O segundo tema desta reflexão sobre o concelho de Santa Maria da Feira é talvez o maior problema deste país... a Saúde. Em Santa Maria da Feira temos um Centro de Saúde, no qual se penduram mais de duas dezenas de extensões e Unidades de Saúde Familiar, a precisar de uma grande reformulação... mais, diria revolução. Por outro lado, temos um hospital que em menos de 10 anos viu o seu objectivo totalmente alterado... o que seria um hospital para servir Santa Maria da Feira passou a hospital de referência regional (ainda bem que assim foi), mas sem que decorram as melhoras de espaço já tanto requisitadas. E para além disto? Temos um antigo hospital ao abandono... não temos uma rede de espaços de consulta aberta perto das populações... não temos um conjunto de consultas de entrada em especialidades básicas à disposição, num dos maiores Centros de Saúde do país... em resumo, nada mais temos do que duas estruturas que muito têm feito, mas há muito a fazer por elas.
Para começar, entendo que o concelho feirense precisa de uma dramática reformulação dos serviços de prestação de cuidados primários de saúde. O modelo de Centro de Saúde que temos não consegue responder às necessidades e este mix de extensões com Unidade de Saúde Familiar só complica ainda mais esta questão.
Há muito que está prometido um novo modelo de organização para os Centros de Saúde. Desde então, Santa Maria da Feira deu passos em frente e foi eleito como estrutura piloto para este modelo. Até hoje nada foi posto em prática!
Venham lá as alterações. Pense-se no Centro de Saúde como local de cuidados básicos e não apenas como porta de entrada no Serviço Nacional de Saúde, que à primeira adversidade encaminha tudo para o patamar seguinte: o hospital. E nisto deixo um exemplo básico... por que não pode o Centro de saúde dispor de um conjunto de especialidades básicas? Oftalmologia, estomatologia, obstetrícia, pediatria... Hoje temos essencialmente médicos de especialização em Clínica Geral que obtém alguma formação em áreas mais específicas e ficam responsáveis por algumas consultas ditas de "especialidade"... e isso quando existem (ex. Planeamento Familiar, Consulta de Hipertensão ou Consulta de Diabetes).
Por outro lado, sugiro que todas as unidades de saúde dependentes do Centro de Saúde possuam o mesmo modelo de gestão. É que isto de uma Extensão ser comparada com uma Unidade de saúde Familiar tem muito que se lhe diga!
Para começar, entendo que o concelho feirense precisa de uma dramática reformulação dos serviços de prestação de cuidados primários de saúde. O modelo de Centro de Saúde que temos não consegue responder às necessidades e este mix de extensões com Unidade de Saúde Familiar só complica ainda mais esta questão.
Há muito que está prometido um novo modelo de organização para os Centros de Saúde. Desde então, Santa Maria da Feira deu passos em frente e foi eleito como estrutura piloto para este modelo. Até hoje nada foi posto em prática!
Venham lá as alterações. Pense-se no Centro de Saúde como local de cuidados básicos e não apenas como porta de entrada no Serviço Nacional de Saúde, que à primeira adversidade encaminha tudo para o patamar seguinte: o hospital. E nisto deixo um exemplo básico... por que não pode o Centro de saúde dispor de um conjunto de especialidades básicas? Oftalmologia, estomatologia, obstetrícia, pediatria... Hoje temos essencialmente médicos de especialização em Clínica Geral que obtém alguma formação em áreas mais específicas e ficam responsáveis por algumas consultas ditas de "especialidade"... e isso quando existem (ex. Planeamento Familiar, Consulta de Hipertensão ou Consulta de Diabetes).
Por outro lado, sugiro que todas as unidades de saúde dependentes do Centro de Saúde possuam o mesmo modelo de gestão. É que isto de uma Extensão ser comparada com uma Unidade de saúde Familiar tem muito que se lhe diga!
Quanto a medidas concretas... começo pelas "urgências". A verdadeira urgência do concelho e da região está sobrelotada com falsas urgências. Ao Hospital de São Sebastião acorrem diariamente centenas de pessoas, que afinal são classificadas com sinal verde no sistema de triagem de Manchester. Todos estes doentes não têm qualquer necessidade de se deslocar a um hospital, mas na sua maioria precisam mesmo de ser vistos por um médico. É neste contexto que eu penso justificar-se a criação de um serviço a que designo de micro-urgência, que deve estar próximo da população e dispor de um horário de funcionamento desfasado da unidade de saúde básica e que permita o acesso da população fora do seu horário de trabalho. Penso que 3 unidades desta natureza seriam o aconselhável para um concelho com a dimensão da Feira. Sugiro localização em Santa Maria da Feira, Lourosa e Lobão, que como se pode ver no mapa permite uma cobertura perfeitamente aceitável do concelho. Estes serviços deveriam funcionar de segunda a sexta feira das 18h às 22h ou 24h (eventual variação do horário ao longo do ano), ao sábado das 12h às 20h e ao domingo das 12h às 18h.
Outro dos pontos críticos da saúde feirense, mas também do resto do país, são os cuidados continuados. A criação de unidades de apoio a doentes terminais e doentes com dificuldades em manter o normal quotidiano sem auxilio está na lista de prioridades do Ministério da Saúde, mas a verdade é que a conversão do antigo Hospital de Oleiros numa destas unidades tarda em concretizar-se.
Para dar resposta ao crescendo de serviço, torna-se fundamental o avanço do projecto de expansão do Hospital de São Sebastião. Há muito que se fala na criação de um novo edifício nas traseiras, mas até hoje nada saiu das palavras. Um hospital que carece de novas valências para dar melhor resposta à população da região e necessita de resolução para algumas lacunas de espaço merece mais atenção, para que tal se resolva antes do surgimento de situações mais complicadas.
Por fim, sugiro o acompanhamento ainda mais próximo de projectos privados. A norte-americana Mayo Clinic está com um projecto para instalar em Santa Maria da Feira uma unidade de investigação e tratamento em oncologia... mas depois da alteração de localização do projecto para junto do Visionarium nada mais se soube. Afinal 2009 era o ano inicialmente apontado para a abertura da 1ª fase do projecto... e no final do primeiro trimestre, pelo menos que se saiba, nem projecto final há.
Os investimentos desta natureza são deveras importantes pela componente académica que comportam... elemento fundamental para uma evolução de Santa Maria da Feira a nível do ensino superior.
Outro dos pontos críticos da saúde feirense, mas também do resto do país, são os cuidados continuados. A criação de unidades de apoio a doentes terminais e doentes com dificuldades em manter o normal quotidiano sem auxilio está na lista de prioridades do Ministério da Saúde, mas a verdade é que a conversão do antigo Hospital de Oleiros numa destas unidades tarda em concretizar-se.
Para dar resposta ao crescendo de serviço, torna-se fundamental o avanço do projecto de expansão do Hospital de São Sebastião. Há muito que se fala na criação de um novo edifício nas traseiras, mas até hoje nada saiu das palavras. Um hospital que carece de novas valências para dar melhor resposta à população da região e necessita de resolução para algumas lacunas de espaço merece mais atenção, para que tal se resolva antes do surgimento de situações mais complicadas.
Por fim, sugiro o acompanhamento ainda mais próximo de projectos privados. A norte-americana Mayo Clinic está com um projecto para instalar em Santa Maria da Feira uma unidade de investigação e tratamento em oncologia... mas depois da alteração de localização do projecto para junto do Visionarium nada mais se soube. Afinal 2009 era o ano inicialmente apontado para a abertura da 1ª fase do projecto... e no final do primeiro trimestre, pelo menos que se saiba, nem projecto final há.
Os investimentos desta natureza são deveras importantes pela componente académica que comportam... elemento fundamental para uma evolução de Santa Maria da Feira a nível do ensino superior.
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