O Relatório da Comissão Técnica do Programa de Reestruturação da Administração Central é claro na vontade de reduzir para 3 o número de repartições de finanças no concelho feirense. Dado que o mesmo acontece um pouco por todo o país até não seria de reclamar... até porque se falou na possibilidade de encerrarem dois serviços e afinal apenas um está ameaçado. Mas... há sempre um mas!!!!
Olhemos mais uma vez para os vizinhos. Porque se fecha um serviço em Santa Maria da Feira, deixando cada um dos alternativos com uma média 113 mil acções ano, e em Oliveira de Azeméis (que também assiste a um encerramento) irão funcionar serviços com médias anuais de apenas 82 mil acções?
O Entre Douro e Vouga poderá ainda assistir à fusão dos serviços de Finanças de Arouca e Vale de Cambra, ficando a nova repartição (com localização ainda desconhecida) com uma média anual de 117 mil acções.
Estamos a melhorar os seviços?
A tabela mostra o volume de trabalho anual das actuais repartições de finanças do EDV.
Olhemos mais uma vez para os vizinhos. Porque se fecha um serviço em Santa Maria da Feira, deixando cada um dos alternativos com uma média 113 mil acções ano, e em Oliveira de Azeméis (que também assiste a um encerramento) irão funcionar serviços com médias anuais de apenas 82 mil acções?
O Entre Douro e Vouga poderá ainda assistir à fusão dos serviços de Finanças de Arouca e Vale de Cambra, ficando a nova repartição (com localização ainda desconhecida) com uma média anual de 117 mil acções.
Estamos a melhorar os seviços?
A tabela mostra o volume de trabalho anual das actuais repartições de finanças do EDV.
11 comentários:
Bem podia ser pior...
Mas pensa assim, ainda tem psp quando pela ultima restruturaçao, nao deveriam. Porque fechou a de espinho e vossa não...
Ainda para mais quando a GNR para SMF, supostamente pela restruturaçao so um serviço deveria continuar na mesma freguesia de jurisdiçao...
alias a historia da GNR ir de SJM para SMF cheira um pouco a tretas do costume...
Bem... chegou a traçar-se um cenário bem pior, isso é verdade.
Mas quanto à PSP não é bem assim... em Espinho a PSP não fecha. O que encerra é a divisão de Espinho, que será substituída por uma esquadra. A nova divisão vai integrar o comando do Porto e não o de Aveiro e será criada na Feira ou em SJM... ainda ninguém sabe a localização definitiva, embora por várias razões só possa ser uma!
Na GNR também tens um pequeno lapso, na Feira não há nenhuma freguesia servida pelas duas forças... Feira e Espargo são da responsabilidade da PSP e as outras 29 freguesias estão à guarda da GNR. Para a Feira é transferido o Destacamento que tem por objectivo comandar um grupo de postos (4 na Feira e 1 em SJM).
Estas restruturaçoes sao do tipo primeiro mirra depois morre.
Segundo o que li, no jornal de noticias, urbes com menos de 20 mil habitantes perderiam a PSP. Numa breve lista de postos constava espinho.
É verdade nao ha ainda nenhuma freguesia de SMF servida pelas duas forças, mas como a de SJM vai fechar e o destacamento ja foi para SMF...
presumo que o novo edificio seja proximo do feira nova.
A desculpa que se ouviu aqui para o fecho da gnr é que so podia subsistir um dos serviços, logo tem logica que seja a gnr a fechar eles nunca tiveram qualquer jurisdiçao na cidade e arredores e nunca vão ter.
Compreende-se sem problemas dai que o destacamento se mude para SMF mas so nessa logica.
A parte que não se compreende é nao fechar a PSP de SMF ainda para mais que urbe de SMF nao cumpre os requesitos minimos, nem proximo disso.
Quanto a nova divisao da PSP, pela logica so pode ter um destino, mas ja nao fico muito espantado..
Bem essa "ideia" das urbes com menos de 20.000 habitantes perderem a PSP rapidamente morreu... até porque o conceito de urbe não é uniforme e é preciso atender a muitos critérios da cidade e não apenas ao número de habitantes.
Critérios como "habitantes diurnos", circulação, congestionamento entre outros também contaram. Para além do mais este plano não podia só olhar para o presente, mas sobretudo para o futuro... sendo assim, no caso da Feira, e com a "reconfiguração" dos limites da cidade que está em processo de desenvolvimento, facilmente se bate a barreira dos 20.000 habitantes, ainda sem contar com projectos de construção.
Quanto à nova Divisão terá acção nas esquadras do sul da área metropolitana do Porto: Espinho, Feira e SJM... daí a localização mais lógica ser a Feira. SJM apesar de ter melhores condições logísticas no edifício fica no extremo da área de intervenção.
Qto à GNR, a mudança do Destacamento para a Feira era lógica, como é lógico que esta força não tenha hoje, como não tem há muitos anos intervenção na cidade. O Posto Territorial sempre existiu, apenas se mudou tb para o novo edificio...
O novo edifício construído junto ao Feira Nova alberga o Posto Territorial da Feira e o Destacamento. Embora fique localizado dentro da cidade não tem qualquer intervenção na mesma (freguesias da Feira e Espargo), mas apenas nas freguesias em redor da Feira (ex. parte de S. João de Ver, Travanca, Fornos, Sanfins, Escapães).
A saída de SJM era lógica por aquilo que dizes. O concelho é a cidade, ou seja, a GNR não ter intervenção por aí. Não fazia sentido aí estar o Destacamento.
De qualquer forma ainda funciona em SJM o Grupo Territorial que comanda os Destacamentos da Feira, Ovar e OAZ, cujo fecho já está anunciado... mas aqui não falamos em deslocalização... é mesmo para fechar. Ficará apenas o Grupo de Aveiro. Por estas e por outras continuo a afirmar que a Região EDV está a perder muito com estas reformas.
Quanto ao que dizes de "ainda" não existir nenhuma freguesia da Feira servida pelas duas forças... a verdade é que até há poucos meses existia. A sobreposição de forças acabou mesmo!
Sanfins era patrulhada pela GNR e PSP e agora apenas a GNR tem acção por lá, pelo menos até à delimitação das fronteiras da cidade, que poderá levar à passagem de novas áreas para a PSP.
O lirismo esta de novo a atacar a tua escrita bc23 (presumo Bruno Costa).
Naquilo que escrevi estava a cingir-me às freguesias de SJM e SFM.
Se quiser divagar sobre critérios arranje uns que favoreçam SMF e não uns que façam mostrar a sua real dimensão ou falta dela em relação a SJM.
Escreve que facilmente se bate a barreira dos 20 mil habitantes, o mais que posso dizer é que SMF neste momento tem a população de SJM em 1960 (12 mil habitantes) mas nem de perto nem longe tem a força de SJM de então. Só em 2000 é que ultrapassamos os 20 mil habitantes, por isso o seu facilmente a correr muito bem vai demorar 40 anos. OAZ também tinha 13 mil habitantes em 1960 e hoje tem pouco mais 15 mil.
Pelo que já escrevi neste post e nos anteriores não existem razoes lógicas para que a divisão da PSP seja em SMF. Nem mesmo a geografia serve de argumento pois a diferença de distâncias entre Espinho - SMF e Espinho - SJM não é significativa.
Quanto a GNR compreendo a mudança se fecharem a PSP caso contrario é mais uma decisão política, á qual se deveria chamar reestruturação mas na realidade parece mais uma usurpação. Chamo usurpação porque fez-se a mudança de uma entidade de uma freguesia sobre a qual não tinha qualquer influência para outra freguesia sobre a qual não vai ter influência.
A verdade é que na Feira não nos podemos ficar por uma freguesia... o projecto urbano não se resume a tal.
A GNR na realidade muda de uma freguesia em que não tem influência para outra em que também não o tem... mas a questão não está aí! Em SJM a GNR não intervém no concelho, mas na Feira actua sobre a maioria do mesmo. Porquê ficar em SJM?
Quanto à diferença no número de habitantes, tudo se prende essencialmente com a densidade... em SJM as questões de urbanismo há muito que ficaram esquecidas, algo que quase acontecia na Feira, mas felizmente assim não aconteceu.
A construção desenfreada em altura é muito útil para a rápida conquista de habitantes, mas é uma nódoa em termos urbanos.
O futuro mostrará as vantagens do equilíbrio entre habitações monofamiliares e multifamiliares de reduzida volumetria, contra os "monstros urbanos" que nas últimas décadas invadiram SJM sem estarem asseguradas todas as condições de segurança.
Mas aqui estamos a falar de opções e não as critico, até porque com um espaço urbano a escassear essa era a única opção.
Quanto ao número de habitantes da cidade passar facilmente os 20.000, não me refiro exclusivamente à freguesia Feira... apesar de a mesma dar facilmente um boom populacional maior do que se pode imaginar com uma meia dúzia de grandes projectos prontos para avançar(Quinta de Santo André - já em construção, Encosta Santo André - em projecto, Picalhos - projecto de urbanização já aprovado, Velha - Casal - projecto dependente do nó com a via Feira-Arouca e da Av. da Europa, entre outros).
Decorre neste momento o estudo das novas fronteiras da cidade (área real de intervenção da PSP), que num futuro próximo será alargada a mais freguesias, ou parte delas..para além de Espargo, Sanfins é a única "certeza".
Se aos 12.000 habitantes da Feira (em 2001, hoje são muito mais) juntarmos 1500 de Espargo e 2000 de Sanfins já vamos em 15.000 (com dados de 2001). A somar a isto, mesmo que a cidade se resuma a 3 freguesias, temos os novos projectos urbanos para a Feira, Espargo (previsão de 5000 a 7000 novos habitantes em 5 a 10 anos) e Sanfins.
Com estes e outros dados era lógica a manutenção da PSP... e é para os mostrar que serve o poder local.
Quanto às distâncias Espinho - Feira e Espinho - SJM não entro em mais pormenores... basta olhar para um mapa!
Dou-te mais uma dica... para conheceres um pouco melhor os projectos que se estão a desenrolar e que vão mudar completamente a Feira em 4-5 anos fica atento ao blog nos próximos dias... estou há meses a preparar a sua listagem e dentro de uma ou duas semanas conto publicá-la.
Bem Projectos não deveria comentar porque não passam disso. Existe uma grande diferença entre o projecto de urbanização de uma área e a sua ocupação.
Só para ter uma ideia da evolução de um bairro, tem em SMF a urbanização que esta a ser construída antes a igreja (Passionista julgo). Que eu me lembre os arruamentos foram feitos em 2003 e 5 anos volvidos moram que… 200 pessoas, bem contadas.
Nenhuma construtora se põe a construir á parva, normalmente fazem um bloco de 20 apartamentos, mas só partem para o próximo depois de terem vendido 70% a 80% do último bloco, que é o que esta a acontecer nesse bairro.
Vou-lhe só dar um exemplo em SJM, fez-se o plano de pormenor das Corgas 120mil mts2 dos quais 40mil destinados a um parque interior. Só nessa zona prevê-se a construção de 600 apartamentos em que a cota máxima corresponde a 6 andares (a torre de 20 andares foi rejeitada ate requalificação e despoluição do parque da Oliva).
Acha que isto vai ser tudo construído, duvido, mas a ser executado será num período de 10 anos ou mais e vai corresponder só a 1200 pessoas (+-3 por apartamento)
SMF tem crescido em média de 2 mil habitantes por ano nos ultimos anos, mas tem 31 freguesias e as freguesias onde esse crescimento se tem feito notar mais é na zona de Lourosa/Fiães.
Por isso ponho as minhas duvidas quanto ao suposto boom no período de 5 a 10 anos, mas pronto… o tempo ditará a lei
Em relação a GNR e PSP não ponho em causa a sua existência em SMF apenas acho estranho a forma como as reestruturações dos serviços é levada a cabo na região e não so neste dois concelhos.
Na realidade passamos de uns serviços fracos mas próximos, para uns longe e de mer…
Ia-me esquecendo...
SJM-Espinho 25km
SMF-Espinho 19km (via michelin) nao é significativa a distancia
Quanto a essa urbanização houve várias questões por resolver (uma delas o que fazer de uma quinta com 30.000 m2 atrás... que ainda hoje não sei bem) e a "fatia" central foi por isso encravada... só há cerca de meio ano teve inicio a obra de construção dos arruamentos de ligação entre a metade norte do projecto e a metade sul...
É verdade que projectos são sempre projectos... mas uma coisa é falarmos num projecto em que uma empresa urbaniza para depois vender lotes e outro caso (como em alguns projectos na feira) a mesma empresa que urbaniza vai construir e tem prazos estipulados.
Quanto à Torre das Corgas ainda bem que desapareceu (não sabia disso)... na minha forma de olhar para as cidades não deveriam existir edifícios com mais de 7/8 pisos.
Já as distâncias... as ditas não são significativas, mas e o tempo do percurso? Chegar da Feira a Espinho é fácil... mas sair da Feira para SJM é um martírio... espera-se que por pouco tempo, mas actualmente é um pesadelo!
O essencial do boom populacional da Feira era há bem pouco tempo Lourosa/Fiaes, mas actualmente (ultimos 3/4 anos)o panorama é bem diferente. A construção situa-se na cidade e essencialmente (hab unifamilar) nas freguesias periféricas da cidade (S. João de Ver, Fornos, Travanca, Sanfins e Escapães). A tendência neste momento é "viver" às portas da cidade... perto de tudo e a mais baixo preço.
Das reformas e da qualidade dos serviços para a região já não falo mais... se estavamos mais ou menos, comparativamente com outras zonas do pais, ficamos mal.
A concentração na saúde dá barraca... a reforma dos tribunais preve menos serviços para a Comarca EDV do que para o Baixo Vouga, que apresenta uma pendência processual bem mais reduzida... Perdemos o Grupo Territorial da GNR... talvez ganhemos uma Divisão da PSP, mas é melhor esperar para ver...
O trânsito de facto entre SJM e SMF é um pouco complicado mas nada que duas rotundas não resolvessem. Uma no cruzamento que serve de entrada na arrifana e outra onde esta o semáforo. Não é por falta de espaço nem o tipo de via é impeditivo da obra.
Quanto a torre nas corgas, não sei ate que ponto o processo foi rejeitado. Sei que de momento tem a ver com a degradação e precariedade do parque da Oliva e seria um erro a vários níveis construir com aquela porcaria gigante por baixo.
Quanto a altura não tenho problema nenhum com prédios altos desde que sejam funcionais e construídos de acordo com as normas de segurança e funcionalidade inerentes ao tipo de ocupação. Eu próprio já morei num 16 andar e aquilo era uma paz de alma para não falar na vista.
Sei que a Oliva vai passar a património industrial, vai-se lá fazer uma reestruturação e limpeza dos solos e edifícios, acho que só vai ficar o edifício principal (o da torre do relógio), o resto vai a baixo. Consta que no futuro edifício seja instalado o pólo para desenvolvimento de indústrias criativas em associação com a fundação de Serralves.
passa bem
Mais do que as duas rotundas... que na realidade seriam 3 (mais uma na nova ligação ao complexo do Feirense) é urgente a construção da via Feira-Arouca, que terá características de auto-estrada (2 x 2 vias)entre a A1 e a A32... aí sim a ligação a SJM será decente.
A actual via... dita variante... não passa de uma estrada nacional super congestionada, e os projectos urbanos previstos no seu traçado em nada ajudam!!!
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