segunda-feira, 30 de março de 2009

Um Olhar sobre o Concelho | Comércio

Chegamos ao último dia desta maratona em forma de "Olhar sobre o Concelho". A ideia inicial era neste último post abordar vários temas que não se enquadrassem nos tópicos já tratados... acontece que todas as ideias de que vou escrever se encaminham para um único tópico: comércio. Daí que afinal o último dia seja dedicado a sugestões por forma a renovar e reforçar a componente comercial do concelho, que deverá ser encarado como perspectiva económica de futuro com as características urbanas que se estão a criar.

Antes de falar no privado, acho que devo tratar da questão de investimento público. Afinal, quando avança a renovação do Mercado Municipal? É verdade que a classificação do edifício de Monumento Nacional muda muita coisa, mas a não fazer-se nada, em meia dúzia de anos teremos um Monumento Nacional abandonado e não um verdadeiro mercado para o futuro. Considero urgente a requalificação e reformulação do espaço, mantendo a traça original do edifício, mas introduzindo serviços e condições para o século XXI.
Por outro lado considero importante que outras estruturas do género floresçam no concelho. Obviamente não vou propor que se construam mercados desta dimensão (apenas eventualmente em Lourosa), mas que se criem espaços dignos para os mercados semanais que se instalam sem as mínimas condições em várias freguesias, com um verdadeiro aspecto de feira.
E por falar em feira... para quando a criação de condições para as zonas de feira do concelho? Se a Feira dos Dez já tem melhor aspecto, embora ainda faltem pormenores, o mesmo não acontece com a Feira dos Vinte ou com a Feira dos Quatro. O mesmo tratamento deve ser aplicado em Arrifana, enquanto que na Feira se deve definir definitavamente a localização da feira mensal e adequar o espaço escolhido às condições que uma realização deste género necessita. Já em S. João de Ver, a requalificação do Largo das Airas deverá ser pensada de forma a re-inventar a Feira dos Dezassete e criar uma nova estrutura deste género no concelho.

Sugiro ainda a implementação de um Plano integrado de desenvolvimento comercial e de serviços do Centro Histórico, com especial cuidado em caso de saída dos edifícios autárquicos. O centro histórico de Santa Maria da Feira está gradualmente a perder a sua vocação comercial... o que é normal, ganhanho relevo a vertente de lazer. De qualquer forma, todo este desenvolvimento deve ser acompanhado de perto, de modo a evitar a perda de identidade e em caso de saída dos serviços da autarquia, a verdadeira criação de um deserto humano em certas horas do dia.

Por fim, é tempo de olhar para o investimento privado. A autarquia deve primar pela criação de condições que levem a maior celeridade na atribuição de licenças e projectos, assim como a eliminação de muitas das barreiras que ao longo das últimas décadas impediram a concretização de largas dezenas de projectos... o que faz com que ainda hoje os feirenses tenham de recorrer a outros concelhos para parte das suas compras e actividades de lazer.

2 comentários:

Mafalda disse...

Ideias não faltam.
Pessoas na Câmara em número também não me parece.

Mas deixem-me fazer um desabafo - aquilo ali há muito emprego e pouco trabalho/responsabilidade.

Estou a ficar fartinha do Pelouro da Educação!!! Irresponsabilidade. O deixa andar. O não querer saber. Uma vergonha. E estamos TODOS a pagar os ordenados áquelas pessoas. Eu não fico no anonimato para quem quiser saber coisas concretas que se estão a passar. É pena serem os nossos filhos a pagar...

Voto nas eleições a quem disser que coloca a equipa da Feira Viva no Pelouro da Educação!

Falta gente operacional competente, dedicada e com noção do que é o serviço público na Câmara.

Aquilo não precisa de uma varridela, acho antes que precisava de um aspirador, para não deixar restos de pó.

bc parabéns pelo teu trabalho! Excelente!

Bruno Costa disse...

Mafalda... infelizmente quando dizes que na Câmara «há muito emprego e pouco trabalho/responsabilidade» tens toda a razão, mas eu alargo o leque a todas as áreas da função pública. Há coisas que parecem mesmo impossíveis... mas acho que não chega uma mudança na forma de actuação das chefias locais para mudar as coisas. Mesmo que puséssemos a administração da Feira Viva na chefia de um pelouro, mudava muita coisa... de uma empresa (onde o chefe é mesmo o chefe) continuávamos com função pública, onde o chefe tem sempre alguém acima... e está tudo dito! É preciso uma revolução nas regras a nível nacional, ou melhor, no cumprimento das regras e não nas próprias!!! :)