Contra a passividade e em nome da transparência desportiva
Numa conferência de imprensa espontânea,
realizada ao fim da manhã de hoje, Rodrigo Nunes, presidente do
FEIRENSE, avisou que o Clube se prepara para tomar medidas drásticas,
caso as entidades que intervêm na gestão do Futebol profissional
continuem a denotar passividade - e permissividade - no que respeita
às fiscalização e imposição das condições que regulamentam as
competições profissionais.
Ladeado pelo presidente-adjunto, Franklim Freitas, o
dirigente fogaceiro anunciou que hoje mesmo, o Feirense irá proceder à
contratação de um jurista, especialista em Direito Desportivo, para
definir estratégias de fiscalização dos procedimentos de inscrição de
todos os Clube que, por força dos Regulamentos, pretendam competir no
âmbito das Iª e 2ª Ligas Profissionais portuguesas.
Rodrigo Nunes, que alertou para o facto de o prazo
para apresentação de documentos de habilitação - dentre eles as
famigeradas “certidões de ausência de dívidas” à Fazenda Pública e aos
Trabalhadores do Clube - estar preste a esgotar-se, afirmou, a passo,
não ter dúvidas de que se está preparar um cenário de repetição de
episódios que têm redundado no branqueamento das situações de
incumprimento a coberto das quais alguns Clubes têm vindo a actuar,
muitos deles reiteradamente.
“Acho que ninguém tem dúvidas de que há muitos
Clubes que não vão conseguir cumprir com as condições exigidas, como tem
vindo a acontecer, ao longo de anos e anos. Por isso, acho que está na
altura de os nossos responsáveis tomarem atitudes definitivas;
principalmente quando tanto se tem falado em ‘campeonato da vergonha’.
Espero agora que a Federação (FPF), a Liga e o Sindicato dos Jogadores
(SJ), actuem enquanto é tempo, para que daqui a um ano não estejamos a
assistir a mais conferências de imprensa com jogadores e sindicato a
ameaçar com greves ou desistências, por falta de recebimentos”, declarou aos jornalistas asseverando ainda que “vamos tomar medidas para se saber quem é que realmente está – ou não – em condições de competir”.
Admitindo que “o Feirense não está isolado nesta luta”
o presidente da Direcção do clube fogaceiro revelou indícios de que há
um movimento em crescendo, conglomerando os clubes cumpridores.
Visivelmente agastado com os contornos de uma situação descredibilizante do futebol português, “para a qual o Feirense nunca contribuiu”, Rodrigo Nunes promete não baixar os braços. “Acabou-se a passividade; desta vez, iremos até às últimas consequências”, avisou.
Gabinete de Comunicação
C.D. Feirense
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