segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu digo NÃO!

Câmara admite suspender a edição 2011 do Imaginarius!?
Impensável!
Já o escrevi antes, e volto a escrever, suspender o Imaginarius será MATAR a médio prazo um dos MAIORES FESTIVAIS DE RUA DA EUROPA. Vamos seguir o mau exemplo de Valença?
Não vou escrever mais sobre um assunto que nem precisa de comentários. Digo apenas que antes do Imaginarius há muito mais que se possa cortar. Sendo defensor do investimento em cultura, compreendo a situação económica, mas a Feira atingiu um patamar que impossibilita o cancelamento, não de 2, mas sim de 4 eventos: para além da Viagem Medieval e Festa das Fogaceiras, considero que Imaginarius e Festival para Gente Sentada são marcos tão ou mais fortes. Não em termos de público, nem mediatismo, mas são os melhores nas respectivas áreas. São a imagem da Feira lá fora. São o que de melhor se faz por cá.
Suspender o Imaginarius!? NÃO, obrigado!
NOTA: em declarações ao Público, a Vereadora da Cultura afirma ser pacífica a questão da demolição do António Lamoso, concordo... mas quanto ao Imaginarius, tenho as minhas dúvidas. Por hoje, fico por aqui!

16 comentários:

Carlos Sousa SJM disse...

Suspender o Imaginarius implica a suspensao dos outros eventos?...

Ja de ha uns anos para ca que se ouvia que o evento dava prejuizos mas tendo me conta a dimensão €€€ de SMF pensei que fosse encarado como um evento de referencia de SMF e seria intocavel...

Pode ser que seja uma forma de reformular o evento... primeiro mandam o projecto a charco depois lavantam o que se pode....

Seja la qual for evento que termine é sempre mau para SMF e para a região

Bruno Costa disse...

Sim Carlos... a crise é gravíssima e os orçamentos de 2011 serão dramáticos. Os cortes n chegaram só à Volta em SJM. Já este ano na Feira foi suspensa a World Zone e o orçamento do Imaginarius drasticamente reduzido.

Todos os eventos, para além das Fogaceiras e da Viagem Medieval estão em risco no próximo ano. Não falamos em acabar mas em não realizar em 2010... à semelhança do que já aconteceu este ano a centenas de grandes eventos neste país.

Facto que compreendo... mas não para certos projectos... a Câmara elegeu 2... eu considero que são 4... no meu entender o Imaginarius não pode parar!!!! As dinâmicas e sinergias europeias que já criou são incompatíveis com a suspensão... e, ao contrário do que dizem, vai exactamente contra a ideia da criação do CCTAR. Neste ponto farei tudo o que estiver ao meu alcance para mudar esta ideia... impedir este crime.

Em ano de crise... concordo que não se faça o Rock.VFR, o Festival da Juventude, o Viajar no Tempo... até a Terra dos Sonhos... acho inaceitável atacar o projecto de maior "qualidade cultural" do panorama feirense. E o cúmulo será quando se ouvir que a Semana Santa não terá um cêntimo de corte!

Por hoje, não escrevo mais... preciso digerir isto... mas ainda hoje haverá novidades quanto à LUTA CONTRA A SUSPENSÃO DO IMAGINARIUS 2011!

Anónimo disse...

eu sou a favor da suspensão do imaginários.
1º não gosto
2º muitos €€€
3º temos ruas cheias de buracos, que tal pavimentar?!?

Bruno Costa disse...

1º - Há muito quem goste, ninguém é obrigado a gostar. E eu posso dizer que "gosto" de estradas esburacadas.

2º - O maior prejuízo é deixar de fazer o Imaginarius... seria deitar fora os milhões de euros dos últimos 10 anos.

3º - Um projecto de continuidade não pode ter pausas. E se temos crise há outras coisas para cortar.

by Bruno Costa (não anónimo)

Pedro da Gula disse...

Caro Bruno Costa, não percebi a sua opinião sobre a demolição de Cine Teatro!!!???

Bruno Costa disse...

Ah, e o tal de "imaginários" de que se fala num tal coment por aí pode-se cancelat à vontade... já o IMAGINARIUS é outra coisa.

Imaginarius SEMPRE!

Bruno Costa disse...

Caro Pedro, sou a favor da demolição do Cine Teatro.
Precisa de obras urgentes e tinhamos uma obra (CCTAR) que iria ficar mais cara do que o previsto, em termos de manutenção... acho bem que se resolva a questão com uma só sala.

Do António Lamoso, já não se pode esperar muito, mesmo com grandes obras ficará sempre desfasado da realidade. Apoio a demolição. :)

Bruno Costa disse...

Só um pormenor. Apoio a demolição, salvaguardada por um projecto que espero conhecer em breve e que tenha as devidas condições. Se não for para melhorar prefiro a história e a mística desta sala.

Anónimo disse...

Olá!
Não era minha intenção vir comentar mas decidi. A Câmara vai matar um filho?!
Sabemos que quando não há dinheiro... mas não podemos cair nestas tentações.
Julgo que o problema é a falta de poder politico da Vereadora da Educação, Cultura, Desporto e Juventude.
É que o Celestino Portela dizendo que «não há dinheiro» a falta de poder politico da Vereadora leva a esta situação!.
A prata da casa tem de ser incentivada e o Imaginarius serve para isto mesmo e o evento pode e deve continuar com orçamento mais contido. E o Festival da Juventude também é para acabar segundo dizem.
Por mim a V.M. poderia ser cortada em alguns dias. Mas sabemos que tem um alcance económico diferente do Imaginarius. E não se esqueçam que na Educação também estão a acontecer cortes e não deveria acontecer.
E que tal as cortes começarem dentro da Câmara? Sim, tal e qual como fazemos na nossa vida pessoal ou empresarial? No desperdicio de papel, de economato, etc., etc.

Bruno Costa disse...

Isso mesmo... MATAR UM FILHO.
Carlos Martins e Amadeu Albergaria, como Pais biológico e adoptivo deste projecto deveriam intervir. É uma atitude, que embora já comentada há muito, nunca sequer poderia imaginar que se pudesse vir a concretizar... e agora estamos neste ponto. Absurdo.

Outro sim, fala-se também na suspensão do Festival da Juventude... e não só. Terra dos Sonhos também poderá estar na mira. Nestes casos, vou ser directo... se há mesmo falta de verbas até teremos de tolerar. O Festival da Juventude é um evento que parando e voltando vai dar ao mesmo... não é referência, concorrência não falta e joga-se com a força do programa em função das verbas. A Terra dos Sonhos tem muita força, mas ainda não conquistou o seu território nos obrigatórios.

No que à VM diz respeito acho que se deve evitar ao máximo cortar. Atingiu um patamar tão elevado que qualquer regressão poderá ser fortemente prejudicial. Mas na minha opinião é possível aumentar receitas... SPONSORIZAÇÃO TERÁ DE SER O CAMINHO. E continuo a não perceber porque não há publicidade no recinto. No ano passado a Liça teve bandeiras da Super Bock ao bom estilo medieval e não vi nenhum problema nisso.

Quanto à poupança concordo. Começar pelas pequenas coisas, como há pouco tempo foi badalado, inclusivé em reportagem televisiva. ATACAR O MAIOR PROJECTO CULTURAL FEIRENSE É QUE NÃO PODEMOS ADMITIR.

jervásio disse...

DOS 4 EVENTOS QUE FALAS-TE, FICA CLARO QUE O IMAGINÁRIOS É O MAIS FÁCIL DE TERMINAR. o SEU CUSTO É EXAGERADO PARA A MAIS VALIA QUE TRAZ.

É NÃO ESQUECER UMA DUZIA DE PESSOAS QUE SÃO MANTIDOS À CUSTA DO IMAGINÁRIOS...tODAS AS PESSOAS SABEM ISSO MAS CORAGEM PARA DIVULGAR É NULA.

EU SOU DA OPINIÃODA TENRREIRO, NÃO PODE SER SEMPRE OS APOIOS DAS FREGUESIAS, E QUEM MAIS GASTA NÃO DAR O EXEMPLO!!!

É FACIL CRITICAR O GOVERNO, MAS NO FUNDO SOMOS TODOS IGUAIS, SÓ NA DIMENSÃO É QUE MUDA.

HAJA CORAGEM, E QUEM CRITICA VERGONHA E SENTIDO DE RESPONSABILIDADE

Anónimo disse...

Se vão suspender o imaginários para que vai servir o CCTAR?

Tarte de Laranja disse...

Sabemos que o quadro da situação macroeconómica em Portugal é de tal modo grave que vai obrigar a uma mudança no quadro de vidas das pessoas, das empresas e do Estado.

Sabemos que o "amanhã" terá que ser bem diferente do "ontem" sob pena de eventual colapso grave.

Sabemos que o Estado cada vez mais encontra dificuldades em financiar o seu passivo estrutural corrente, pois cada vez sobram menos activos que possam colaterizar as necessidades de capital.

Sabemos que a margem orçamental, sem reformas profundas no sistema actual no que respeita à Despesas Pública, é diminuta.

Sabemos que há 5/6 meses que a banca não consegue emitir dívida, limitando-se a financiar-se junto do BCE. Se esta fonte for reduzida ou fechada, a banca portuguesa poderá passar por grandes dificuldades.

Ora bem, tuto isto foi abordado no primeiro pequeno almoço sob o tema"Novos Caminhos Económicos para Portugal". Neste pequeno almoço fórum estiveram 25 ilustres da nata da economia portuguesa.

Face a tudo isto, é compreensível grandes cortes. Mas mata-se um filho?

Filho (Imaginarius) que deu à luz nas mãos do Vereador Carlos Martins e que depois foi crescendo pela mão do Vereador Amadeu Albergaria. O Vereador das Finanças Celestino Portela tenha bom senso e puxe pela imaginação (Imaginarius) para encaixar receita para a realização. Quanto à Vereadora da Cultura Cristina Tenreiro certamente não estará à vontade com a pasta da cultura e necessita de começar a ser mais pragmática com os seus colegas do executivo!

Bruno Costa disse...

Concordo "Tarte de Laranja"... é preciso bater o pé. O IMAGINARIUS não pode parar.
É facil apontar o dedo ao evento... concordo que a questão das receitas não esteja devidamente explorada (ponto a melhorar e já muito escrevi sobre isto), mas é verdade que a rentabilidade para economia local é gigante. Não será do tamano da Viagem... mas com o CCTAR em curso, numa óptica anual até poderá lá chegar... e como PARAR É MORRER, não é de todo compreensível que se suspensa uma ou mais edições.
Está neste momento em elaboração um manifesto com sugestões para uma edição ainda mais low-cost e formas de gerar receita. Aceitam-se sugestões:
bc23.bc23@hotmail.com
ou comentários aqui e no Facebook.

Brevemnte cá deixarei essas notas e emcaminharei a quem de direito.

Quanto à questão da RESPONSABILIDADE... deve dizer que será uma tamanha IRRESPONSABILIDADE para não dizer INCOMPETÊNCIA suspender o Imaginarius. Sugiro algumas conversas com agentes económicos locais para o compreender melhor.

Jose Manuel disse...

Aproveitando os comentários, todos pertinentes - alguns de pessoas que certamente conheço -, complemento-os realçando o novo alcance que o Imaginarius começou a ter quando os alunos das escolas começaram a ser parte parte integrante deste Festival de Rua.

Tenho muita dificuldade - e subscrevo as questões económicas que "Tarte de Laranja" enunciou - em aceitar que o Imaginarius seja questionado porque é neste tipo de evento que as "sementes" da cultura são lançadas à população infanto-juvenil.

Mais, o Imaginarius tem um alcance além fronteiras feirenses. Apesar de entender que algumas das actividades deveriam ser deslocadas para fora da cidade sede - mantendo logicamente o núcleo duro do Festival de Rua na cidade - o Imaginarius é uma referencia a nível nacional.

Dos meus (muitos) contactos de cariz profissional, não me deixam de pedir informações/programa - tal como acontece com a V.M. - para fazer uma visita a Santa Maria da Feira.

Portanto, não tendo um impacte económico como a V.M. (e peço desculpa se digo uma barbaridade mas algum do impacte económico da V.M. só acontece por culpa das tabernas) o Imaginarius é uma referência nacional e bem delineado poderá ser autosustentável.

Tal como acontece nas nossas colectividades, através deste Festival continuemos a "semear" cultura no concelho de Santa Maria da Feira

Bruno Costa disse...

Obrigado pelo comentário José,
concordo... muito em especial pela parte das sementes.
Há dois anos apelidaram-me membro da Geração Imaginarius... um termo que muitos feirenses não conhecem, mas que tem vindo a ser usado nos últimos anos no seio cultural e político para descrever a geração que cresceu com o IMG e a VM. Porque será que apelidam de Geração IMG e não Geração VM?
Para mim a resposta é simples... o Imaginarius é, de longe, o MAIOR EVENTO CULTURAL DA FEIRA. Não valo de impacto de visitas ou económico, mas de valor cultural. É neste que se criam bichos... foi com este que se começaram a trazer pessoas paras as artes.

Voltando às escolas... acredito que ainda se possa fazer mais: no manifesto erá estar incluída porposta de criar o que apelido de "Imaginarius das Escolas"... uma tarde em que os espectáculos fossem das crianças para as crianças. Simples, barato e eficaz. :)

No que à dispersão de espectáculos diz respeito, concordo parcialmente. Para ter peso, o festival precisa de um recinto com dezenas de espectáculos de impacto numa noite... no concelho tal só é possível no centro da Feira.
A descentralização de alguns projectos é a solução internacionalmente aceite... mas só deve acontecer quando o programa não está com aperto de cinto. Este ano verificamos situações em que as pessoas chegavam à conlusão que não podiam ver nada na proxima meia hora:
- Custóias,
- Baralha,
- Escola Secundária
- lotação limitada na Av Belchior Cardoso
- lotação limitada no Convento.
Estas situações não são nada favoráveis para a imagem, daí que pense que a deslocalização, além de mais cara, deva ser equacionada edição a edição, em função do enquadramento do programa.