Impacto na Imprensa Nacional:
Portugal deve preocupar-se com a máfia? Roberto Saviano acha que sim.
"Não sou especialista no crime português, mas há uma certa facilidade de trânsito em certos portos portugueses", vincou o escritor napolitano, nascido em 1979. "Toda a droga que passa em Portugal e Espanha foi, muito possivelmente, comprada por cartéis de droga italianos. Aqui [em Portugal] não matam, não há sangue, e então os governos ficam muito distraídos em relação a estas questões." A lei fica também à margem, uma vez que não há uma jurisprudência contra a máfia. "Há crimes parecidos, mas não existe o crime de pertencer a uma associação mafiosa."
@ Público
Roberto Saviano passou pelos pastéis de Belém.
Vive "uma não vida", onde tudo é preto ou branco, sem espaço para a diferença. Com a publicação do livro Gomorra, em 2006, ganhou prémios, elogios, vendeu milhões de livros, mas é-lhe impossível sentar-se numa esplanada com o sol a bater-lhe nas costas. A máfia napolitana não perdoa a Roberto Saviano a dissecação do seu império económico e jurou-lhe a morte. Em Portugal, soube o DN, pôde saborear um pouco das coisas simples da vida. Sexta-feira de manhã, ainda que escoltado, esteve em Lisboa a comer os famosos pastéis de Belém.
@ Diário de Notícias
"Muitas vezes, odeio este livro."
Saviano vive, desde então, no limbo: "O meu quotidiano é aborrecido, não tem nada de épico", garantiu na conferência "Máfias e Mercado Global", que decorreu em Santa Maria da Feira. Aliás, são eventos assim que lhe suavizam a rotina, onde "tudo tem de ser decidido com três dias de antecedência e em que estamos sempre sob o olhar de alguém". A dureza desse regime - que lhe impõe cinco homens e duas viaturas -, nota-se já, mais do que no fácies de barba rente mas espessa, no cansaço do olhar, na inconstância da compostura, no frenesim dos gestos anelados que dedilham o telemóvel.
@ Jornal de Notícias
Se não há ainda actividade mafiosa de monta em Portugal, ela não vai tardar, alerta Roberto Saviani
Alertou ainda que, no futuro, 'será o capital do narcotráfico a determinar as políticas financeiras da banca internacional e a influenciar as decisões políticas em cada vez mais países'.
Portugal deve preocupar-se com a máfia? Roberto Saviano acha que sim.
"Não sou especialista no crime português, mas há uma certa facilidade de trânsito em certos portos portugueses", vincou o escritor napolitano, nascido em 1979. "Toda a droga que passa em Portugal e Espanha foi, muito possivelmente, comprada por cartéis de droga italianos. Aqui [em Portugal] não matam, não há sangue, e então os governos ficam muito distraídos em relação a estas questões." A lei fica também à margem, uma vez que não há uma jurisprudência contra a máfia. "Há crimes parecidos, mas não existe o crime de pertencer a uma associação mafiosa."
@ Público
Roberto Saviano passou pelos pastéis de Belém.
Vive "uma não vida", onde tudo é preto ou branco, sem espaço para a diferença. Com a publicação do livro Gomorra, em 2006, ganhou prémios, elogios, vendeu milhões de livros, mas é-lhe impossível sentar-se numa esplanada com o sol a bater-lhe nas costas. A máfia napolitana não perdoa a Roberto Saviano a dissecação do seu império económico e jurou-lhe a morte. Em Portugal, soube o DN, pôde saborear um pouco das coisas simples da vida. Sexta-feira de manhã, ainda que escoltado, esteve em Lisboa a comer os famosos pastéis de Belém.
@ Diário de Notícias
"Muitas vezes, odeio este livro."
Saviano vive, desde então, no limbo: "O meu quotidiano é aborrecido, não tem nada de épico", garantiu na conferência "Máfias e Mercado Global", que decorreu em Santa Maria da Feira. Aliás, são eventos assim que lhe suavizam a rotina, onde "tudo tem de ser decidido com três dias de antecedência e em que estamos sempre sob o olhar de alguém". A dureza desse regime - que lhe impõe cinco homens e duas viaturas -, nota-se já, mais do que no fácies de barba rente mas espessa, no cansaço do olhar, na inconstância da compostura, no frenesim dos gestos anelados que dedilham o telemóvel.
@ Jornal de Notícias
Se não há ainda actividade mafiosa de monta em Portugal, ela não vai tardar, alerta Roberto Saviani
Alertou ainda que, no futuro, 'será o capital do narcotráfico a determinar as políticas financeiras da banca internacional e a influenciar as decisões políticas em cada vez mais países'.
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