A 13ª edição do Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua
toma conta da cidade de Santa Maria da Feira entre 24 e 26 de maio. Ao
longo de três dias, mais de 400 artistas de 16 países ocupam e
reinventam os espaços públicos daquela que é considerada a “capital das
Artes de Rua” com 48 projetos, 117 espetáculos – todos com entrada
gratuita –, 25 estreias nacionais, 19 estreias absolutas e cinco
criações próprias.
A diversidade de linguagens artísticas é uma das marcas desta edição,
onde sai reforçada a componente de artes visuais, com a conceção de uma
escultura de cortiça – Diorama Cork Faktory – pelo artista plástico Vhils,
numa homenagem à indústria corticeira do Concelho. Destaca-se ainda a
diversidade dos 16 países de origem das criações (Portugal, Espanha,
Alemanha, Eslovénia, França, Brasil, Argentina, Áustria, Angola, Reino
Unido, República Checa, Holanda, Noruega, Itália, África do Sul e
Irlanda), assim como dos formatos e dos conteúdos programados.
Estrutura
consolidada de criação, o Imaginarius apresenta nesta 13ª edição 19
estreias absolutas e cinco criações, três delas de raiz: Baile das Bicycletas, de Patrick Murys e Casa da Música, numa coprodução Imaginarius e Festival do Norte; Urban Ballets – Blast,
numa coprodução Imaginarius, Carnaval de Deux Rives (Bordéus, França),
Carnaval de Belfast – Irlanda do Norte e National Arts Festival
(Grahamstown – África do Sul); e Travessia, dos argentinos Edith Scher e Omar Gasparini.
Nestes e noutros projetos do festival, as comunidades locais têm uma
participação cada vez mais ativa e crítica nos processos de criação,
sendo este ano mais de mil os participantes da comunidade.
Nesta
edição, o Imaginarius contempla 12 coproduções e parcerias de
programação que resultam num genuíno trabalho em rede – local, regional,
nacional e internacional. Bodies in Urban Spaces, da companhia Willi Dorner,
é um dos bons exemplos de coprodução com a Fundação de Serralves. Um
projeto que partilha o elenco e arquiteturas das cidades do Porto e
Santa Maria da Feira.
O Mais Imaginarius – espaço
aberto a jovens criadores de todo o mundo – assume-se como a linha da
frente o festival. É o espaço onde criadores podem correr riscos,
privilegiar a experimentação e a prática artística informada. Nesta
edição, serão apresentados 23 projetos de oito países, nas áreas de Graffiti, Performance, Música, Teatro, Circo, Instalação e Dança.
O mundo em que vivemos inspira a “A Europa Imaginada” como tema central da Conferência Internacional de Artes e Espaço Público, assim como a criação, em estreia absoluta, de Jangada de Pedra pelo Teatro O Bando, e o questionador Ginkgo, da companhia alemã Antagon Theater AKTion.
“É
exatamente porque vivemos este momento que este festival é necessário.
Pela vontade de transformação, pelo espaço aberto à criação, pela
ocupação do espaço público, pelo exercício pleno do direito de acesso à
fruição cultural, pelos impactos educativos, comunitários, económicos,
urbanísticos, turísticos no território”, sublinha o diretor artístico do
festival, Hugo Cruz.
Mais informação em www.imaginarius.pt.
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