O Zoo de Lourosa aproveita este início de primavera para apresentar algumas novidades da sua colecção. Com o intuito constante de oferecer uma biodiversidade singular ao visitante, o único Parque Ornitológico do país aposta na recuperação e na reprodução de espécies raras em cativeiro.
Assim, passa a ser possível ver em Portugal, num equipamento zoológico, uma ave tão emblemática como a Cegonha Preta, uma das mais novas espécies a integrarem a colecção das cerca de 500 aves do Zoo de Lourosa.
Os dois exemplares que chegaram ao Zoo de Lourosa são um casal que nasceu em cativeiro no Zoo de Jerez de la Frontera, sendo posteriormente enviado para o Zoo de Barcelona e que, no final de Fevereiro de 2012, foi transferido para o Zoo de Lourosa. A transferência destas Cegonhas Pretas para o Zoo de Lourosa foi feita ao abrigo do programa de reprodução em cativeiro (ESB) da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA), sendo o Zoo de Lourosa actualmente o único Zoo nacional a albergar esta espécie e a participar no ESB.
Para já, e após o habitual período de quarentena, é possível observar estas aves perfeitamente integradas na sua nova instalação, onde coabitam com 2 grous e um casal de pintadas comuns.
Sobre esta espécie podemos dizer que, contrariamente à Cegonha Branca, a Cegonha Preta é difícil de observar no nosso país, estando classificada como “Vulnerável” no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Esta é uma espécie bastante sensível à perturbação humana, sendo precisamente a actividade humana e a consequente perda de habitat a principal ameaça à sua sobrevivência. Conhecida pelos seus hábitos esquivos, em Portugal esta espécie procura locais tranquilos, distribuindo-se sobretudo pelo interior do território continental, em zonas inóspitas das bacias dos rios Douro, Tejo e Guadiana.
Como novidades para esta primavera o Zoo de Lourosa tem mais duas espécies a dar destaque, uma fêmea de Ave martelo, para a qual esperamos encontrar brevemente um macho, e um macho de Trompeteiro de asa cinzenta para se juntar à fêmea que já se encontrava no parque sem companhia.
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