França, Suíça, Luxemburgo, Timor, Austrália, Canadá e Estados Unidos são
países para onde o fabricante de fogaças Rogério Portela envia, esta
semana, 400 a 500 pães doces benzidos que os emigrantes de Santa Maria
da Feira vão saborear domingo.
É
esse o dia da Festa das Fogaceiras, altura em que o concelho celebra o
seu feriado e cumpre a tradição de levar cerca de 200 meninas vestidas
de branco a oferecerem uma fogaça a S. Sebastião, em agradecimento ao
santo por os proteger, há já 508 anos, da peste negra.
Rogério
Portela, proprietário do Café Castelo, estabelecimento fundado em 1943,
admitiu que há uma década os emigrantes lhe pediam mais fogaças, mas,
ainda assim, as solicitações continuam significativas: "Esta semana
ainda vão ser 400 a 500 as que enviaremos para o estrangeiro, sobretudo
para países como a França, a Suíça e o Luxemburgo, mas também para a
Austrália, o Canadá e os Estados Unidos, com uma ou outra a seguirem
para Macau e Timor".
A cliente que tem mais cuidado em pedir uma
fogaça benzida para enviar às freiras de Coimbra é, segundo o
empresário, "a filha do último conde da Feira", mas o facto é que, por
estes dias, quase todos os compradores recebem o seu pão doce já
abençoado, mesmo sem o saberem.
"Um padre [do seminário]
passionista vem cá umas três ou quatro vezes esta semana e acaba por
abençoar todas as fogaças que estejam prontas e mesmo as que ainda vão
entrar no forno", explica o dono do Café Castelo.
Quanto às que
seguem para a comunidade emigrante, cada uma tem cerca de um quilo e
custa 10 euros, ao que acresce um euro pela embalagem de cartão ou 2,5
pela caixa metálica.
@ DN
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