segunda-feira, 30 de março de 2009

Seguem-se os anúncios... tarda a obra!

Com pompa e circunstância, o Governo anuncia o que já estava anunciado e protocolado.
Andava eu a "navegar pela net" e eis que deparo com uma notícia em que se descrevia o anúncio de hoje do Ministério da Educação sobre a requalificação das escolas EB 2,3 mais degradadas do país. O concelho de Santa Maria da Feira teria duas escolas na lista... e eu já a pensar, depois de Paços de Brandão, será que teremos mais obra? Afinal nada de novo... relativamente à Feira temos o seguinte:

Santa Maria da Feira Requalificação e substituição
Escola Básica de Paços de Brandão
Construção
Escola Básica dos 2.º e 3.º ciclos n.º 3 de Santa Maria da Feira

Valha-nos a capacidade lusa para deixar andar. Ora, anunciar com toda a pompa o que já tinha sido apresentado como se de uma grande coisa se tratasse. Estamos mesmo em ano de eleições... e já agora só para relembrar que este acto de caridade do Ministério já vem tarde: falando só pela cidade, há dez anos, estudava eu na EB 2,3 nº2 e a nº3 já era pedida. Deixem-se lá das fotos e avance a obra para o terreno... pois com tanto anúncio, a escola que este Governo anunciou há meses para o ano lectivo 2009/2010, ainda está em fase de concurso!

Um Olhar sobre o Concelho | Comércio

Chegamos ao último dia desta maratona em forma de "Olhar sobre o Concelho". A ideia inicial era neste último post abordar vários temas que não se enquadrassem nos tópicos já tratados... acontece que todas as ideias de que vou escrever se encaminham para um único tópico: comércio. Daí que afinal o último dia seja dedicado a sugestões por forma a renovar e reforçar a componente comercial do concelho, que deverá ser encarado como perspectiva económica de futuro com as características urbanas que se estão a criar.

Antes de falar no privado, acho que devo tratar da questão de investimento público. Afinal, quando avança a renovação do Mercado Municipal? É verdade que a classificação do edifício de Monumento Nacional muda muita coisa, mas a não fazer-se nada, em meia dúzia de anos teremos um Monumento Nacional abandonado e não um verdadeiro mercado para o futuro. Considero urgente a requalificação e reformulação do espaço, mantendo a traça original do edifício, mas introduzindo serviços e condições para o século XXI.
Por outro lado considero importante que outras estruturas do género floresçam no concelho. Obviamente não vou propor que se construam mercados desta dimensão (apenas eventualmente em Lourosa), mas que se criem espaços dignos para os mercados semanais que se instalam sem as mínimas condições em várias freguesias, com um verdadeiro aspecto de feira.
E por falar em feira... para quando a criação de condições para as zonas de feira do concelho? Se a Feira dos Dez já tem melhor aspecto, embora ainda faltem pormenores, o mesmo não acontece com a Feira dos Vinte ou com a Feira dos Quatro. O mesmo tratamento deve ser aplicado em Arrifana, enquanto que na Feira se deve definir definitavamente a localização da feira mensal e adequar o espaço escolhido às condições que uma realização deste género necessita. Já em S. João de Ver, a requalificação do Largo das Airas deverá ser pensada de forma a re-inventar a Feira dos Dezassete e criar uma nova estrutura deste género no concelho.

Sugiro ainda a implementação de um Plano integrado de desenvolvimento comercial e de serviços do Centro Histórico, com especial cuidado em caso de saída dos edifícios autárquicos. O centro histórico de Santa Maria da Feira está gradualmente a perder a sua vocação comercial... o que é normal, ganhanho relevo a vertente de lazer. De qualquer forma, todo este desenvolvimento deve ser acompanhado de perto, de modo a evitar a perda de identidade e em caso de saída dos serviços da autarquia, a verdadeira criação de um deserto humano em certas horas do dia.

Por fim, é tempo de olhar para o investimento privado. A autarquia deve primar pela criação de condições que levem a maior celeridade na atribuição de licenças e projectos, assim como a eliminação de muitas das barreiras que ao longo das últimas décadas impediram a concretização de largas dezenas de projectos... o que faz com que ainda hoje os feirenses tenham de recorrer a outros concelhos para parte das suas compras e actividades de lazer.

domingo, 29 de março de 2009

Um Olhar Sobre o Concelho | Justiça e Segurança

A nível de justiça e segurança não há muito para escrever... mas bastante para fazer. Se a nível da segurança se deram passos importantes no que à área de intervenção da GNR diz respeito, já quanto à PSP há longo caminho a percorrer.
Para começar e deixando as instalações para mais tarde há que reforçar os programas de policiamento de proximidade e levar as forças de segurança para próximo da população... torná-las parte do seu dia-a-dia. A modernização e reforço dos meios materiais e humanos também não deve ser descorada. Torna-se ainda importante reajustar a área de intervenção da PSP, de modo a adequar-se aos novos limites da cidade. Para terminar a incursão pela PSP há que não esquecer o processo de construção da nova esquadra... já há terreno... o processo de desenvolvimento do projecto de arquitectura está em curso... surjam então as verbas para a concretização da obra.

No que à GNR diz respeito, não vou esquecer o já muito pedido reforço de efectivos, mas essencialmente relembrar o assunto Canedo. O Posto desta freguesia do norte do concelho nada tem de espaço de segurança... já merecia algo melhor. Não digo que se faça um posto à dimensão de Lourosa ou de Lamas, mas faça-se algo digno desta força de segurança.
Por outro lado e com o encerramento da GNR de S. João da Madeira, gera-se maior volume de trabalho no posto da Feira. E das três, uma... ou há reforço de efectivos na Feira para se conseguir dar resposta às freguesias do concelho que eram cobertas pelo posto vizinho... ou avança o quinto posto do concelho, eventualmente em Arrifana... ou, em alternativa, a PSP vê o seu raio de acção alargado de forma a permitir a criação de um eixo de policiamento urbano entre Santa Maria da Feira e S. João da Madeira.

Avançando para a Justiça vejo que se vão dando largos passos... vejo um Julgado de Paz a revelar-se um sucesso, vejo que se arranjou alternativa (espero que provisória) ao Tribunal desajustado e em risco de ruína e vejo a definição de Santa Maria da Feira como sede da nova Comarca do Entre Douro e Vouga, no âmbito do processo de reorganização do mapa judiciário.
Vendo tudo isto só posso reclamar de uma coisa... venha lá um edifício decente e pensado de raiz para tribunal. A solução do empreendimento D. Manual I desde cedo se mostrou incapaz de ser uma solução de futuro e para além do mais torna-se insuficiente para receber aumento da carga processual, num tribunal que figura no top 3 dos tribunais nacionais com maior número de processos pendentes. Haja novo espaço e venham mais meios... se os recursos humanos actuais não conseguem dar resposta, porque tarda em surgir a atribuição de novos juizos?

sábado, 28 de março de 2009

Confirmado: Alfredo racandidata-se à Câmara

“Espero, efectivamente, fazer mais quatro Enefeiras”. É desta forma que Alfredo Henriques afirma à RCF que se vai recandidatar à presidência da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira nas próximas eleições autárquicas.


Um Olhar Sobre o Concelho | Urbanismo

No que ao urbanismo diz respeito poderia falar em muita coisa... projectos concretos, erros que tardam em ser corrigidos, sugestões de novos planos... mas entendo que tudo isso deve ser pensado num plano bem maior: um Plano de Integração Urbana do Concelho, ou melhor, do terço urbano do concelho.
O concelho de Santa Maria da Feira foi desde sempre caracterizado pelas brutais diferenças territoriais. Nos dias que correm, essas diferenças podem em parte ser anuladas e criar-se um eixo urbano por excelência. No mapa abaixo, destaco as freguesias que desde já deveriam ser integradas no plano que teria dois objectivos principais:
- em primeiro, criar verdadeiras características urbanas isentas de descontinuidades na área entre as 3 cidades do concelho;
- e em segundo, pensar-se nas cidades de forma diferente... esqueçam-se os limites das freguesias e olhe-se para as cidades com outros olhos.


A proposta passa pela definição de um plano global de actuação baseado em 3 conceitos... a cidade da Feira, as cidades a norte e as zonas de fronteira.
Considero que a cidade de Santa Maria da Feira deve ser encarada a 4 freguesias: Feira, Espargo, Sanfins e S. João de Ver. Logicamente que não será para o imediato, mas deve pensar-se no projecto urbano para que em uma década se possa olhar para todas as 4 freguesias e pensar-se na mesma cidade.
Plano esse, que deve pensar também na envolvente à cidade. Devem criar-se condições de desenvolvimento urbano homogéneo nas freguesias mais próximas (Rio Meão, Escapães, Fornos, Travanca e Arrifana) e eventualmente pensar em alargamentos futuros da cidade... mas aqui falando em décadas. Obviamente que a médio prazo não teremos uma cidade deste tamanho, mas toda esta área deve ser encarada como dormitório urbano que se interligue com as caracteristicas da cidade.

Mais a norte, considero um erro olhar-se para Fiães e Lourosa como duas cidades distintas... em termos de futuro, o ideal seria reformular a ideia a uma só cidade... e talvez a três freguesias: Lamas, Lourosa e Fiães.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Um Olhar Sobre o Concelho | Emprego

Bem, sobre a instalação de condições para a criação de emprego muito haveria a dizer, mas optei por resumir tudo a investimento em áreas empresariais por excelência, com todas as condições, simplificação de processos de licenciamento e aposta crescente no desenvolvimento paralelo dos sectores secundário (em queda) e terciário (em ascensão previsível).

A nível industrial sugiro o rápido avanço dos parques empresariais previstos (FeiraPark, PEC e PERM) e a criação de um quarto parque, também ele virado para a tecnologia em Mosteirô/Souto, como em tempos já se falou, havendo mesmo contactos com a ParqueInveste, parceiro da Câmara e PortusPark no processo do FeiraPark.
A nível de indústria/serviços nos moldes convencionais temos a zona industrial de Romariz/Pigeiros em desenvolvimento... sem interessados... faça-se algo para inverter a tendência. Avance-se ainda com a zona industrial de Gião, junto ao nó da A32 com o eixo das cortiças e com o alargamento das zonas industrias do Cavaco e da Corujeira de modo a torná-las numa só área com maior impacto. A escassez de espaço na zona industrial do Roligo leva ao equacionamento da sua expansão... em que ponto está o projecto da FTCD? Colide com a expansão da zona industrial ou permite o seu avanço?

Em paralelo deve apostar-se na diversificação do tecido empresarial, tornando a Feira menos dependete de indústrias convencionais: Cortiça e Calçado, e na formação. A insdústria do século XXI é cada vez mais dependente de funcionários qualificados nos mais variados cursos técnicos, deve apostar-se nesta área numa forte perspectiva de combate ao desemprego.

quinta-feira, 26 de março de 2009

180 Milhões investidos na Cortiça

O Plano de Apoio à Indústria da Cortiça (PAIC) no montante global de 180 milhões de euros, vai destinar 100 milhões para financiamento a empresas e 21 milhões para duas campanhas de promoção internacional de produtos em cortiça.

Falando na apresentação do plano hoje no Europarque, Manuel Pinho, ministro da Economia, diz que será a "maior campanha de sempre a nível mundial em torno da imagem da cortiça" e destaca também as medidas do PAIC destinadas a "modernizar o sector", nomeadamente o financiamento do Pólo de Competitividade das Indústrias de Base Florestal no âmbito das Estratégias de Eficiência Colectiva.
Para o ministro, o apoio dado à indústria da cortiça justifica-se com o facto de essa constituir "um dos poucos sectores em que Portugal é líder mundial".
António Rios Amorim, presidente da Associação Portuguesa da Cortiça, atribui ao PAIC "vastas e positivas implicações para a economia nacional", apelando agora à "diligência" dos industriais do sector, que "têm três meses para apresentar as suas candidaturas" ao plano.

Luís Filipe Costa, presidente do IAMEI -- Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas, deixou a garantia: "A partir da próxima semana podemos ter empresas a aceder ao crédito bancário em condições muito vantajosas".
O mesmo responsável destacou ainda a linha de seguros de crédito de mil milhões de euros prevista no PAIC para reforço das exportações.
Estão previstos seguros de crédito para transacções dentro e fora da OCDE -- Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos, e garantias do Estado para riscos não cobertos.
Vão também ser simplificados os regimes de benefícios fiscais à internacionalização.

As campanhas internacionais previstas no PAIC têm dois públicos específicos. A principal visa a promoção da rolha, envolve 15 milhões de euros e vai concentrar-se na Alemanha, nos Estados Unidos da América, em França, em Itália e no Reino Unido.

A segunda visa fomentar o uso de materiais de construção e produtos decorativos à base de cortiça, envolve seis milhões de euros e vai incidir na Alemanha, nos Estados Unidos, na Rússia e nos Emirados Árabes Unidos.
Além do apoio ao financiamento às exportações e à promoção externa, o PAIC inclui também um eixo de medidas vocacionadas para o ajustamento ao perfil industrial e tecnológico do sector, e outro destinado a estimular o emprego e qualificação.
Manuel Pinho destacou o facto de o documento ter sido elaborado em apenas quatro semanas graças a "um trabalho de equipa" entre o Governo e representantes do sector.

@ Visão

Um Olhar Sobre o Concelho | Cultura & Desporto

A cultura em Santa Maria da Feira transformou-se no espaço de uma década numa referência nacional. O concelho deve no mínimo manter, sendo o ideal um reforço nesta aposta, de modo a estar sempre na dianteira e não perder a linha da frente na inovação em termos de produção de grandes eventos e outros projectos de índole cultural. A aposta na "prata da casa" é cada vez mais visível e dá frutos com qualidade crescente... a prova viva é o conjunto de actividades do Centro de Criação para o Teatro e Artes de Rua que consegue envolver a comunidade em projectos de referência nacional e internacional. Os 3 grandes eventos (Imaginarius, Viagem Medieval e Terra dos Sonhos), a Festa das Fogaceiras e um conjunto de eventos que completam o mapa cultural (Festival para Gente Sentada, Rock.VFR, Semana Santa, FEST, Viajar no Tempo Rumo à Viagem Medieval, Festival da Juventude, Feira de Artesanato, Festival de Cinema Luso Brasileiro e Simpósio anual em cooperação com o Sete Sóis Sete Luas), assim como projectos a nível das colectividades das freguesias (Encontro de Teatro de Paços de Brandão, Louroteatro, Festival de Música de Verão de Paços de Brandão, Festival Danças do Mundo...) devem manter-se em destaque como projectos ímpares de divulgação do concelho e da região, com cada vez maior capacidade de atracção de público exterior.
A programação de sala, em especial a programação do Europarque, não deve cair no esquecimento, numa altura em que já se começam a trazer ao concelho alguns grandes espectáculos de qualidade internacional. Deve reforçar-se o posicionamento do Centro Cultural do Europarque no seio da Área Metropolitana do Porto, como sala de espectáculos por excelência, em paralelo com a Casa da Música e o Coliseu... princípio que se anuncia estar associado à genése do processo de expansão recentemente anunciado.

O concelho deve apostar cada vez mais na criação e mostrar o produto feirense ao país, com a realização de espectáculos também fora de portas. A aposta no associativismo e no know-how local tem muito por onde crescer e tem-se mostrado uma aposta ganha.

Em termos de novas iniciativas, olho para o "Projecto Praças" como elemento fundamental para a tão falada descentralização de eventos a nível concelhio. Este conceito de dinamização de espaços públicos ao longo da Primavera e Verão poderia ser a nova forma de inclusão dos projectos Sete Sóis Sete Luas no enquadramento cultural feirense.

No que respeita a infra-estruturas considero essencial a aposta na conclusão da rede cultural do concelho e da rede municipal de museus. A construção de edifício do Centro de Criação para o Teatro e Artes de Rua (CCTAR) é a prioridade absoluta... Santa Maria da Feira não pode continuar a adiar a casa de uma instituição que dá já cartas em toda a Europa. A requalificação do Cine Teatro António Lamoso é no meu entender o passo seguinte, sem nunca esquecer a criação de salas de ensaio e eventual auditório B para a apresentação de pequenas produções e projectos em fase de criação.
Numa segunda etapa há que concluir a rede municipal de museus... por um lado temos o museu etnográfico que parece ter adormecido, e por outro temos o mega projecto para o Museu da Indústria Corticeira (Lourosa) que se deve assumir como prioridade em termos museológicos para a próxima década.
A criação de condições para a abertura ao público do Castro de Romariz e o aceleramento do processo de escavações no Castro de Fiães devem estar também na linha da frente da aposta cultural feirense.

Ainda a nível de cultura e atendendo à probabilidade do CCTAR abandonar o antigo matadouro, é preciso recuperar e ocupar o local... proponho o renascimento da "Fábrica dos Sonhos", com plano B: instalação da sede da Casa Municipal da Juventude, com os serviços a ela inerentes (apoio à juventude, espaço internet, workshops e actividades), com a particularidade de incluir o antigo projecto da "Fábrica dos Sonhos" - Centro de Criação Multimédia, um espaço onde se cede espaço e material para a criação em fotografia, vídeo, design. O projecto incluiria várias salas para actividades e um pequeno auditório, assim como estúdios de produção e pós-produção áudio e vídeo.

No que ao desporto diz respeito, considero que se deve apostar no desporto como actividade quotidiana de lazer... a criação de pequenos espaços desportivos ao longo do concelho foi acontecendo ao longo da última década, é então preciso apostar na sua manutenção e descentralização, com a continuação do programa em parceria com as juntas de freguesia.
A construção de um grande pavilhão na cidade foi das propostas que mais fezes me foi falada, daí que não possa deixar de o incluir na lista de prioridades... e passo a deixar uma eventual solução: o projecto inicial do Europarque previa a construção de uma mega pavilhão desportivo multiusos (10.000 lugares sentados), a ideia seria negociar uma parceria com a AEP para se poder avançar com este projecto, mesmo que mais pequeno do que inicialmente pensado... 5.000 lugares sentados já seria bom, mas os 10.000 seria excelente. Se por um lado Santa Maria da Feira ganhava um espaço de qualidade, por outro lado, todo o norte ficava a ganhar com um pavilhão da dimensão do Pavilhão Atlântico e abertura a grandes concertos/espectáculos no norte do país, reforçando assim o conceito cultural do próprio Europarque.
Considero ainda importante a aposta na construção de um novo estádio fora do centro da cidade. Claro que se trata de um projecto do C.D. Feirense, mas é preciso desbloquear uma questão negocial com a família Marcolino de Castro.
Por último e atendendo a que o concelho assiste ao nascimento de 2 pavilhões a norte (Fiães e Paços de Brandão), só me resta falar no projecto da Fundação Técnica e Científica do Desporto. A escola de desporto prevista para Espargo continua em stand-by... é preciso saber em que estado está o projecto e se vai mesmo avançar.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Um Olhar Sobre O Concelho | Ambiente

O tema Ambiente irá focar tudo o que realmente lhe diz respeito, desde os problemas de poluição ao desenvolvimento de redes de espaços verdes. No topo da lista considero fundamental que se dê continuidade ao projecto do saneamento básico. Não basta que em 2010 toda a rede esteja pronta e a funcionar... é preciso tratar os problemas do passado. A despoluição das linhas de água deve ser o primeiro passo para que se possa criar no concelho uma verdadeira rede de espaços verdes. Em paralelo deve desenhar-se o futuro das pedreiras de Lourosa e das pedreiras da Pena em pleno centro de Santa Maria da Feira.

Avançando então para as zonas verdes, considero que Santa Maria da Feira tem muito a fazer. Sugiro a criação de uma rede de Parques Municipais que permitam tirar partido das zonas verdes e ribeirinhas concelhias (ver mapa ao lado).
O centro de todo o projecto será concerteza o projecto para as margens do Rio Cáster que se pretende implementar já este ano... mas é preciso dar-lhe continuidade... e não falo só na continuação deste projecto, falo mais precisamente na criação de outros espaços no concelho:

- Monte Coteiro - Mozelos
- Parque da Cidade - Lourosa
- Quinta Engenho Novo - Paços de Brandão
- Piedade - Feira
- Encosta do Calvário - Feira
- Europarque (actual e expansão) - Espargo
- Termas - Caldas de S. Jorge
- N. Sr.ª Piedade - Canedo
- Carvoeiro - Canedo
- Parque de Lamas
- Mega Área Verde das margens do Rio Uíma (16Km)

Em paralelo deverá realizar-se um levantamento para a aplicação de um programa de cuidado pleno dos jardins em todo o concelho e a dinamização destas áreas. Deverão ser reforçados programas como "Manhãs Vivas", "Cicloturismo", "Andar a Pé" e novos programas de criação de hábitos de vida saudáveis, que no futuro privilegiem as áreas verdes em detrimento dos percursos actuais.

Há muito que se fala na criação de um conjunto de vias pedonais e de cicloturismo, mas a rede concelhia resume-se a pouco mais do que amostras... torna-se fundamental a aplicação da rede apresentada há cerca de uma ano, com especial destaque para as vias das margens do Uíma, margens do Cáster, Feira-Lourosa, Feira-Furadouro e Feira-São João da Madeira.

Por fim, há que falar de resíduos urbanos. Em primeiro lugar, volto a tocar num assunto que não acredito seja muito discutido em ano de eleições: o Aterro. De qualquer forma e atendendo ao tempo de vida do Aterro de Sermonde, considero que já vamos tarde... é tempo de se definir de uma vez por todas o futuro dos resíduos urbanos do concelho. A Lipor foi já posta de parte... e afinal também haveria aterro... afinal, em que ficamos? Há ou não há Aterro? Se não for em Canedo, onde mais poderá ser? Tardam as respostas, tardam as soluções... e não podemos esperar eternamente.
Por outro lado temos o sistema de recolha destes resíduos... outro problema. Santa Maria da Feira tem um péssimo funcionamento da rede de recolha... a frequência de passagem é demasiado baixa... e se nas freguesias de um modo geral não há muitos problemas, o que seria da cidade se a Suma não andasse com um carro a recolher os sacos dos prevaricadores todas as manhãs? A ideia seria a recolha 5 a 6 dias por semana nas 31 freguesias... logicamente que nunca assim será por questões meramente financeiras, mas o alargamento em pelo menos um dia nas freguesias e para 5/6 dias por semana nas 3 cidades do concelho é fundamental.
Há ainda que falar em reciclagem... e tudo começa aqui. É mesmo neste ponto que poderemos encontrar a solução para a redução do volume de resíduos e os consequentes problemas de depósito. Santa Maria da Feira deve melhorar a sua rede de recepção de materiais para reciclagem. Considero que o concelho está razoavelmente bem servido de ecopontos, embora haja situações pontuais que carecem alterações. Torna-se essencial a conclusão da rede de ecocentros prevista (mais 2) e o alargamento do seu horário de funcionamento, assim como a criação de redes de recolha. Pelo menos os materiais de grande volume deverão ser recolhidos por viaturas municipais ou da concessionária (SulDouro). Deixo ainda a sugestão de se aplicar o conceito que a Lipor tem em prática em alguns municípios da sua rede: a recolha de resíduos para reciclagem ao domicílio, mediante marcação e apenas quando o saco distribuído está completamente cheio.

terça-feira, 24 de março de 2009

Um Olhar Sobre o Concelho | Modernização Administrativa

Em tempo de Simplex, a modernização administrativa transforma-se em palavra de ordem. Santa Maria da Feira tem dado grandes passos, mas não pode ficar para trás. Um dos maiores concelhos do país tem obrigação de estar sempre na linha da frente dos programas de modernização da administração pública, ao mesmo tempo que se inova a nível municipal.

Em primeiro lugar considero fundamental a correcção de uma lacuna incompreensível... 150.000 habitantes sem serviço de apoio ao emprego... já que a ALPE é uma solução alternativa. Santa Maria da Feira precisa urgentemente de um Centro de Emprego... e sem entrar em polémicas, quer S. João da Madeira consiga ou não dar resposta, não faz sentido obrigar um número tão vasto de pessoas a deslocar-se para fora do seu município, quando falamos de um serviço essencial.
Ao que parece estão finalmente a dar-se passos a este nível... esperemos pela celeridade!

Num segundo patamar encontramos o expoente máximo da modernização administrativa em Portugal: a Loja do Cidadão. Ao que parece foram criadas todas as condições... com a área inicialmente requisitada pela Agência para a Modernização Administrativa disponibilizada a custo zero, sendo apenas o acréscimo de espaço solicitado em segunda fase sujeito a renda equivalente à que os serviços de Registos e Notariado pagam nas instalações da Cruz... mas afinal tarda em sair uma resposta do Governo... querem ver que de repente passamos a ter complicação administrativa!?
Considero absolutamente indispensável a abertura URGENTE deste espaço, que em simultâneo permite a melhoria da resposta das conservatórias, em especial da conservatória do registo civil... todos sabem que nunca foi capaz de responder a um concelho desta dimensão, mas nas últimas semanas consegue superar os problemas do Centro de Emprego de S. João da Madeira. Chegar às 9h15 com todas as senhas de atendimento para o dia já distribuídas é o cúmulo da incompetência do Instituto de Registos e Notariado, que afinal também é apontado como responsável pelo atraso na Loja do Cidadão.

Com menos urgência... mas afinal necessária é a inclusão das repartições de finanças do concelho no programa de modernização que nos últimos tempos tem reformulado por completo espaços em todo o país, mas que se esqueceu de parar em Santa Maria da Feira.

A nível autárquico é preciso dar continuidade aos programas inovadores que vêm sendo aplicados e desenvolver um projecto definitivo paras as instalações da autarquia... fica tudo como está? Pouco provável! Avança o novo edifício para reunir todos os serviços na Av. 25 de Abril? Demasiado caro e a meu ver bastante prejudicial para o centro histórico. A minha sugestão já todos conhecem, mas volto a frisá-la: recuperar os edifícios da Praça da República, em frente ao edifício principal da autarquia e criar nas traseiras (para a Av. Belchior Cardoso Costa) novo espaço... criariamos um conceito bastante próximo do actual, sem perda das ligações ao centro histórico, com todas as condições exigidas e claro, com a libertação do encargo mensal com rendas.

Em último lugar considero fundamental a modernização administrativa das freguesias e dotar as 31 juntas de igual capacidade de lidar com as necessidades da população... logicamente não falo em verbas, mas em uniformização e simplificação de procedimentos administrativos.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Escola para o FUTURO

A Escola Secundária de Santa Maria da Feira vai ser finalmente alvo de grande requalificação. Dentro de ano e meio a escola estará completamente irreconhecível.
A inclusão em Parque Escolar abriu portas a um rápido solucionamento do projecto. Há muito que se reclamava a requalificação, para que no mínimo se criassem condições para os alunos que frequentam a escola actualmente... rapidamente se percebeu que a expansão era improvável... mas, afinal sempre se consegue um projecto final com condições ideais para 72 turmas (mais 5 do que actualmente). A obra arranca dentro de um mês e obrigará à desocupação faseada das actuais instalações, com recurso a unidades modulares (contentores).

O projecto que o Terras da Feira divulga na sua edição de hoje é verdadeiramente de uma escola do futuro. E agora, escrevo na qualidade de antigo aluno... a escola nem vai parecer a mesma! Fica já a vontade de conhecer as novidades e o que restará das memórias de outrora... sim, porque já se pode falar desta forma.
Em resumo, teremos um complexo de 6 edifícios, tal como hoje, mas com disposição e àreas totalmente distintas da actual realidade. O bloco D (instalações do Centro de Formação de Professores, ludoteca, auditório,...) será demolido... no seu local e somando a área do campo de jogos pelado nascerá uma grande área desportiva, que concentrará toda a prática desportiva ao ar livre num só local. O novo complexo contará com 1 court de ténis, 3 campos de basquetebol, 1 campo de andebol e 1 campo de futebol com piso em relva sintética. O pavilhão desportivo manter-se-à, mas a envolvente será reformulada com uma expansão do edifício. No local dos actuais balneários e court de ténis, nascerão 8 balneários com todas as condições e uma sala de ginástica com condições para a realização de eventos, através da utilização de um sistema de bancadas retracteis com capacidade para 350 pessoas.
O actual edifício de serviços também será demolido e no seu lugar nascerá o novo bloco D, agora unicamente destinado a aulas. O renovado complexo mantém os blocos A, B e C e acrescenta, então, um quarto bloco para aulas. Com a reformulação, o bloco A passa a destinar-se à componente artística, as ciências ocuparão o bloco B, ficando os blocos C e D destinados às outras áreas mais genéricas. As turmas do ensino básico serão concentradas em espaço do novo bloco D.
No local do actual campo desportivo em cimento nascerá o novo edifício de serviços, com dois pisos, que concentrará todos os serviços actualmente espalhados pelo complexo. O novo refeitório bastante maior e bar localizam-se junto da área de convívio que permite contacto com espaço preparado para vários eventos (ex. exposições). Neste edifício ficará instalada também toda a componente administrativa e de profesores, assim como o Centro de Formação de Professores. O novo auditório terá verdadeiramente essas características e capacidade para mais de 100 pessoas. A nova biblioteca será disposta em dois pisos.

O projecto comtempla ainda ligações fechadas entre os vários edifícios, com condições para a abertura de largas portas durante o Verão. Finalmente...

Um Olhar Sobre o Concelho | Educação

Sobre educação não vou escrever muito.
Volto a repetir que considero que na última década Santa Maria da Feira deu passos muito importantes a nível do ensino básico, sendo que o único problema pendente está a um ano da solução (E.B. 2/3 nº3 da cidade). A nível do pré-primário e 1º ciclo concordo que devam acontecer melhorias nos edifícios, mas isso vem acontecendo de forma gradual. A minha reflexão será, por isso, a nível dos patamares mais elevados do ensino, com especial destaque para o ensino secundário, a vergonha da educação feirense.

Considero que deve fazer-se uma forte aposta no ensino secundário. No concelho de Santa Maria da Feira uma dezena de escolas básicas é obrigada a encaminhar os seus alunos para apenas 3 escolas com ensino secundário, sendo que uma delas nem é pública por natureza. É absolutamente incompreensível que jovens feirenses vejam a solução para continuar os estudos em Gaia, Espinho, Ovar ou S. João da Madeira.
Considerando as já graves lacunas e a perspectiva de alargamento do ensino obrigatório, Santa Maria da Feira tem de pensar desde já no ensino secundário.

Atendendo ao conceito actual de educação, não vejo qualquer condicionante no sistema de escola integrada, daí que o alargamento de algumas das E.B. 2/3 actuais para o ensino secundário, seja a meu ver a melhor solução. Se a nova E.B. 2/3 nº3 da cidade já prevê o ensino secundário e para Paços de Brandão já se fez o anúncio, resta agora fazer o mesmo ao resto do concelho. Como se pode ver no mapa ao lado, e para além das anteriormente referidas, sugiro a criação de turmas de ensino secundário nas escolas de Santa Maria da Feira nº2, Arrifana, Lobão, Canedo e Argoncilhe.

Com isto, Santa Maria da Feira passa a dispor de um conjunto perfeitamente aceitável de escolas (ver mapa ao lado) com capacidade para formar os jovens feirenses até ao final da escolaridade obrigatória do futuro.

Ainda a nível do ensino secundário deverá encarar-se o ensino profissional como uma perpectiva de futuro, alargando o leque de cursos disponíveis e a informação sobre os mesmos. Nesta área deve olhar-se atentamente para as novas instalações da Escola de Hotelaria e Turismo que no meio de tantas alterações tardam em tornar-se realidade.

Por outro lado, Santa Maria da Feira não deve nunca esquecer o ensino superior e ficar de olho aberto a eventuais oportunidades. Deve apostar-se nas parcerias, essencialmente a nível de investigação, através dos parques empresariais em curso e outros eventuais projectos, como por exemplo a saúde, a nível do HSS ou mesmo de entidades privadas. Tudo isto pode representar um primeiro passo para a instalação no concelho de cursos do ensino superior ou mesmo de uma escola de ensino politécnico (pública ou privada).

domingo, 22 de março de 2009

La Fura | Work in Progress 0.9

Uma visão abstracta da obra de José Saramago "Memorial do Convento"... assim se anunciava a criação dos La Fura dels Baus levada à cena através de um workshop de duas semanas com alunos do ensino secundário de Santa Maria da Feira. Eis que se entra no conceito... e eis que me deparo com um pormenor: onde estão os amadores? Certo que se notava algum nervosismo próprio da segunda apresentação ao público, mas é mais que certo estes jovens têm muito para mostrar.
Ao longo 45 minutos, 3 espaços da Biblioteca Municipal são autenticamente tomados de assalto. Tudo começa na Sala Polivalente que de repente se abre para um espectáculo deveras sombrio que se transforma num mar de chamas, no jardim. De volta ao espaço interior da biblioteca uma mutação tinha acontecido... entravamos no fio condutor da obra base e lá estava o conceito da construção. Não vou escrever muito, pois cada um pode interpretar a metáfora como entender... mas da asfixia à liberdade seguimos caminho para o espaço "A Hora do Conto", transformado num lago paradisíaco onde se desenrolam os momentos finais deste projecto.

Ora, resumindo, uma pequena grande produção que promete muito no desenrolar dos próximos capítulos. Talvez no Imaginarius "Work in Progress 0.9" se volte a mostrar, mas em Outubro o processo criativo volta a dar que falar, sob a chancela do Centro de Criação para o Teatro e Artes de Rua de Santa Maria da Feira e direcção artística dos catalães La Fura dels Baus.

Mais imagens AQUI.

Um Olhar Sobre o Concelho | Saúde

O segundo tema desta reflexão sobre o concelho de Santa Maria da Feira é talvez o maior problema deste país... a Saúde. Em Santa Maria da Feira temos um Centro de Saúde, no qual se penduram mais de duas dezenas de extensões e Unidades de Saúde Familiar, a precisar de uma grande reformulação... mais, diria revolução. Por outro lado, temos um hospital que em menos de 10 anos viu o seu objectivo totalmente alterado... o que seria um hospital para servir Santa Maria da Feira passou a hospital de referência regional (ainda bem que assim foi), mas sem que decorram as melhoras de espaço já tanto requisitadas. E para além disto? Temos um antigo hospital ao abandono... não temos uma rede de espaços de consulta aberta perto das populações... não temos um conjunto de consultas de entrada em especialidades básicas à disposição, num dos maiores Centros de Saúde do país... em resumo, nada mais temos do que duas estruturas que muito têm feito, mas há muito a fazer por elas.

Para começar, entendo que o concelho feirense precisa de uma dramática reformulação dos serviços de prestação de cuidados primários de saúde. O modelo de Centro de Saúde que temos não consegue responder às necessidades e este mix de extensões com Unidade de Saúde Familiar só complica ainda mais esta questão.
Há muito que está prometido um novo modelo de organização para os Centros de Saúde. Desde então, Santa Maria da Feira deu passos em frente e foi eleito como estrutura piloto para este modelo. Até hoje nada foi posto em prática!
Venham lá as alterações. Pense-se no Centro de Saúde como local de cuidados básicos e não apenas como porta de entrada no Serviço Nacional de Saúde, que à primeira adversidade encaminha tudo para o patamar seguinte: o hospital. E nisto deixo um exemplo básico... por que não pode o Centro de saúde dispor de um conjunto de especialidades básicas? Oftalmologia, estomatologia, obstetrícia, pediatria... Hoje temos essencialmente médicos de especialização em Clínica Geral que obtém alguma formação em áreas mais específicas e ficam responsáveis por algumas consultas ditas de "especialidade"... e isso quando existem (ex. Planeamento Familiar, Consulta de Hipertensão ou Consulta de Diabetes).
Por outro lado, sugiro que todas as unidades de saúde dependentes do Centro de Saúde possuam o mesmo modelo de gestão. É que isto de uma Extensão ser comparada com uma Unidade de saúde Familiar tem muito que se lhe diga!

Quanto a medidas concretas... começo pelas "urgências". A verdadeira urgência do concelho e da região está sobrelotada com falsas urgências. Ao Hospital de São Sebastião acorrem diariamente centenas de pessoas, que afinal são classificadas com sinal verde no sistema de triagem de Manchester. Todos estes doentes não têm qualquer necessidade de se deslocar a um hospital, mas na sua maioria precisam mesmo de ser vistos por um médico. É neste contexto que eu penso justificar-se a criação de um serviço a que designo de micro-urgência, que deve estar próximo da população e dispor de um horário de funcionamento desfasado da unidade de saúde básica e que permita o acesso da população fora do seu horário de trabalho. Penso que 3 unidades desta natureza seriam o aconselhável para um concelho com a dimensão da Feira. Sugiro localização em Santa Maria da Feira, Lourosa e Lobão, que como se pode ver no mapa permite uma cobertura perfeitamente aceitável do concelho. Estes serviços deveriam funcionar de segunda a sexta feira das 18h às 22h ou 24h (eventual variação do horário ao longo do ano), ao sábado das 12h às 20h e ao domingo das 12h às 18h.

Outro dos pontos críticos da saúde feirense, mas também do resto do país, são os cuidados continuados. A criação de unidades de apoio a doentes terminais e doentes com dificuldades em manter o normal quotidiano sem auxilio está na lista de prioridades do Ministério da Saúde, mas a verdade é que a conversão do antigo Hospital de Oleiros numa destas unidades tarda em concretizar-se.

Para dar resposta ao crescendo de serviço, torna-se fundamental o avanço do projecto de expansão do Hospital de São Sebastião. Há muito que se fala na criação de um novo edifício nas traseiras, mas até hoje nada saiu das palavras. Um hospital que carece de novas valências para dar melhor resposta à população da região e necessita de resolução para algumas lacunas de espaço merece mais atenção, para que tal se resolva antes do surgimento de situações mais complicadas.

Por fim, sugiro o acompanhamento ainda mais próximo de projectos privados. A norte-americana Mayo Clinic está com um projecto para instalar em Santa Maria da Feira uma unidade de investigação e tratamento em oncologia... mas depois da alteração de localização do projecto para junto do Visionarium nada mais se soube. Afinal 2009 era o ano inicialmente apontado para a abertura da 1ª fase do projecto... e no final do primeiro trimestre, pelo menos que se saiba, nem projecto final há.
Os investimentos desta natureza são deveras importantes pela componente académica que comportam... elemento fundamental para uma evolução de Santa Maria da Feira a nível do ensino superior.

sábado, 21 de março de 2009

Um Olhar Sobre o Concelho | Mobilidade

Ao primeiro dia desta viagem pelas necessidades do concelho feirense, paramos no conceito de Mobilidade. Em primeiro lugar, passo a esclarecer que neste conceito incluí tudo aquilo que possa afectar a mobilidade dos feirenses... como tal, acessibilidades, transportes públicos e estacionamento são os tópicos incluídos no tema geral.

Comecemos pelo princípio... uma mobilidade acessível a todos.
Para que tal seja possível, o transporte individual não pode ser solução número 1, com excepção do uso dos pés. A primeira medida passa pela revolução na rede de transportes públicos do concelho. As melhorias devem fazer-se a nível das rotas e horários de autocarros, implementação de serviço ferroviário adequado e aplicação de serviços logísticos em duas plataformas, vulgo Centros Coordenadores de Transportes, a implementar no concelho.

Como entendo que a nível do transporte público rodoviário as empresas privadas, atendendo à visão do lucro, nunca prestarão um serviço excelente, a autarquia deve dar passos em frente e tomar as rédeas do processo. O serviço TransFeira deve passar a uma rede de autocarros urbanos que sirva de um modo global o concelho, através de dois serviços distintos: um serviço interno na cidade (requalificação do existente de modo a torná-lo mais funcional, rápido e frequente) e uma rede baseada na circulação freguesias-sede de concelho, cuja proposta concreta descreverei mais à frente.
Por outro lado, as redes privadas deverão ser reorganizadas, num processo que já está a decorrer, de modo a evitar duplicações desnecessárias de percursos e se permitir que a globalidade do concelho fique no mínimo razoavelmente bem servida de transportes, pelo menos para as freguesias vizinhas, sede do concelho e ponto de acesso a redes de transportes mais vastas (os 2 CCT a criar).
Deve ainda atender-se aos horários de funcionamento das redes de transportes públicos e adequá-los à vida no século XXI e aos novos horários de trabalho, cada vez menos concentrados e previsíveis. Deverá haver circulação de autocarros mais cedo e prolongar-se até horas mais tardias.
Por último, sugiro a criação de uma rede nocturna, associada ao formato de TransFeira proposto, que sirva essencialmente a indústria da noite que continua a florescer no concelho. Proponho a criação de 2 linhas, com funcionamento às sextas, sábados e vésperas de feriado.

De acordo com os princípios anteriormente descritos, deixo uma proposta muito básica de rede para a TransFeira, que terá obrigatoriamente de ser complementada com a oferta privada existente.

- Cavaco » Cruz
Linha da cidade
Frequência de Passagem: 15/20 minutos
Alteração do percurso para serviço apenas dos 3 principais núcleos da cidade (Centro, Cruz e Cavaco), com a criação de rota linear com serviço nos dois sentidos, em detrimento da falhada rota circular.

- Paços de Brandão » Feira
Passagem em Rio Meão e S. João de Ver
Serviço das Zonas Industriais de Rio Meão e FeiraPark
Frequência de Passagem: 60/90 min

- Mosteirô » Mozelos
Passagem em Travanca, Feira, S. João de Ver e Lamas
Serviço das Zonas Industriais de Mosteirô, Silveirinha, PEC e Lamas/Mozelos
Frequência de Passagem: 60/90 min

- Romariz » Feira
Passagem em Milheirós de Poiares, Pigeiros, Arrifana, Escapães e Sanfins
Serviço das Zonas Industriais de Pigeiros/Romariz, Arrifana e PERM
Frequência de Passagem: 90/120 min

- Espargo » Escapães
Passagem em Feira, Fornos e Sanfins
Serviço das Zonas Industriais do Roligo e FeiraPark
Frequência de Passagem: 45/60 min

- Fornos » Canedo
Passagem em Feira, S. João de Ver, Fiães, S. Jorge, Lobão, Gião e Vila Maior
Serviço das Zonas Industrias de Cavaco/Corujeira, Ferradal, Gião e Canedo/Vila Maior
Frequência de Passagem: 90/120 min

Deixo ainda a sugestão de uma eventual rota a cortar o concelho de nascente para poente a norte, de modo a servir as freguesias do norte concelhio de mais rápido acesso ao CCT norte.

Esta proposta de rede integra-se na perspectiva de alargamento urbano e continuidade para freguesias periféricas e outras cidades do concelho, que será desenvolvida aquando da publicação do tópico Urbanismo.

No que respeita à rede nocturna, para já, proponho apenas a avaliação do horário ideal de funcionamento das linhas da rede normal e a criação de uma rede especial para o fim de semana, em função das rotas de diversão nocturna:

- Paços de Brandão - Feira
Passagem em Rio Meão e Espargo
Frequência de Passagem: 30/60 min

- Lobão - Feira
Passagem em Fiães, Lourosa e S. João de Ver
Frequência de Passagem: 30/60 min

Todo este processo deverá integrar-se com um programa de uniformização dos sistemas de bilheteira das diferentes empresas, a aplicar idealmente o sistema "Andante" (bilhete único para a Àrea Metropolitana do Porto). A Feira deverá o quanto antes avançar com o programa de zonamento, de modo a integrar o seu território neste sistema, em que o tarifário se constrói de uma forma intuitiva através de um sistema de anéis de zonas.

O Transporte Ferroviário deverá constituir-se como a prioridade para a próxima década. Um estudo de fundo sobre o futuro e rentabilidade do traçado actual da Linha do Vouga já peca por tardio. A região EDV não pode continuar sem ligação ferroviária ao Porto. A criação de uma nova linha (seja comboio ou metro) desde a Feira até ao Porto é já unânime, resta agora a criação de capacidade reivindicativa para que tal se concretize para ontem!
A proposta Krónikas Feirenses passa pela integração da nova linha e da linha do Vale do Vouga na rede de Metro do Porto, com utilização de composições tram-train, que serão implementadas também na Linha da Póvoa e que conseguem atingir velocidades muito superiores ao veículo convencional. O troço entre OAZ e a Feira deveria ver a via duplicada e instalado um sistema semelhante ao que se pretente instalar entre Arrifana e SJM. A nova linha cruzaria a actual no CCT da cidade da Feira e permitira a ligação dos concelhos de SJM e OAZ ao Porto através da nova linha a construir nas imediações da EN1.

Um outro ponto fulcral em todo o sistema de transporte é a instalação de Centros Coordenadores de Transportes. No caso da Feira, é já certa a criação de 2, resta agora conhecer os timmings. Na cidade da Feira deverá ser erguida uma estrutura que consiga reunir as redes de transportes urbanos com as redes privadas de autocarros e serviços expresso, assim como o cruzamento das duas linhas ferroviárias previstas, conseguindo ainda conciliar a ligação a taxi e o estacionamento de viaturas. Mais a norte, previsivelmente em Lourosa, deverá ser criada uma espécie de posto avançado do CCT, que permita a ligação das freguesias mais a norte e do interior do concelho a outras linhas de autocarro e também à nova linha ferroviária, sem nunca esquecer a possibilidade de estacionamento de veículos.

Depois de tudo isto, até poderia parecer que o conceito de mobilidade já estaria completamente resolvido, mas faltam ainda 2 pontos: estacionamento urbano e acessibilidades. Encontra-se já em curso a 1ª fase do plano de estacionamento da cidade de Santa Maria da Feira. Dentro de 2 meses, as ruas mais centrais da cidade assistirão às instalação de parcómetros em cerca de 700 lugares de estacionamento de superfície e abrirá ao público o parque des estacionamento do empreendimento D. Manuel I, com cerca de 300 lugares. Mas isto é só o começo... a cidade fica longe de estar servida. Neste campo proponho mais duas fases distintas de actuação.
Numa 2ª fase proponho a instalação de parcómetros na zona da Cruz, mais propriamente na Av. Francisco Sá Carneiro e eventualmente em algumas artérias envolventes, assim como a criação de um parque subterrâneo nesta zona (mais pormenores mais à frente), expansão dos parques das Piscinas e Av. Belchior Cardoso Costa e construção de um verdadeiro parque na envolvente aos Bombeiros.
Mais tarde, numa 3ª fase deverá ser avaliada a necessidade de parcómetros na zona de ligação Centro-Cruz e a construção de parque subterrâneo na Pedreira do Montinho. Deverá ao final de alguns anos reavaliar-se a zona central e eventual necessidade de alargamento da rede de parcómetros.

Quanto ao estacionamento subterrâneo na Cruz, há anos que ouço falar da impossibilidade de o construir. Pois é, depois de muito olhar para o mapa (confesso, até foi quase à primeira espreitadela) lá estava a solução... e bem à vista de todos. Ao lado do Hotel Nova Cruz, nas traseiras de um dos edifícios na zona nascente da Av. Sá Carneiro está disponível um grande terreno para construção (VER mapa abaixo). A proposta que deixo, passa pela inclusão de parque no empreendimento a construir neste local.


Antes de passar ao último ponto do dia de hoje, reparo num pequeno grande pormenor... com todas estas propostas, passamos a ter um conjunto de projectos que necessita de gestão: vejo na constituição de uma empresa municipal a solução. A dita empresa ficaria responsável pela rede TransFeira a implementar, pela exploração dos parcómetros e parques de estacionamento (esperemos que não seja tarde demais) e pela gestão dos CCT.

Por fim, mas não com menos importância, temos as Acessibilidades. E num concelho que afinal é dado que um dos melhores serviços por vias de impacto nacional, afinal há muito a fazer. A construção da A32 e a conclusão da A41 (IC24) parecem não constituir problema. A indispensável via Feira-Arouca é sem dúvida a maior urgência do concelho, da região e talvez uma das maiores do país, mesmo assim, a obra teima em ser atrasada... tudo à conta das dificuldades (leia-se €€€€€) de um projecto que não pode ser barato. Ora veja-se, construir uma auto-estrada no meio de uma cidade não é tarefa fácil, mas é essencial... os desnivelamentos e reestabelecimentos de circulação são imprescindíveis, e neste ponto concordo que se reclame do projecto até que se cumpram todos os requisitos mínimos... já que muitos continuam a faltar.
Se nas primeiras o caso até vai andando, temos outras questões. O Eixo das Cortiças é uma obra fundamental para as acessibilidades no eixo idustrial norte do concelho e leva 20 anos de atraso... será desta? Será mesmo possível a integração do troço A32-PEC na concessão da auto-estrada?
A via Feira-Nogueira também teima em não sair do papel. Há meio ano foi inaugurado o primeiro troço, mas este para pouco mais serve do que possibilitar o acesso ao PEC.
Por último, e sabendo que não toquei em todas as necessidades, mas apenas nas primordiais e de maior impacto concelhio, falo no antigo traçado para o IC2. Uma vez que vamos ter um "IC2" com portagens, já seria tempo de se repensar o projecto para o antigo traçado e implementar uma via de características diferentes (uma faixa para cada sentido sem separador), mas sem características urbanas, que permita uma maior fluidez do trânsito naquela zona do concelho.

Por outro lado torna-se cada vez mais urgente lutar pelo acesso sem portagens ao Porto (pelo menos um, numa altura em que a A29 é ameaçada de portagens... embora não acredite que tal aconteça no troço Maceda-Gaia) e criação de alternativas à A29, nem que seja preciso recorrer à solução avançada pela Câmara de Gaia: eliminar as portagens na A1 entre a Feira e Grijó.

Mesmo no final deixo uma nota para a requalificação e revisão das condições de segurança de toda a rede viária urbana e suburbana do concelho.

sexta-feira, 20 de março de 2009

SMF | Um Olhar Sobre o Concelho

Foi longa a espera, mas o desafio assim o obrigava. "Santa Maria da Feira, Um Olhar Sobre o Concelho" é um novo especial do Krónikas Feirenses que pretende focar-se nas principais necessidades, desta vez, do concelho. Considero um grande atrevimento, até porque acredito que as carências e respectivas hipóteses de soluções estarão concerteza dissolvidas em algumas lacunas e esquecimentos. Apresentar propostas paras as 31 freguesias de uma só vez e olhando para elas como um todo, quando a realidade é bem distinta. Não se mostrou tarefa fácil, mas acredito que a leitura por parte dos utilizadores do Krónikas Feirense por certo levará a comentários que possam complementar tudo o que irei apresentar ao longo dos próximos dias.
Desta vez, optei por um sistema de temas e não de prioridades... assim, não será apresentada uma lista hierárquica, à semelhança do que fiz com as ideias para a cidade, mas sim uma divulgação aleatória.

Lista de temas a abordar e datas previstas para publicação:

Mobilidade - 21 Março
Saúde - 22 Março
Educação - 23 Março
Modernização Administrativa - 24 Março
Ambiente - 25 Março
Cultura & Desporto - 26 Março
Emprego - 27 Março
Urbanismo - 28 Março
Justiça & Segurança - 29 Março
Comércio - 30 Março

A partir de amanhã damos início a esta viagem!

domingo, 15 de março de 2009

Os Reis da Música Feirense

A noite de encerramento da quarta edição Rock.VFR mais parecia uma montra do que melhor se faz em Santa Maria da Feira. Numa prova da excelente política cultural da autarquia na última década, mostraram-se 3 bandas feirenses em diferentes estados de maturação. Se os PalVraY estão em fase de crescimento, numa verdadeira onda de euforia adolescente, os the LOYD já não precisam de dar provas do seu talento e conquistaram a maior enchente do António Lamoso. Por fim, Ricardo Azevedo dá provas da maturidade e apresenta uma retrospectiva dos últimos 7 anos no mundo da música.

Os feirense acorreram em força e o Cine Teatro António Lamoso foi pequeno para tantos curiosos pela música feirense. Os espectadores mais tardios tiveram mesmo de assistir em pé, um pouco por toda a sala. Uma onda de euforia instalou-se nos dois primeiros concertos, enquanto que para o Ricardo se guardavam momentos ligeiramente menos a agitados, mas sem perder a participação do público.

Passemos agora pelos 3 projectos apresentados na noite passada no palco do António Lamoso. PalVraY... um dos mais recentes projectos musicais feirenses, recheado de garra e muito talento que nos vai obrigar a ouvir falar muito deles nos próximos tempos.



Os the LOYD já dispensam apresentações. A banda feirense mais badalada dos últimos tempos subiu ao palco com muitas novidades... aguardemos pelo novo trabalho que se avizinha. Num mix de êxitos já bem conhecidos, covers e temas novos, os the LOYD conquistaram a maior enchente do ciclo de concertos e saem do António Lamoso com a obrigação de levar ainda mais longe este projecto que tem tudo para dar cartas no mundo da música.





Ricardo Azevedo teve honras de encerramento e fez questão de o lembrar, num concerto recheado de memórias e que ditou o fim de mais um ciclo da carreira do jovem feirense. Um novo álbum está para breve e o concerto de ontem ditou o final da apresentação do anterior.
Em cerca de 50 minutos foi possível passear pelos maiores êxitos da carreira... desde os tempos da formação inicial dos EZspecial, até aos mais recentes sucessos a solo.





Terminada mais uma edição ficam as marcas de uma geração de feirenses à qual talento e garra não falta... a vertente musical da já apelidada "geração Imaginarius" tem tudo para vingar e torna-se na prova viva do sucesso das políticas culturais em curso e da real colheita de frutos dos grandes projectos. Venham mais!

Z Day em Santa Maria da Feira

Numa iniciativa do The Zeitgeist Movement decorre hoje, um pouco por todo o mundo, o Z Day. Basicamente é um dia de alerta para as ideologias deste movimento que abarca milhares de seguidores em todo o mundo. Portugal não fica de fora e Santa Maria da Feira está na lista das cidades abrangidas pelas iniciativas do projecto.

De acordo com o site do movimento estes são os locais das iniciativas na cidade feirense, marcadas para as 16h.
  • Biblioteca Municipal
  • Cine-teatro António Lamoso
  • Casa do Povo
  • Igreja Matriz (piso cultural)

«Pretendemos restaurar as necessidades fundamentais e a consciência ambiental da espécie revogando a maioria das ideias que temos de quem e o que realmente somos, juntamente com como a ciência, a natureza e a tecnologia (em vez de religião, política e dinheiro) são a chave para nosso crescimento pessoal, não só como seres humanos individuais, mas como civilização, estrutural e espiritualmente. As percepções centrais dessa consciência são o reconhecimento dos elementos Emergentes e Simbióticos das leis naturais e de como o alinhamento dessa compreensão como base para nossas instituições pessoais e sociais, a vida na Terra transformar-se-á em um sistema que crescerá continuamente, onde consequências negativas sociais como camadas sociais, guerras, preconceitos, elitismo e actividades criminosas serão constantemente reduzidos e, esperamos, venham a deixar de existir no comportamento humano.
Em 15 de Março de 2009 (o Dia Z, como foi chamado em 2008) haverá uma série de acções mundiais para aumentar a consciência sobre esse caminho sociológico. Nossa esperança é termos encontros regionais em tantas cidades, estados e países quanto for possível. Nós aqui do zeitgeistmovement.com vamos trabalhar para oferecer material em todas as línguas que pudermos, e faremos o possível para ajudar cada subgrupo. Nós nunca pediremos dinheiro. Estamos aqui para ajudar, pois entendemos uma verdade central que está esquecida há muito tempo: quanto mais você dá, mais você recebe.»


sábado, 14 de março de 2009

Rock.VFR 2009 | Dr1ve + Humus + Paperlost

Sexta-feira 13 de Março de 2009... até podia ser sexta-feira 13, mas as 3 bandas em cartaz não se fizeram rogadas. Era mais uma noite do Rock.VFR 2009.
O Cine Teatro António Lamoso a caminhar para a lotação máxima e muita garra em palco foram algumas das características da noite.

Os sanjoanenses Paperlost abriram a noite. Em palco um mix de originais e covers serviu de mote para uma noite com muita música das Terras de Santa Maria (Vídeo removido a pedido da banda).

Seguiam-se os Humus. Com um conceito musical muito próprio, a banda mostrou mais uma vez o que vale... e não desiludiu.



Para fechar a noite, os feirenses Dr1ve regressaram a casa!
Num concerto de muitas emoções, não faltaram memórias e muitas novidades... só faltou mesmo a companhia da Lúcia Moniz.
Deste concerto há muito para recordar... comecemos por uma abordagem global das músicas apresentadas.



Vale sempre a pena conhecer o single de apresentação do novo álbum... "Tentei".



E claro, a música que levou o nome dos Dr1ve a todo o país... "A Wish".



Hoje há mais concertos a fechar o conjunto de quatro noites no Cine Teatro António Lamoso.

sexta-feira, 13 de março de 2009

1500 feirenses em Lisboa



Pela defesa de novas políticas económicas e sociais, esta tarde, em Lisboa, vão estar cerca de 100 mil pessoas na manifestação da CGTP. A intersindical vai contar com trabalhadores vindos um pouco de todos os distritos. Do distrito de Aveiro, da zona de Santa Maria da Feira, vêm mais de 1.500 trabalhadores. Entrevistados pela repórter Fátima Pinto à partida, falaram das reivindicações que irão apresentar em Lisboa esta tarde.

@ Antena1

SMF | Um olhar sobre o concelho (Brevemente)

Muitos pediram, outros sugeriram... pois bem, depois do "10 dias, 10 abordagens prioritárias para a cidade" está a chegar um novo especial ao Krónikas Feirenses. Apenas posso dizer que está para breve a publicação de "Santa Maria da Feira, um olhar sobre o concelho".

terça-feira, 10 de março de 2009

Forte aposta na Semana Santa

Ao longo dos últimos anos assistimos a um crescimento gradual... em 2008 assumiu-se definitivamente como grande aposta cultural... em 2009 salta verdadeiramente para a lista de grandes eventos.
Tudo começou com uma tradição secular: a Procissão do Triunfo das Endoenças (Ecce Homo). Há quase 20 anos nascia a Via Sacra ao Vivo, pioneira em Portugal. O projecto criou raizes. Anos mais tarde via a luz do dia uma recriação da "Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém"... mais um sucesso. Com este conjunto, nascia há 12 anos a Semana Santa de Santa Maria da Feira, como evento estruturado. Ao longo do tempo vários projectos foram sendo desenvolvidos e em 2008 criavam-se novas tradições. As cruzes e pendões roxos são já obrigatórios na Páscoa em Santa Maria da Feira. No ano da consumação nascia a "Prossição dos Lírios ou do Encontro" e este ano nova recriação marca o programa. O Convento dos Lóios assistirá pela primeira vez à recriação da "Última Ceia".
A partir deste ano, e mais uma vez pela mão da Feira Viva, mais um evento de Santa Maria da Feira salta para outra dimensão. O crescimento do projecto é mais que evidente e as raíes já criadas são as marcas da sustentabilidade.

A primeira mostra das inovações está na estratégia de comunicação. A Semana Santa de Santa Maria da Feira já dispõe de página na internet, onde para além da história do evento, se disponibiliza o programa e um vídeo resumo da última edição. Nada melhor do que dar um saltinho ao site (carregando AQUI) para se perceber do que estou a escrever.

De 03 a 12 de Abril, Santa Maria da Feira volta a recuar 2000 anos no tempo. E para que o conceito das cruzes nas janelas e varandas seja cumprido na íntegra, nada melhor do que um esquema para exemplificar.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Na fila do Centro de Emprego

As demoras no atendimento no Centro de Emprego de São João da Madeira continuam a dar que falar. Hoje foi a vez da rubrica "Na Fila" do Diário da Manhã (TVI) ter passado as primeiras horas do dia nesta fila, que pelo menos às 7h30 não estaria tão longa como vem sendo hábito.
Enquanto sobe o impacto mediático da questão, deixou de se ouvir falar na solução... em que ponto está a negociação do espaço para instalação do Centro de Emprego em Santa Maria da Feira?

domingo, 8 de março de 2009

Mais uma cópia?

A JSD de Guimarães tem vindo a lançar todos os meses propostas para a sustentação do projecto Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012. A ideia mais recente saltou-me à vista... ora veja-se:
«(...) A realização de Feiras Medievais é já um hábito em muitas localidades com história que lhes permita recriar os ambientes da época em causa. (...) No cenário nacional, a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria, realizada em Santa Maria da Feira, é sem dúvida uma das melhores, se não mesmo a melhor. Uma visita rápida ao site do evento ( http://www.viagemmedieval.com/ ) permite perceber o que a distingue de todos os outros eventos semelhantes. (...) O que a Juventude Social Democrata gostaria de sugerir é que se repense a Feira Joanina. Ao adoptarmos em Guimarães um modelo semelhante ao da Viagem Medieval realizada em Santa Maria da Feira, poderemos introduzir-lhe alterações que a tornarão, sem dúvida, num dos eventos culturais mais atraentes do Minho!»
Lê mais AQUI.

Valha-nos a distinção e a atenção, mas não deixemos de evoluir... com mais cópias a caminho, deixar de inovar é morrer. Venham lá as novidades para a edição 2009 da Viagem Medieval.

sábado, 7 de março de 2009

Esmoriz & a Petição

Após alguns pedidos decidi, finalmente, tocar num tema que ainda vai dar muito que falar: Esmoriz e a petição para a transferência de município.
Bem, nos últimos dias não toquei no assunto, até porque acredito que vai ficar em "águas de bacalhau"... mas vamos lá conhecer toda a história.

Sábado, 28 de Fevereiro de 2008, o Kouzas e Louzas lançava a primeira pedra... Brevemente saiba como o concelho da Feira pode crescer. Fiquei intrigado... e um dia mais tarde, vinha a resposta! Um movimento de cidadãos de Esmoriz vai colocar em circulação pela cidade, do concelho de Ovar, uma petição que visa arrecadar assinaturas suficientes para levar uma eventual mudança desta freguesia de município à Assembleia da República. O Presidente da Junta de Esmoriz já confirmou a notícia... e pouco mais de sabe, para além do que está on-line no site do Forum Popular de Esmoriz.

O Krónikas Feirenses ficará de olho no assunto, embora acredite que apenas servirá para que Esmoriz se faça ouvir no concelho, ou mesmo se assistir ao renascimento do movimento Esmoriz a Concelho.

Saramago inspira La Fura dels Baus

Duas dezenas de alunos do ensino secundário de Santa Maria da Feira vão ter a oportunidade de participar, a partir de segunda-feira, num workshop da companhia catalã La Fura dels Baus, célebre pelos seus espectáculos feéricos e pela marca multidisciplinar que imprimiu às artes performativas.

Promovido pelo Centro de Criação para o Teatro e Artes de Rua, daquela cidade, o workshop inspirar-se-á no Memorial do Convento, de José Saramago, com o objectivo, sublinha a autarquia em nota de imprensa, de "promover a leitura junto das gerações mais jovens" e, simultaneamente, "envolver os participantes na metodologia criativa da companhia".

"Numa sociedade onde as novas tecnologias estão a moldar a nossa forma de comunicar, é fundamental alargar as possibilidades de expressão e de percepção dos jovens e, em conjunto, procurar formas de enriquecer a nossa cultura", afirmam os La Fura dels Baus, que, nesta residência artística, explorarão "conceitos como a verdade, o amor, a promessa e a valentia" a partir da obra de Saramago.

A acção de formação, que contará com a participação de 24 alunos dos três estabelecimentos de ensino secundário do concelho - Feira, Fiães e Santa Maria de Lamas -, decorrerá até dia 21, data em que os jovens farão a "primeira apresentação" do seu trabalho na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira.

Segundo o município, o resultado desse trabalho poderá vir a ser também integrado no programa do Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua, cuja edição deste ano decorrerá de 28 a 31 de Maio, prevendo-se que seja depois retomado em Outubro e em "posteriores edições do festival".

Por sua vez, a companhia catalã, que em 2005 estivera já em Santa Maria da Feira, voltará este ano a actuar naquele certame: no Pavilhão da Lavandeira, os La Fura dels Baus farão a derradeira apresentação da sua mais recente produção, Imperium, em estreia nacional.

Segundo a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, o workshop para jovens a iniciar na próxima segunda-feira constituirá um entre vários a realizar em parceria com outras companhias internacionais de artes performativas, com as quais o Centro de Criação para o Teatro e Artes de Rua estabeleceu protocolos de colaboração.

@ Diário de Notícias

quinta-feira, 5 de março de 2009

PSP com novidades em Santa Maria da Feira

A PSP de Santa Maria da Feira vai criar uma equipa de apoio à vítima, com particular incidência na ajuda às vítimas de violência doméstica. Esta foi a principal novidade anunciada, na manhã de esta quarta-feira, na biblioteca municipal, aquando da apresentação do Programa Integrado de Policiamento de Proximidade.

Já implantado em outras cidades do país, o policiamento de proximidade vai ser dinamizado na Feira, através da PSP, entidade policial responsável pelo policiamento da cidade e da freguesia de Espargo.

O subcomissário Joaquim Santos, comandante da esquadra local, realçou que este tipo de policiamento é já visível através do projecto Escola Segura e anunciou, como novidade, a criação da equipa de apoio à vítima que contará com um agente destacado para receber este tipo de ocorrências e dar-lhes um atendimento mais personalizado.

Esta prioridade é justificada com o facto de o número de ocorrências relacionadas com a violência doméstica têm vindo a registar um número crescente, apesar de não terem sido avançados dados concretos sobre este tipo de crime.

O comandante distrital da PSP, Gomes Vale, realçou, ainda, o facto de as populações referirem que se sentem mais seguras nos locais do país onde existe policiamento de proximidade. Prometeu maior combate ao designado "pequeno crime" como os roubos tráfico e vandalismo, "aqueles que provocam no cidadão mais sensação de insegurança", disse.

A ocasião foi aproveitada pelo vereador Emídio Sousa,para reafirmar a pertinência da construção de uma nova esquadra da PSP na Feira, lembrando que a Autarquia já disponibilizou um terreno e solicitou o alargamento do policiamento da PSP a Espargo, Sanfins e Fornos.

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