sábado, 22 de novembro de 2008

Sistema de Comboios Frequentes

Nome estranho para a mesma coisa, mas com maior frequência. Segundo informação avançada pelo site da RTP, o protocolo que amanhã será assinado pelas Câmaras de Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis, CP e REFER, contempla, para além da requalificação das passagens de nível nos 3 concelhos, a requalificação mais profunda do troço Arrifana - Orreiro, com a implementação de uma espécie de Metro de superfície. O conceito é designado por Sistema de Comboios Frequentes... mas pelo pouco que me é dado a entender peca por escasso. Ora, o troço em questão basicamente faz o atravessamento de S. João da Madeira. Falamos de um investimento de quase 10 milhões de euros só neste projecto, que nada mais fará do que revolucionar as ligações internas em S. João da Madeira. A criação de 3 novas estações neste troço é outra das novidades, mas continua a faltar ambição... toda a gente fala que é preciso trazer o Metro do Porto para Sul, mas afinal avança-se com um projecto, que Castro Almeida afirma ser o primeiro passo, sem qualquer estudo global sobre a requalificação da Linha do Vouga e alargamento da Rede de Metro ao EDV.
Esperemos por mais pormenores, mas neste projecto não adivinho mais do que prejuízos. Qualquer projecto na linha do Vouga deverá incidir, no mínimo, sobre o troço Espinho-Oliveira de Azeméis. Esta opção por um mini troço não me parece que traga rentabilidade. Talvez esteja enganado, mas volto a frisar, considero um erro brutal o avanço de projectos nesta linha na ausência de estudo global Metro/Comboio num troço mais vasto.

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11 comentários:

Anónimo disse...

vamos ver que vao fazer, mas grande parte parte do dinheiro vem de fundos comunitarios e da REFER. se fizerem melhorias na linha a sul pelo menos ate OAZ e se em SMF tambem fizerem melhorias pelo menos ate a zona de Lourosa ai sim podemos dizer que esta a ser dado o primeiro passo.

a ligação a espinho é importante mas se fosse possivel seria muito melhor se a possivel ligaçao ao metro do porto fosse de lourosa para norte (viagem seria mais curta)

quanto á parte do estudo desconheço pois penso que este este projecto é fruto da pressao das autarquias sobre a REFER para fazer melhorias na linha ou entao para acabar com ela.

Bruno Costa disse...

Bem, qto ao Vouguinha, a utilizar-se o seu traçado para a linha de Metro, teria de ser apenas até ao Cavaco... a partir daí a linha começa a desviar para litoral e não toca em Lourosa (passa em Rio Meão e Paços de Brandão), daí que em termos de Metro do Porto não faça sentido a linha ir por aí. Acontece que agora falamos apenas em supressão, automatização e desnivelamentos de passagens de nível, sem que se faça nada na linha:
- não será duplicada
- não será electrificada
- o percurso (curvas) não será corrigido
Só um verdadeiro estudo global, que prove o interesse do projecto e a viabilidade económica da ligação directa ao Porto poderá desencadear a verdadeira REVOLUÇÃO na linha. Para já, com excepção deste projecto em SJM (ainda pouco conhecido), só serão realizadas melhorias na segurança.
E por outro lado, a criação de 3 novas estações em SJM entra em desacordo com o que até aqui era unânime, a linha para o Porto deve ter o menor número de estações possível.

Talvez amanhã ou segunda surjam mais pormenores para que se possa perceber o que realmente vai ser feito em SJM, uma vez que na Feira e em OAZ, só as passagens de nível serão alvo de intervenção.

O Conspirador disse...

permitam-me que entre também nesta discussão.
pensar-se na expansão do metro do Porto para sul, só fará algum sentido se for em moldes bem diferentes daqueles em que circula o metro do Porto, aliás aquilo de metro não tem nada, um metro deve ser um meio de transporte que permita uma grande fluidez de passageiros no menor espaço de tempo possível.
O metro do Porto, não difere muito em termos de características dos eléctricos de Lisboa, é lento e só consegue alguma vantagem em percursos citadinos, porque apesar da velocidade média andar pelos 20-25Km/h, a fluidez do tráfego rodoviário dentro dos grandes aglomerados urbanos é menor.
As características desta região não são de malha urbana continua à semelhança do troço de metro que segue para a Póvoa de Varzim, e o que acontece na Povoa é que o metro de superfície é menos atractivo do que era o comboio, isto porque pára mais vezes e é mais lento, pelo menos são estas as queixas de uma grande parte dos utentes desta parte da linha de metro.
Posso estar enganado, mas tenho sérias reservas relativamente ao sucesso do chamado metro de superfície, se for do mesmo tipo tram-train que circula pelo Porto, então não tenho dúvidas que pouca gente irá optar por este meio de transporte para se deslocar para Gaia ou para o Porto, é demasiado lento e tornaria uma viagem entre Oliveira de Azeméis e o Porto uma verdadeira eternidade.
Quanto à solução que é adiantada para S.João da Madeira poderá ser interessante, viagens curtas com alguma rapidez e com comboios contínuos, a questão é saber se existe fluxos de passageiros que justifiquem tanta oferta de comboios.
Cumprimentos

Anónimo disse...

Penso que a ideia do metro não tem lógica.O ideal seria um comboio a sério de Aveiro ao Porto.A partir talvez de S.J.Ver a linha rumar a Gaia,ficando um ramal secundário até Espinho.
Esperemos que os próximos dias tragam mais mais e melhores notícias,porque esta ideia de comboios frequentes,nem que liga-se os três concelhos,não me parece que tenha um grande futuro.
Mas...do Orreiro a Arrifana!!!
Pois é,Arrifana faz mesmo parte da cidade.

Bruno Costa disse...

Bom, qto à possibilidade do "Metro do Porto" vir até ao EDV eu só vejo uma hipótese, já há algum tempo escrevi sobre isso, mas entretanto pensei que o facto já estivesse enraizado... afinal não.
O dito Metro para o EDV teria de ser uma espécie de comboio, com a diferença de fazer ligação directa à rede de Metro sem transbordo... era esse o projecto da linha da Póvoa, que até hoje continua sem avançar.
As actuais composições do metro do Porto circulam a uma velocidade máxima de 40km/h raramente atingida... acontece que o sistema Tram Train, a que me refiro, como solução para uma eventual linha OAZ/SJM para o Porto, tem uma velocidade máxima que poderá em certos casos aproximar-se dos 80 km/h, sendo a média de uma viagem com estações a cada 2/3 km (e não 600/000m) de 60 km/h. Esta parece-me ser a solução mais adequada para esta linha... que também penso não haver dúvidas, que no Cavaco, ou no máximo S. João de Ver tenha de se afastar do traçado do Vouguinha e seguir a EN1.

Qto a SJM e a "Arrifana faz mesmo parte da cidade"... isso são delírios de certas cabeças. :)
Arrifana é uma vila que faz fronteira com SJM e que se torna fundamental para que o projecto possa cobrir toda a cidade e não apenas uma parte. Mas quanto a este projecto não vou escrever mais até saber mais pormenores... porque do pouco que se sabe antevejo uma fonte de prejuízos considerável.

Anónimo disse...

O que realmente é de salientar é a intençao de melhorar a rede de transportes inter-concelhios, só a intenção de o fazer e ainda para mais aproveitar um transporte centenario é de louvar. Quanto a trajectos, possiveis estaçoes e novas tecnologias a implementar aguardo por mais noticias dos responsaveis da "obra".

Anónimo disse...

Dizes que são delírios porque não vives em nunhuma destas localidades, mas eu sei do que falo porque posso dizer que vivo nas duas.Durmo e trabalho em SJM mas passo muito tempo do outro lado da "fronteira".
Já trabalhei em Arrifana,numa empresa que ainda hoje tem a sua sede em SJM.
Conheço muitas pessoas,inclusivamente familiares,que compraram casa em Arrifana e que nem se tinham apercebido que tinham atravessado a estrada.Porque é mesmo assim,quem não conhecer nem se apercebe que saiu de uma localidade para outra.
Delírios é achar o caso de Sanfins parecido ou,como eu já li uma vez,que para não perder a PSP dizer que a cidade se poderia estender até Arrifana.
Dizer que com meia duzia de empreendimentos até se ligava uma cidade à outra.Ou achar que o centro do mundo está no Europarque e nos seus projectos que não passam disso mesmo.Delírios é achar que depender,para não dizer outra coisa,de um hipermercado para ter um equipamento é uma proposta irrecusável.O Feira Nova não estará disponivel para arranjar um espaço para o Centro de Emprego?
Há por aí muitas cabeças com delírios.

Bruno Costa disse...

Eu acho que Arrifana se começa a transformar numa espécie e objectivo inalcansável para SJM... há anos que falam em Arrifana disto... Arrifana daquilo e a verdade é que Arrifana já disse não... não queremos mudar para SJM. A verdade é que Arrifana faz questão de mostrar onde começa e onde acaba para evitar confusões... não percebo pq insistem em Arrifana. Mas pronto, cada um lá inventa em que pensar.
Qto à fronteira de que falas isso não acontece só aí... e para arrumar a questão com algo um pco mais distante, o que me dizes da transição Póvoa - Vila do Conde... onde acaba um e começa o outro? E nem por isso se fala em reorganização administrativa, até pq a acontecer tal coisa já estou na onda do Henriques, SJM pode sempre ser absorvido por um dos concelhos vizinhos e acaba-se o problema. :)

Qto aos delírios que falas em relação ao Europarque... que não é centro de nada, mas vai dar que falar... espera mais duas semanas para conhecer o que realmente vai para o terreno nos próximos meses.
Já muito escrevi sobre o assunto mas ao que parece não queres perceber.

Qto à "irrecusável" e volto a usar a expressao irrecusável proposta da Feira para a Loja do Cidadão... é que é mesmso irrecusável. Qto ao estar dependente de um hipermecado, não estamos a falar de SJM que tem espaço que se farta para nada... falamos de uma cidade que cresceu e como todas as cidades (sim, pq SJM n corresponde de todo a um modelo de cidade... tem espaço para td e uma cidade à portuguesa nunca tem espaço para nada.. :)) gradualmente e a pensar no dia de hoje, às vezes de ontem... a dependência do espaço comercial, n só n é problema como até traz vantagens. O irrecusável, é porque temos um espaço que cumpre todos os requisitos:
- cedência integral do espaço solicitado pela AMA (duplicado em segunda requisição de espaço)
- minimo custo possível (totalmente gratuito)
- excepcional localização no contexto global do concelho (na saída norte da cidade, praticamente no centro geografico do concelho)
- parque de estacionamento gratuito
Como vês, neste contexto é mesmo irrecusável a proposta!

Qto ao "delírio" de expandir a cidade até Arrifana... vais ter de chamar delirantes a muitos velhinhos e outros já falecidos, porque a ideia já n é nova e só se voltou a falar nela devido a um delírio governamental de encerrar esquadras em função do nº de habitantes nas áreas afectas (que na primeira proposta SJM também seria encerrada) em vez de se preocupar com o contexto urbano e volume de serviço... mas os delírios de Lisboa já são habituais.

Como vês não vejo delírios por estes lados... mas em certas cabeças há coisas que parecem n encaixar, ou pura e simplesmente n interessa que encaixem... às vezes é o caso.

Anónimo disse...

Está dito.... e muito bem dito....

Anónimo disse...

Estupidez absoluta a da REFER e da CP em apostar em dois km de linha em detrimento de Santa Maria da Feira e Oliveira de Azeméis que é onde estão as pessoas às dezenas de milhar.

Bruno Costa disse...

Eu acho que a questão não é o facto de serem só 2 km de linha, nem de ser aqueles em detrimento de outros... acho é que não se devida investir desta forma na linha (em qualquer parte dela) antes de se definir claramente o seu futuro... vamos mesmo ter metro (com composições adequadas à distância) ou vamos ter um comboio rapido para o Porto? ou n vamos ter nada?
Era urgente que se estudasse de uma vez por todas tudo o que há para saber sobre a linha e questões de mobilidade actuais e num futuro relativamente longo, para que se possa realizar investimento, mesmo que faseado, mas com a convicção que não será dinheiro deitado ao lixo... e que não restem dúvidas da viabilidade financeira... que d quanto a este projecto (comboios frequentes entre SJM e Arrifana) n vejo futuro...