sábado, 9 de junho de 2007

Futuro?

Com a saída do tribunal da Feira das actuais instalações (daqui a sabe-se lá quantos anos) abre-se a discussão do futuro do terreno que actualmente alberga o edifício. Localizado numa zona nobre da cidade o espaço, com toda a certeza, abre o apetite desenfreado da especulação imobiliária. O próprio Ministério da Justiça já revelou (pelo menos diz-se que sim) a vontade de usar o terreno para financiar a nova construção. CALMA!
Aqui está a questão. A isto chama-se gozar com as pessoas. Ora veja-se... há alguns anos a Câmara cedeu este terreno para a construção do "Palácio da Justiça" (o nome deveria ser Barraco da Justiça", mas isso agora não interessa) e agora vai ceder um outro terreno para o novo prédio. Consequência: o espaço da Av. 25 de Abril deve reveter para o município.

Quando abordado sobre esta questão o Presidente da Câmara mostrou o seu desconhecimento da mesma, mas fez a afirmação mais espectacular dos últimos dias. Alfredo Henriques rejeita a hipótese de se construir no local, "nem que seja para ficar como parque". Parque? De estacionamento? De lazer? Esclareça-se Sr. Presidente... uma coisa que não serve para construção também não deverá ser usada para parque de estacionamento... a não ser que se aproveite o subsolo, fazendo da superficie uma nova praça. Essa seria a grande vantagem... criar no centro da cidade uma praça de grande dimensão, capaz de albergar milhares de pessoas de uma só vez, com espaços de lazer e comércio. Poderia criar-se uma espécie de união entre a zona histórica e zona nova da cidade, cada vez mais comercial.

Muitos anos ainda teremos pela frente até que tal coisa se possa fazer, mas vale a pena começar a discutir o assunto bem cedo, porque de um momento para o outro o monstro imobiliário pode atacar!

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