quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Iniciou a recuperação ambiental nas Pedreiras de Lourosa

A primeira fase de recuperação ambiental das pedreiras abandonadas de Lourosa, que consiste na selagem da superfície dos locais de deposição de resíduos nas ex-pedreiras dos ‘Linos’ e ‘Limas’, teve início a 12 de Dezembro.


O vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, o presidente da Junta de Freguesia de Lourosa, Sérgio Ribeiro e alguns elementos da comissão de acompanhamento designada pela Assembleia Municipal, acompanharam o arranque destas obras.
O depósito de resíduos em duas pedreiras desativadas, na freguesia de Lourosa, teve origem há cerca de treze anos com a utilização das antigas pedreiras dos “Limas” e “Linos” como “lixeiras”. Desde então várias medidas corretivas têm sido aplicadas ao longo dos anos, nomeadamente a suspensão imediata da deposição de resíduos, a vedação dos terrenos, a recuperação e reflorestação dos locais, entre outras.
Como resultado da deposição ilegal de resíduos gerou-se um passivo ambiental que desqualifica o território.
Dada a urgência em realizar uma intervenção de recuperação ambiental de ambos os locais, foi efetuado um estudo pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, apresentando diferentes alternativas, tendo a Secretaria de Estado do Ambiente optado pela solução que agora se concretiza. Nesse sentido, foi celebrado um protocolo entre a CCDRN, a ARH Norte e o Município de Santa Maria da Feira com vista à implementação de uma solução de recuperação ambiental que consiste na selagem da superfície dos locais de deposição dos resíduos e na execução de obras complementares de drenagem das águas pluviais e de integração paisagística, com o intuito de travar a lixiviação por percolação vertical das águas pluviais através da zona de depósito dos resíduos.
Assim, no seguimento da aprovação do financiamento da “Recuperação das Pedreiras de Lourosa”, no âmbito do Eixo Prioritário III – Valorização e Qualificação Ambiental e Territorial do QREN, serão efetuadas as seguintes operações: selagem da superfície dos locais de deposição de resíduos e execução de obras complementares de drenagem de águas e de integração paisagística; execução de uma rede de piezómetros na envolvente das pedreiras, no quadro de um “Plano de Monitorização Ambiental das águas subterrâneas, na envolvente das Pedreiras de Lourosa”; plantação de uma cortina arbórea ao longo de todo o perímetro das pedreiras, com cerca de 5 metros de largura, limitada pela vedação; sementeira de um prado natural em todo o espaço intervencionado com a plantação de espécies arbustivas de pequeno porte, que contribuam para a estabilização dos taludes e controlem a erosão.
Outras das preocupações ao nível desta intervenção prendem-se com a sensibilização da população local para a não utilização das águas subterrâneas e a requalificação e valorização paisagística do espaço.
Emídio Sousa referiu que, com esta intervenção, “se vai transformar um grave passivo ambiental numa oportunidade, disponibilizando-se à população um grande espaço de lazer e recreio”.
O custo total desta operação é de cerca de 3 milhões de euros e tem uma taxa de cofinanciamento de 80%, bem como uma comparticipação da CCDRN-N que representa 20% do total do investimento.

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