Ora aí está uma coisa a discutir.
Se por um lado temos a vantagem de equilibrar as finanças com mais do dobro dos lugares disponíveis, por outro nascem novos sinais de abandono do António Lamoso. Acredito que se concretize mesmo... mas não deixem morrer o Cine Teatro. Venha depressa o Centro de Artes de Rua e avance-se logo de seguida com a requalificação do António Lamoso.
Se por um lado temos a vantagem de equilibrar as finanças com mais do dobro dos lugares disponíveis, por outro nascem novos sinais de abandono do António Lamoso. Acredito que se concretize mesmo... mas não deixem morrer o Cine Teatro. Venha depressa o Centro de Artes de Rua e avance-se logo de seguida com a requalificação do António Lamoso.
O Festival para Gente Sentada, cuja sexta edição decorre sexta-feira e sábado em Santa Maria da Feira, poderá mudar para uma sala maior nos próximos anos, disse hoje à agência Lusa fonte da organização.
"Começamos a admitir este ano, pela primeira vez, alargar o espaço. Admitimos ir para um auditório maior, no Europarque", disse à Lusa Paulo Sérgio Pais, administrador da empresa municipal Feira Viva.
Paulo Sérgio Pais salientou que "o público que passou a ser fiel" do Festival para Gente Sentada já não cabe nos 625 lugares do Cine-Teatro António Lamoso, pelo que a organização pondera mudar para o Auditório do Europarque, que tem 1.500 lugares.
O administrador referiu que não teme uma descaracterização do festival com a eventual mudança, argumentando que o Auditório do Europarque também tem "excepcionais condições acústicas" e permite "manter o conceito intimista, que é a pedra de toque do 'Gente Sentada'".
Os cantautores vão continuar a ser os músicos privilegiados no cartaz do festival, que manterá a aposta em música para "ouvir e sentir, sentado", estando posta de parte a hipótese de mudança para um espaço de "dois ou três mil lugares".
"Esta edição foi a que teve uma venda de bilhetes mais rápida", referiu, notando que hoje de manhã já só havia 40 lugares livres para o primeiro dia, estando esgotados os bilhetes para sábado e para os dois dias.
João Carvalho, da Ritmos, produtora do festival, disse à Lusa que o "Gente Sentada" atrai público "de todo o país" e também "alguns espanhóis e ingleses".
"É um público muito específico, que vem de todo o país. É uma aposta ganha. É um festival que dá uma grande visibilidade a Santa Maria da Feira", referiu, sublinhando que o "Gente Sentada" vai continuar a ter um cartaz exclusivo e sem extensões para outras localidades.
Paulo Sérgio Pais referiu que o "Gente Sentada" e o Simpósio Sete Sóis Sete Luas são os "apontamentos de diferenciação" da programação cultural da Câmara de Santa Maria da Feira, que aposta em "quatro eventos-âncora de massa" - Semana Santa, Imaginarius - Festival de Teatro de Rua, Viagem Medieval e Terra de Sonhos.
"A nossa lógica global de eventos é o caminho para a auto-sustentabilidade. Neste momento, o 'Gente Sentada' ainda não é auto-sustentável", referiu, explicando que a autarquia não quer aumentar os preços dos bilhetes, pelo que está a equacionar a mudança para uma sala maior, de forma a conseguir equilibrar as despesas e receitas.
O administrador da Feira Viva referiu que a comparticipação municipal no orçamento dos eventos culturais não ultrapassa os 40 por cento, sendo já de apenas 25 por cento no evento com maior expressão, a Viagem Medieval, que atrai cerca de 500 mil pessoas por ano.
@ Jornal de Notícias
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