Ao longo dos últimos anos assistimos a um crescimento gradual... em 2008 assumiu-se definitivamente como grande aposta cultural... em 2009 salta verdadeiramente para a lista de grandes eventos.
Tudo começou com uma tradição secular: a Procissão do Triunfo das Endoenças (Ecce Homo). Há quase 20 anos nascia a Via Sacra ao Vivo, pioneira em Portugal. O projecto criou raizes. Anos mais tarde via a luz do dia uma recriação da "Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém"... mais um sucesso. Com este conjunto, nascia há 12 anos a Semana Santa de Santa Maria da Feira, como evento estruturado. Ao longo do tempo vários projectos foram sendo desenvolvidos e em 2008 criavam-se novas tradições. As cruzes e pendões roxos são já obrigatórios na Páscoa em Santa Maria da Feira. No ano da consumação nascia a "Prossição dos Lírios ou do Encontro" e este ano nova recriação marca o programa. O Convento dos Lóios assistirá pela primeira vez à recriação da "Última Ceia".
A partir deste ano, e mais uma vez pela mão da Feira Viva, mais um evento de Santa Maria da Feira salta para outra dimensão. O crescimento do projecto é mais que evidente e as raíes já criadas são as marcas da sustentabilidade.
A primeira mostra das inovações está na estratégia de comunicação. A Semana Santa de Santa Maria da Feira já dispõe de página na internet, onde para além da história do evento, se disponibiliza o programa e um vídeo resumo da última edição. Nada melhor do que dar um saltinho ao site (carregando AQUI) para se perceber do que estou a escrever.
De 03 a 12 de Abril, Santa Maria da Feira volta a recuar 2000 anos no tempo. E para que o conceito das cruzes nas janelas e varandas seja cumprido na íntegra, nada melhor do que um esquema para exemplificar.
A partir deste ano, e mais uma vez pela mão da Feira Viva, mais um evento de Santa Maria da Feira salta para outra dimensão. O crescimento do projecto é mais que evidente e as raíes já criadas são as marcas da sustentabilidade.
A primeira mostra das inovações está na estratégia de comunicação. A Semana Santa de Santa Maria da Feira já dispõe de página na internet, onde para além da história do evento, se disponibiliza o programa e um vídeo resumo da última edição. Nada melhor do que dar um saltinho ao site (carregando AQUI) para se perceber do que estou a escrever.
De 03 a 12 de Abril, Santa Maria da Feira volta a recuar 2000 anos no tempo. E para que o conceito das cruzes nas janelas e varandas seja cumprido na íntegra, nada melhor do que um esquema para exemplificar.
16 comentários:
Quem paga as flores e as cruzes? os passionistas?
Quercus: Já são do ano passado e por isso não entram neste orçamento.
A mim incomoda-me a morbidez estética, que não há-de ajudar nada à recuperação das depressões (1 em cada 3 pessoas, diz-se, em termos nacionais) e que a mim, que não estou deprimida, deprime-me.
De qualquer das formas, acho interessante que no nosso estado laico uma empresa municipal se envolva neste tipo de coisas. Será que afinal, somos espanhóis e ninguém nos disse? Mas se assim é, sejamos rigorosos, hermanos, e arranjemos uns fatinhos à Ku Klux Klan, como eles lá fazem...
Do ano passado?? as flores??
:-) isso sim é que no mínimo é estranho, lá as cruzes vá que não vá, os pendões já se viu serem novos, agora as flores ..nem pensar alguém as vai pagar.
Eu acho estranho o nosso estado laico se meter na religião...quanto ao resto é tudo normal neste país.
Quanto ao facto de estarmos num Estado laico, nada impede que se façam comemorações de cariz religioso... e que neste caso também são de cariz histórico. Se fossemos assim tão rigorosos outros festejos também teriam de ser banidos... o que seria da Festa das Fogaceiras, ou mesmo ao S. João do Porto e mesmo o Santo António de Lisboa? Tudo isto é sinal de um país, que apesar de ser administrativamente laico, tem um domínio absoluto do catolicismo.
Quanto ao investimento, se podemos melhorar o panorama cultural e atrair cada vez mais turismo, se as mais valias são bem visíveis, porque continuamos a bater no mesmo? E quanto aos gastos... também há apoios privados: por exemplo, as flores que irão decorar as cruzes de maior dimensão, à semelhança do ano passado, serão da responsabilidade de algumas floristas do concelho que aproveitam o momento para mostrar o seu trabalho. Será que ninguém reparou em 2008 nos cartazes que ladeiam cada uma das cruzes durante a Semana Santa? :)
Bc: mas tu achas mesmo que alguém se desloca à Feira para ver a "nossa" semana santa?!! Que isso contribui de alguma forma para o pib concelhio?
No ano passado ouvi os murmúrios com a janela fechada, perto dos passionistas, e sabes o que me lembrou? a chamada dos muezzin para uma das 5 orações do dia na mesquita.
Basta apenas recordar que a religião muçulmana teve início "formal" no século VI d.c.
Retomando as tuas palavras, regredimos não 2000, mas pelo menos, uns bons 1400 anos - obrigada a esta terra pela involução.
Reforço: num estado laico, chateia-me que seja uma EMPRESA MUNICIPAL a lidar com o assunto. Porque uma empresa municipal devia ter coisas mais importantes para fazer.
Quanto às floristas, acho muito bem que aproveitem o momento. Pão e circo, pão e circo...
Não vou escrever mais sobre o assunto... só mesmo que há sempre quem esteja mal. Se não houvesse o tal "pão e circo" era tudo acusado de inoperância e de deixar morrer a Feira... como há investimento, e por sinal sempre apostas ganhas, parece que há muitas dores de cotovelo e tenta-se a perspectiva contrária... se nada mais há a fazer venha-se agora com o Estado laico para denegrir mais um GRANDE EVENTO da Feira.
Quanto ao impacto, basta olhar para os largos milhares de pessoas que de deslocam à Feira, em especial na Sexta-feira Santa e para o impacto que o projecto já cria em cidades com projectos "concorrentes". O Grupo Gólgota já se deslocou várias vezes a Braga para representar naquela cidade a "Via Sacra ao Vivo (Santa Maria da Feira)".
É tudo uma questao de retorno versus investimento. Se for positivo mantem-se e fumenta-se senão tenta-se perceber o que nao funcionou. Agora o evento surge com base num evento religioso, profano, desportivo,... pouco interessa.
E acrescento ao que escreveu o Carlos... e não se pense apenas no retorno directo (ex, receita de bilheteira), olhe-se acima de tudo para o retorno na economia do concelho e cada vez mais da região. Um maior número de pessoas na cidade só tem vantagens... ora, há mais gente na restauração, há maior ocupação nas unidades hoteleiras e mais do que isso cresce o impacto mediático e o interesse pelo local, mesmo em época de ausência dos projectos d emaior dimensão.
Bem, todos nós sabemos que a Igreja é um lobbie poderoso, como tal é capaz de conseguir junto do poder autárquico tudo o que necessita,e este investimento na semana santa não é mais que a confirmação disso mesmo.
Pena é nem a Igreja nem a Autarquia fazerem investimentos em benefício real das pessoas que precisam, limitando-se a paliativos apenas...
Hajam muitas semanas santas para dar circo ao povo ..que é disso que ele gosta!
Só para relembrar que o "paliativo" não é acessório e torna-se por vezes mais importante do que o dito essencial.
Pelo menos não estou isolado na ideia de que a autarquia faz pouco pelo povo feirense mais carenciado..... um paliativo nada faz ao essencial..por isso é um paliativo
:-)
"a autarquia faz pouco pelo povo feirense mais carenciado"... é verdade... mas isso é verdade em todo o país. A nível local é preciso sinalizar, e quanto a isso parece-me que o trabalho está bem feito... o resto compete a outras instâncias do Estado e não às autarquias. :)
Quanto ao paliativo se tornar mais importante que o essencial, estou a dize-lo com convicção... muitas das vezes é assim mesmo que tem de ser.
Os organizadores desta semana santa, andam a boleia das ideias de um tal vendedor de azeite cá do burgo, porém apraz-me uma dúvida: Porque razão é necessário fazer distribuição de "santinhos" nas caixas de correio, uma vez que é uma iniciativa dita para fora do concelho? já agora uma segunda reflexão: Quanto custa tudo isso? será que o erário público dá para tudo?...
Pelo menos se fossem aplicados em paliativos para as pessoas..agora em Flyers que todos vão deitar ao lixo...é uma estupidez.
Sem os ditos "santinhos" o programa fica desconhecido... e se o projecto também se destina aos de fora, há que nunca esquecer os de dentro. E quanto ao flyers irem todos para o lixo, cada um fala por si: acredito que vão todos para ao lixo, e será um óptimo trabalho se forem todos para ao lixo dia 13 de Abril.
Antes de tudo, o papel é reciclável, pelo que ir directo para o lixo este flyer é motivo para nos deixar triste, independentemente da data em que isso suceda, pelo que devias era apelar a colocação dos mesmos em eco pontos.Mesmo com a tua explicação, fiquei sem saber Quanto custa tudo isso? será que o erário público dá para tudo? seguinte: "Quanto custa tudo isso? será que o erário público dá para tudo?"
:-)
OK... lógico que pode ser reciclado, sigam então todos para o ecoponto a 13 de Abril! :)
Quanto ao custo global da Semana Santa, 55.000€ (50.000€ dos cofres da autarquia) é o valor anunciado... nada de muito significativo quando comparado com impacto e visibilidade que o projecto já começa a ter... e com o que se pretende criar com a nova estratégia de comunicação e reforço da componente de recriação histórica que este ano se verifica.
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