A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) publicou, ontem, um
estudo proposta para a Carta Hospitalar, nas especialidades de Medicina
Interna, Cirurgia Geral, Neurologia, Pediatria, Obstetrícia e Infecciologia,
sugerindo um vasto leque de reformulações que implicam o encerramento de
inúmeros serviços. O organismo que há cerca de um ano colocou o dedo na feria e
se propôs avançar com a avaliação de tecnologias de saúde (não medicamentos),
algo completamente esquecido em Portugal, volta à linha da frente afirmando verdades
que muitos políticos têm medo sequer em pensar. Haja um novo fôlego rumo à
sustentabilidade de um sistema despesista e desordenado.
Tendo em conta um vasto número de critérios nas mais diversas
áreas, preenchendo todas as premissas admissíveis, são propostas diversas
alterações aos serviços hospitalares, em especial nos cuidados prestados nos
hospitais de proximidade.
Assim, as propostas para o Centro Hospitalar de Entre Douro
e Vouga (CHEDV) são as seguintes:
i) Medicina Interna: urgência no Hospital de S. Sebastião
(HSS) com manutenção das consultas de proximidade em Oliveira de Azeméis e perda
da especialidade em S. João da Madeira;
ii) Cirurgia Geral: manutenção da cirurgia oncológica no
HSS, com excepção das situações de maior grau de complexidade, que deverão redireccionadas
para centro de especialidade; fim dos serviços de cirurgia geral no hospital
de S. João da Madeira, com excepção da cirurgia de
ambulatório e consulta externa; manutenção do serviço de cirurgia geral durante
24 horas no HSS (sendo de notar que mais à frente no estudo é referida a possibilidade de
no período entre as 0h e as 8h as cirurgias de urgência do CHEDV serem
transferidas para o Hospital de Vila Nova de Gaia);
iii) Neurologia: HSS como hospital de referência com 6 a 8
especialistas;
iv) Pediatria: concentração dos serviços no HSS;
v) Obstetrícia: partos concentrados no HSS; Oliveira de
Azeméis com apoio à obstetrícia em ambulatório;
vi) Infecciologia: CHEDV mantém a ausência da especialidade.
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