sexta-feira, 25 de maio de 2007

Imaginarius

Quem liga a criticas quando se podem ler textos destes? Vê só o que se diz sobre o Imaginarius e a capacidade de organização de Santa Maria da Feira, o "Fenther" chama mesmo à Feira de capital da cultura!

«Uma vez mais, a belíssima cidade de Santa Maria da Feira, recebeu o Festival Internacional de Teatro de Rua, organizado como sempre pela “Feira Viva” e pelo “Sete Sóis Sete Luas”.
As ruas foram invadidas como é hábito em terras de Santa Maria. Em cada canto, em cada esquina, um acontecimento previsto nesta 7º edição.Todas as atenções deste ano, viraram-se para a “Donzela”. É verdade. Uma criação para este festival, vinda de uma ideia de Joana Vasconcelos e exposta, numa das paredes de Castelo altaneiro da Feira. Um trabalho notável à vista de todos. Para além desta toalha gigante em croché, outro ponto alto foi o “Matrimónio”, onde foram convidadas várias noivas a participar nesta parada, noivas de vários pontos da Europa. Momento único este.
Para além de todos estes destaques, foi possível conviver com a exposição “Parque das árvores queimadas” do brasileiro Zenildo Barreto na zona envolvente das piscinas, com projecção de filmes, ateliês, e claro, com todo o teatro de rua, que ao longo de três intensos dias, vibrou em harmonia com o sorriso, o suspence e toda uma fantasia imaginária…
A Companhia Cacahuète veio da França demonstrar o polémico “Market Platz 2”, que segundo o Jornal de Noticias, chocou muita gente, incluindo a igreja local, ao exibir um porco pregado numa cruz… “O Canto das Sirenes Encontra o Fado”, foi também um momento de enorme expectativa, onde se incluía os nomes ligados ao fado (Margarida Guerreiro e Custódio Castelo) e a Companhia Mécanique Vivante de França. Seguiram-se momentos de humor com os palhaços italianos com a Companhia Colombaioni, a parada das girafas numa ópera animalesca onde a Compagnie Off de França coloriu as ruas da Feira com as gigantescas girafas manipuladas, articuladas e habitadas por 18 pessoas em andas, cegas e invisíveis. Notável.
Destaque ainda para o Caracol Humano, que fez delicias juntos dos mais novos e para “K@osmos” em estreia nacional. Uma bola gigante suspensa, com vários elementos da Companhia Puja!, que ia demonstrando o teatro aéreo em todas as direcções. Momento alto do festival com estes argentinos e espanhóis.Não ficando muito atrás, a Companhia holandesa Doedel, fez delicias ao longo dos três dias. Acampados juntos ás piscinas, esta companhia, participou na parada de inauguração da instalação – “Donzela”, fazendo a iluminação de todo o percurso com seu fogo. Fogo esse que serviu de toda uma imensa imagem bem quente, na elaboração de “A Fábrica”, a peça recriada pelos holandeses. Muito calor, muita emoção, muito fogo em combustão. Enormes foram as chamas, que iam ardendo ao sabor da música industrial desta fábrica que fabricava lume. Impressionante a actividade desta companhia. Foram verdadeiros momentos explosivos. Excelente!
fechar as actividades deste ano, “Boran I Marko Markovic Orkestar” da Sérvia. A boa disposição neste concerto de encerramento, com os 12 elementos desta banda de musica dos Balkans, em pura euforia. Era impossível terminar de uma outra forma.
Ficamos todos com água na boca, e com vontade de mais. Voltaremos todos cá para o ano que vem, até lá, Santa Maria da Feira, merece não ficar no esquecimento, e merece visitas regulares, pois estamos perante uma verdadeira capital da cultura. Parabéns!
Vítor Pinto»

Ao ler coisas destas nem vale a pena pensar naqueles que, sabe-se lá porquê, querem à força enegrecer o nome do festival.

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