segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ecos da Cultura Feirense

Após vários anos de grandes sucessos nas iniciativas culturais de Santa Maria da Feira há já muito que se levantam vozes a pedir mais. Os repórteres da RCF há semanas que andam com isto e ontem mais uma vez o assunto foi abordado.
Finalmente... e volto a escrever, finalmente, o poder local parece alerta e não rejeita a hipótese. Depois de Paulo Sérgio Pais, agora é a vez de Alfredo Henriques acenar afirmativamente a uma eventual candidatura de Santa Maria da Feira a capital europeia da cultura. Só acho que peca por tardia!

6 comentários:

Carlos Sousa SJM disse...

Capital europeia da cultura! Bem… há que ter os pés bem assentes no chão e ter noção da realidade e não dar passos maior que a perna.
O conceito capital europeia da cultura nesta altura é um “título” atribuído por concurso internacional que nos últimos anos ate tem sido atribuído a mais que uma cidade em simultâneo. É preciso lembrar que existem sempre meia dúzia de grandes cidades a concurso que basicamente fazem fila até poderem ser elas a deter e promover o evento que dura o ano inteiro.
È verdade que já não requer os requisitos que foram necessários na altura em que Lisboa foi a cidade eleita, aliás acho que desde o ano do Porto a ideia tem sido a de haver mais que uma cidade como capital. Mas dai á cidade da feira estar altura… sonhar não faz mal mas…
Penso que capital nacional da cultura seria um passo intermédio viável e depois da experiencia retirada então pensar em outros voos.

Bruno Costa disse...

Bem, começando pela Capital Nacional da Cultura... depois de Faro e Coimbra se provou que o projecto não tem pernas para andar.

Quanto à capital Europeia da Cultura considero que a Feira tem neste momento todas as condições logísticas e de know how... talvez até acima da média das actuais capitais. Faltam algumas condições estruturais, que facilmente são corrigíveis (e com orçamentos nada comparáveis com o Porto 2001).

E deixo alguns exemplos do impacto que a Feira já apresenta... através do CCTAR/Imaginarius, a Feira já organizou a Festa das Cidades (programa de animação do Euro 2004), colaborou no programa de animação do Euro 2008 (versão Suiça) e já colabora na preparação de Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, que este ano tem o grande teste com as comemorações dos 800 anos de D. Afonso Henriques.

São apenas 3 exemplos que já demonstram o trabalho e notoriedade já atingida... e afirmo o que já em tempos disse, a Feira está muito melhor preparada do que Guimarães para ser Capital Europeia da Cultura, mas a cidade minhota já terá o título em 2012, então porque teimamos em adiar?

Carlos Sousa SJM disse...

O conceito de capital nacional da cultura não tem pernas para andar porque o orçamento atribuído é pequeno comparativamente ao dado a Lisboa e Porto a quando da capital europeia da cultura. Sendo assim nenhuma cidade vai fazer grandes investimentos para tentar ter uma evento á altura pois teria de investir muitos milhões sem garantia de retorno.
Quanto as condições que feira oferece… bem o know how não ponho em causa mas atendendo que a cidade de Linz é na Áustria é melhor não embandeirar em arco. O que não falta na Áustria é actividade cultural, especialmente em Vienna e Salzburg, logo duvido que não existem pessoas/instituições na área da cultura com know how suficiente para levar a cabo o evento com padrões elevados em linz. Quanto a condições estruturais e logísticas bem teria que haver um grande investimento, pois comparativamente com outras cidades que auspiciam o evento o que a feira tem é insuficiente.
A meu ver o maior problema de SMF nem está relacionado com as condições mas sim com a falta de motivos aglutinadores ou acontecimentos históricos de relevo que lavariam a comissão a eleger a SMF como uma das capitais. Que eventos seriam cridos ao longo de um ano associados a SMF que justificariam uma eleição. Em 2010 uma das capitais é Istambul e a pergunta que deixo será que eles vão conseguir num ano mostrar tudo que espelha a historia e cultura desta cidade com registos históricos que remontam a 5000AC, com uma população próxima dos 10 milhões e sendo um dos pontos com mais actividade no mundo.

Bruno Costa disse...

Quanto às estruturas não é mesmo preciso grande investimento, até porque uma Capital da Cultura não implica a requalificação urbana que aconteceu no Porto!!!!!

A Feira já dispõe de um conjunto muito razoável de espaços (Europarque, Cine Teatro, Biblioteca, Castelo, Convento dos Lóios, entre outros) e vai assistir ao nascimento do CCTAR. Como nova estrutura para a Capital poderia concretizar-se a aspiração do Museu da Indústria Corticeira.

Uma Capital da Cultura deve mostrar a sua história e as suas tradições, com um misto de modernidade... isso é o que a Feira faz todos os anos. O seguimento da linha de programação habitual com um acréscimo motivado pelo projecto e acoplado a 2 projectos destaque por mês (caros, mas com bilhetes também eles caros) seria suficiente para fazer uma Grande Capital da Cultura.

Agora não estou com tempo, mas encaro isto como um desafio... apresentar um projecto muito básico da Capital da Cultura assente principalmente nos projectos já existentes e na história do concelho, assim como na força das recriações... BREVEMENTE! :)

Carlos Sousa SJM disse...

dá-lhe rapaz...

Bruno Costa disse...

Já está a caminho!!!! :)