O líder do clube de Santa Maria da Feira ainda não perdeu a esperança, face ao novo mecanismo de controlo salarial e fiscal da Liga, que pode excluir os incumpridores.
O presidente do Feirense, Rodrigo Nunes, assegurou hoje que
deixará o cargo caso se confirme a descida à Liga de Honra de futebol,
embora mantenha a esperança na manutenção no primeiro escalão.
Na assembleia-geral do clube, o dirigente admitiu que, mediante
as exigências pessoais e financeiras, não tem condições para continuar
na presidência do clube, mostrando-se, no entanto, disponível para
colaborar com a futura direção.
«O Feirense deu uma imagem de credibilidade ao futebol português
como nunca outro clube deu. Em 94 anos de existência foi sempre
cumpridor e acho que o clube tem todas as condições para que outro possa
tomar o meu lugar. Tem um excelente estádio e um complexo desportivo
com óptimas condições. Por isso, estou disponível para ajudar o futuro
presidente porque gosto do Feirense. Já tenho saudades e ainda nem saí»,
revelou.
Apesar de não se mostrar disponível para continuar, Rodrigo Nunes
admite que a decisão da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP)
sobre os pressupostos financeiros para a inscrição dos clubes na Liga
poderá provocar um retrocesso nas suas intenções.
«Nunca mais serei presidente do Feirense na II Liga, mas caso fique no escalão máximo estou disposto para continuar», declarou.
O dirigente mostrou-se ainda confiante na possibilidade de o
clube ficar no primeiro escalão, salientando que a LPFP deve manter a
sua atitude fiscalizadora.
«Ainda não perdi a esperança. Se a Liga for rigorosa com os
outros clubes como foi com Feirense na análise dos pressupostos, a
competição do próximo ano provavelmente disputar-se-ia a quatro voltas»,
ironizou.
Perante a indefinição de Rodrigo Nunes, o clube tem agendada nova
assembleia-geral, marcada para o próximo dia 23 de Junho, dia em que a
Liga de clubes revela a sua decisão sobre os pressupostos apresentados
pelos clubes.
@ Sapo
Como já disse, em tempos, esta atitude soa-me a birra... espero que não seja a responsável pela asfixia de toda a razão feirense para a contestação efectuada.
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