhava... há é muita gente que não quer mesmo acreditar, mas isso não é comigo!
Qto aos equipamentos que SJM foi construindo ao longo dos anos, só tenho uma coisa a dizer: queres comparar a necessidade de equipamentos num concelho de 1 freguesia, para um concelho de 31? Já que estás com tanta vontade de ver SJM crescer em área fica já o aviso... as verbas não vão crescer proporcionalmente (este é o problema da atribuição de verbas), em resumo ficaria a perder. Qto à Feira durante décadas investiu-se um pouco por todo o concelho... a consequência é uma cidade não tão bem estruturada como seria desejável (eu considero um erro, mas há opções a fazer).
Já no que à Loja do Cidadão diz respeito... o projecto não morreu, até porque todos os concelhos do país vão ter uma, nem que seja uma espécie de PAC maiorzinho, como em Esmoriz. Chateia-me o atraso sim, mas a evolução que o projecto levou compensa o deslize no tempo. Até porque na Feira há outro processo a ter em conta, o licenciamento da expansão do E.Leclerc.
Qto aos equipamentos, que há pco não tive tempo... quais faltam? O CCT... alvo de imensas e lógicas discussões quanto à localização. Qto ao resto... meia dúzia de anos????? Faz melhor as contas!
Biblioteca - o novo edificio tem cerca de 9 anos... mas funcionava noutras instalações. A Biblioteca da Feira é uma instituição com cerca de 100 anos.
Hospital - Dia 4 faz 10 anos o novo. O de Oleiros funcionava anteriormente... e ainda bem que demorou 30 ano a ser construído. À custa de muito esforço e argumentação provou-se que o HSS era mesmo necessário. Se fossem feitas cedências anteriormente hoje a Feira teria um hospital da dimensão de SJM... e ainda hoje todo o EDV estaria dependente dos hospitais do Porto.
Piscinas - de iniciativa privada existem há décadas. Tantas, que as piscinas mais antigas do concelho estão tão velhas que têm os dias contados. Hoje a rede de piscinas municipais contempla 3 piscinas cobertas de gestão da Feira Viva, uma piscina de cobertura amovível de gestão da Feira Viva e uma piscina olímpica de investimento privado em parceria com a Câmara, em Lamas.
Pavilhões - nem falo deles... são mais do que as mães. Hoje fala-se na construção de um com maior capacidade de público. Mas as necessidades associativas estão mais do que asseguradas com os vários pavilhões espalhados pelo concelho. Além do mais o Pav. do GRIB está novinho e em Fiães vem novo a caminho.
Forum municipal - não precisamos de forum! Temos 31 juntas, 1 assembleia e 1 câmara. Não precisamos de juntar tudo no mesmo edifício. É verdade que se fala em construir novo edifico para juntar todos os serviços da Câmara no mesmo espaço. Considero um grande erro... seria a morte do centro histórico, além do mais, nenhuma das grandes câmaras do país funcionona num único edifício.
Vou bater no mesmo... mas cá vai:
- Educação - a vergonha do concelho e muito concretamente da cidade! Uma cidade que não investe na educação é uma cidade que não investe no futuro.
Vergonhoso.
E garanto-vos que esta é uma razão para não fixar cá mais pessoas jovens.
Viram o último boletim aqui do concelho (desculpem, não me recordo bem do nome), apesar de ser recente, o que lá está dentro tem mofo... A carta educativa está no site da Câmara e é de Agosto de 2005... Não percebo o cérebro de quem decidiu chamar à primeira página um assunto que mostra a incompetência total desta camara. Tinham na mão um estudo datado de Agosto de 2005 e parece que só agora o leram!!
Passa-se mais um mandato e não se vê NADA na cidade.
- pré e primária maior (EB1 n.º 2) sem condições condizentes com uma cidade que tem uma biblioteca fantástica, que tem espectáculos fenomenais - visitem-na. Parece do terceiro mundo!
- EB2 e 3 e Secundária - não conheço bem...
A população da cidade, as crianças e os professores mereciam mais!
- pavilhões - fez-se muito (demasiado) pelo futebol... E o resto? Um pavilhão da Lavandeira... Tenham dó!
Eu acho que a educação não é a vergonha do concelho... mas o ponto negro da cidade. Desde há muitos anos sempre se deu prioridade aos projectos escolares das freguesias...
- vê ao nível dos centros escolares quantos estão a avançar... mas o da Cruz continua a marinar!
- vê quantos escolas EB 2,3 nasceram há cerca de 10 anos nas freguesias... e na cidade está tudo a rebentar pelas costuras... finalmente foi aprovada a EB 2,3 nº 3... mas isso não chega... falta a requalificação da Fernando Pessoa e a aprovação da 2ª fase desta nova EB 2,3 que diz respeito ao ensino secundário
- ao nível do secundário estamos mesmo mal... a ver vamos se a vontade política de alargar o ensino obrigatório até ao 12º ano serve de impulso. 2 escolas públicas e uma privada com acordo com o Ministério é manifestamente insuficiente para 150.000 habitantes... há muito que se fala de soluções, mas para já apenas uma nota positiva: a integração da secundária da Feira na Parque Escolar. Ainda em 2009 deverão arrancar as obras que modificarão por completo a estrutura e a cara da velhinha escola.
Quanto a pavilhões e a futebol... vamos por partes... eu considero que a Câmara da Feira tem adoptado uma estrutura correcta... apoia apenas a formação e não os profissionais... acontece é que na Feira, cada freguesia tem o seu clube de bairro... e como tal muito dinheiro tem de ser gasto... mas não será assim tanto como seria desejável.
No que aos pavilhões diz respeito... na cidade temos o velhindo e desactualizado pavilhão da Lavandeira (talvez o projecto FTCD venha a concretizar-se um dia destes) mas no resto do concelho temos outras estruturas capazes... para além dos pavilhões escolares abertos à comunidade, sendo muitos deles de gestão partilhada com autarquia, temos ainda o novíssimo pavilhão do GRIB (Paços Brandão) e em Fiães está em concurso a construção de um novo.
Mais uma vez batemos na tecla da descentralização... eu credito que uma década de centralização de investimento traria enormes mais valias, mesmo para as freguesias... muitas migalhas juntas darião um grande pão, mas estamos numa de distribuir a esmola pelas aldeias.
Educação - a ver vamos como vai ser 2009 - que não vai ser nada porque estes projectos levam tempo e já se deveria ter começado há muito... ok. Na cidade. O resto não conheço.
Futebol - para mim é um absurdo o projecto gigantesco que se vê a caminho de SJM, quando a cidade não tem um pavilhão de jeito. O desporto não é só futebol.
O projecto que está a nacer em Sanfins não é de iniciativa municipal. É um projecto do CD Feirense, construido com verbas do clube, no qual a Câmara contibui com a construção de acessos, que de qualquer forma seriam necessários para o desenvolvimento de uma freguesia que se quer integrar na cidade a curto prazo. O que vemos lá é um verdeiro exemplo nacional... uma grande aposta na formação. São mais de 400 crianças e jovens que ali têm formação em futebol, evitando-se outro tipo de escolhas e ocupação de tempos livres menos saudáveis... e mesmo desaconselhadas.
Qto ao apoio da Câmara, tem também outro objectivo... quanto mais depressa o estádio se mudar para Sanfins, mais depressa o centro da cidade ganha nova vida, com a saída de um estádio perfeitamente obsuleto, no qual o próprio clube não quer investir mais.
Além do mais, o projecto do clube prevê numa terceira fase a construção de um pavilhão, propriedade do Feirense, que albergue as modalidades de andebol e ginástica.
É verdade que o pavilhão da Lavandeira, em termos de impacto para grandes organizações já deu o que tinha a dar, mas este tipo de projectos nunca podem nascer no centro de uma cidade... é verdade que não temos um grande pavilhão para o século XXI, mas se olharmos à volta só Ovar o tem... e nasce também ele de iniciativa privada.
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