De há uns dias para cá o Bloco de Esquerda [BE] decidiu avançar com uma estranha missão... o ataque às cauções no levantamento dos cartões electrónicos de acesso às visitas nos hospitais. portugueses Inicialmente o caso do Hospital de S. Sebastião [situação com ANOS de existência] foi a rampa de lançamento... sendo entretanto agrupados os hospitais de Braga e Guimarães.
Num comunicado o BE alerta para a situação, proclamando que «“é incompreensível num contexto de crise económica e social, onde as famílias têm enormes dificuldades” e cria uma “discriminação inadmissível” entre os que podem pagar e os que não conseguem pagar “e, por isso, se vêem impedidos de visitar os seus familiares”».
Bem, durante muitos dias escusei-me a comentar esta situação, mas basta!
Sem vir em defesa de ninguém, até porque quem de direito saberá muito fazê-lo, deixo algumas questões:
- Terá andado o BE tão distanciado da realidade durante tanto tempo para só agora se aperceber do funcionamento dos hospitais?
- Porque só em contexto de crise esta situação se torna incompreensível?
- Onde está a discriminação, quando todos têm de "pagar"?
- "Pagar"? Mas afinal falamos de uma caução e não de uma taxa. Sim, 15€ que se destinam a impor algum peso monetário à responsabilidade que as pessoas carregam nas suas mãos: os cartões de acesso caros e sensíveis, que se não devidamente conservados facilmente deixam de funcionar.
Ou seja, facilmente se compreende uma medida, que apenas se limita a responsabilizar as visitas pelo material que lhes é confiado.
4 comentários:
Palhaçada..., com 20€ compram-se 100 cartões novos...
nao sei o valor dos cartoes... mas penso que um valor de 1 ou 2 euros seria o suficiente para que as pessoas tivessem cuidado com o cartao e o devolvessem no fim da visita... seguindo a mesma linha de pensamento dos carrinhos de compras... niguem os abandona pelo facto de ser so 1 euro
É verdade, mas esse [menos valor e pagamento a cada visita] é o conceito de Braga, que são 5€ por cartão.
No caso do CHEDV e não só [coisa que o BE não explica] o pagamento é efectuado pelos familiares mais directos no momento do internamento [15€ por todos os cartões associados ao doente, tanto quanto sei 2], devolvidos no momento da alta e mediante devolução dos mesmos.
Um cartão como aquele que é usado no S. Sebastião, que possui um chip interno que activa uma antena, e não uma banda magnética ou código de barras. Que por sua vez activa a cancela, e permite ter um controlo efectivo de quem entrou, pois cada um destes cartões é registado numa base de dados que é activada a cada vez que é usado, não servindo apenas para abrir a cancela.Estes cartões, em função das suas características, têm como preço nunca menos de 5 a 8€ a unidade, sem adicionar a impressão. Pelo que a caução de 15 euros, além de servir efectivamente para garantir o pagamento dos 2 cartões em caso de extravio, pode também efectivamente nem cobrir o custo actual.
Assim sendo, o que o BE aqui argumenta é algo baseado em demagogia barata, e pior, e desconhecimento do funcionamento das instituições. O que não é mais que uma expressão triste do mau desempenho que alguns Bloquistas vão mostrando em Santa Maria da Feira.
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