Depois de anos de Lixeira e receptividade para receber o novo aterro... agora parece haver também intenção em instalar em Canedo a tão falada Central de valorização Orgânica, que Vila Nova de Gaia rejeita ver nascer no local do actual aterro de Sermonde.
«A Câmara de Gaia opõe-se à criação de uma Central de Valorização Orgânica (CVO) no aterro de Sermonde. Ontem, em Assembleia Municipal, o vereador Mário Fontemanha assumiu a posição da Câmara, em oposição ao Ministério do Ambiente, que exorta a Suldouro a avançar com celeridade, para que a central esteja pronta até final de 2008, sob pena de perder 5,9 milhões de euros de fundos comunitários, consagrados à candidatura apresentada ao abrigo do IV Quadro Comunitário de Apoio.
"Que tivessem feito as coisas a tempo", disse Mário Fontemanha. "Não vale a pena à Suldouro esgotar os prazos, a ver se depois pressiona", acrescentou o vereador, indiferente à posição do Ministério. "Entende-se que o cenário a adoptar pela Suldouro é o da construção da unidade em Sermonde, conforme decisão tomada em Julho de 2004 e nos termos do processo de concurso actualmente em curso", diz uma nota governamental, de 8 de Maio.
"A Câmara de Gaia entende que a central deve ficar no novo aterro", argumentou Mário Fontemanha, em resposta às questões levantadas por Carla Silva, do PS. O vereador disse que o Executivo "não abdica, ao abrigo do princípio da alternância, que o novo aterro seja construído no concelho vizinho". Santa Maria da da Feira já manifestou disponibilidade para acolher a estrutura, com a freguesia de Canedo a colocar-se na linha da frente.
A alternância está definida no acordo de criação da Suldouro, concessionária do tratamento dos lixos até 2021, e prevê o fim do aterro de Sermonde assim que este atingir a cota máxima. Segundo José Magalhães, presidente da Junta, a vida útil do aterro vai ser prolongada com "mais dois a três alvéolos, porque a construção do novo vai demorar três ou quatro anos". Uma posição entendida por Mário Fontemanha com a necessidade de continuar a tratar os lixos até ao novo aterro estar concluído.
"A Suldouro escolheu deixar esgotar os prazos para agora forçar em Sermonde", argumentou Ramos Pais. Presidente da Junta de Perosinho, representou a Câmara no Conselho de Administração da concessionária, na reunião em que foi debatida a central e onde manifestou "oposição à construção de equipamentos que perdurem para lá do tempo de vida útil do aterro".
Contactada pelo JN, a Empresa de Gestão e Fomento, que detém 60% do capital da Suldouro, disse que "não comenta comentários". A questão do aterro motivou um pedido, que o PS pretende deduzir a escrito, para a realização de uma Assembleia Municipal extraordinária. João Paulo Correia quer, ainda, discutir a anulação do concurso internacional para o cemitério municipal. Mário Fontemanha assegurou que o debate está marcado para uma assembleia ordinária, em Novembro.
Os deputados dividiram-se sobre os méritos da gestão camarária, reclamados na apresentação escrita que o presidente fez chegar à Assembleia. "Um documento que vale mais pelo que não diz que pelo que diz", segundo o BE. O PS questionou o endividamento camarário e lamentou a ausência de números sobre a execução orçamental. O CDS explicou que está "na casa dos 50 a 60%, o que é muito bom para a média das câmaras no país."»
in JN«A Câmara de Gaia opõe-se à criação de uma Central de Valorização Orgânica (CVO) no aterro de Sermonde. Ontem, em Assembleia Municipal, o vereador Mário Fontemanha assumiu a posição da Câmara, em oposição ao Ministério do Ambiente, que exorta a Suldouro a avançar com celeridade, para que a central esteja pronta até final de 2008, sob pena de perder 5,9 milhões de euros de fundos comunitários, consagrados à candidatura apresentada ao abrigo do IV Quadro Comunitário de Apoio.
"Que tivessem feito as coisas a tempo", disse Mário Fontemanha. "Não vale a pena à Suldouro esgotar os prazos, a ver se depois pressiona", acrescentou o vereador, indiferente à posição do Ministério. "Entende-se que o cenário a adoptar pela Suldouro é o da construção da unidade em Sermonde, conforme decisão tomada em Julho de 2004 e nos termos do processo de concurso actualmente em curso", diz uma nota governamental, de 8 de Maio.
"A Câmara de Gaia entende que a central deve ficar no novo aterro", argumentou Mário Fontemanha, em resposta às questões levantadas por Carla Silva, do PS. O vereador disse que o Executivo "não abdica, ao abrigo do princípio da alternância, que o novo aterro seja construído no concelho vizinho". Santa Maria da da Feira já manifestou disponibilidade para acolher a estrutura, com a freguesia de Canedo a colocar-se na linha da frente.
A alternância está definida no acordo de criação da Suldouro, concessionária do tratamento dos lixos até 2021, e prevê o fim do aterro de Sermonde assim que este atingir a cota máxima. Segundo José Magalhães, presidente da Junta, a vida útil do aterro vai ser prolongada com "mais dois a três alvéolos, porque a construção do novo vai demorar três ou quatro anos". Uma posição entendida por Mário Fontemanha com a necessidade de continuar a tratar os lixos até ao novo aterro estar concluído.
"A Suldouro escolheu deixar esgotar os prazos para agora forçar em Sermonde", argumentou Ramos Pais. Presidente da Junta de Perosinho, representou a Câmara no Conselho de Administração da concessionária, na reunião em que foi debatida a central e onde manifestou "oposição à construção de equipamentos que perdurem para lá do tempo de vida útil do aterro".
Contactada pelo JN, a Empresa de Gestão e Fomento, que detém 60% do capital da Suldouro, disse que "não comenta comentários". A questão do aterro motivou um pedido, que o PS pretende deduzir a escrito, para a realização de uma Assembleia Municipal extraordinária. João Paulo Correia quer, ainda, discutir a anulação do concurso internacional para o cemitério municipal. Mário Fontemanha assegurou que o debate está marcado para uma assembleia ordinária, em Novembro.
Os deputados dividiram-se sobre os méritos da gestão camarária, reclamados na apresentação escrita que o presidente fez chegar à Assembleia. "Um documento que vale mais pelo que não diz que pelo que diz", segundo o BE. O PS questionou o endividamento camarário e lamentou a ausência de números sobre a execução orçamental. O CDS explicou que está "na casa dos 50 a 60%, o que é muito bom para a média das câmaras no país."»
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