A primeira fase de recuperação ambiental das pedreiras abandonadas de
Lourosa, que consiste na selagem da superfície dos locais de deposição
de resíduos nas ex-pedreiras dos ‘Linos’ e ‘Limas’, teve início a 12 de
Dezembro.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio
Sousa, o presidente da Junta de Freguesia de Lourosa, Sérgio Ribeiro e
alguns elementos da comissão de acompanhamento designada pela Assembleia
Municipal, acompanharam o arranque destas obras.
O depósito de
resíduos em duas pedreiras desativadas, na freguesia de Lourosa, teve
origem há cerca de treze anos com a utilização das antigas pedreiras dos
“Limas” e “Linos” como “lixeiras”. Desde então várias medidas
corretivas têm sido aplicadas ao longo dos anos, nomeadamente a
suspensão imediata da deposição de resíduos, a vedação dos terrenos, a
recuperação e reflorestação dos locais, entre outras.
Como resultado da deposição ilegal de resíduos gerou-se um passivo ambiental que desqualifica o território.
Dada
a urgência em realizar uma intervenção de recuperação ambiental de
ambos os locais, foi efetuado um estudo pela Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto, apresentando diferentes alternativas, tendo a
Secretaria de Estado do Ambiente optado pela solução que agora se
concretiza. Nesse sentido, foi celebrado um protocolo entre a CCDRN, a
ARH Norte e o Município de Santa Maria da Feira com vista à
implementação de uma solução de recuperação ambiental que consiste na
selagem da superfície dos locais de deposição dos resíduos e na execução
de obras complementares de drenagem das águas pluviais e de integração
paisagística, com o intuito de travar a lixiviação por percolação
vertical das águas pluviais através da zona de depósito dos resíduos.
Assim,
no seguimento da aprovação do financiamento da “Recuperação das
Pedreiras de Lourosa”, no âmbito do Eixo Prioritário III – Valorização e
Qualificação Ambiental e Territorial do QREN, serão efetuadas as
seguintes operações: selagem da superfície dos locais de deposição de
resíduos e execução de obras complementares de drenagem de águas e de
integração paisagística; execução de uma rede de piezómetros na
envolvente das pedreiras, no quadro de um “Plano de Monitorização
Ambiental das águas subterrâneas, na envolvente das Pedreiras de
Lourosa”; plantação de uma cortina arbórea ao longo de todo o perímetro
das pedreiras, com cerca de 5 metros de largura, limitada pela vedação;
sementeira de um prado natural em todo o espaço intervencionado com a
plantação de espécies arbustivas de pequeno porte, que contribuam para a
estabilização dos taludes e controlem a erosão.
Outras das
preocupações ao nível desta intervenção prendem-se com a sensibilização
da população local para a não utilização das águas subterrâneas e a
requalificação e valorização paisagística do espaço.
Emídio Sousa
referiu que, com esta intervenção, “se vai transformar um grave passivo
ambiental numa oportunidade, disponibilizando-se à população um grande
espaço de lazer e recreio”.
O custo total desta operação é de
cerca de 3 milhões de euros e tem uma taxa de cofinanciamento de 80%,
bem como uma comparticipação da CCDRN-N que representa 20% do total do
investimento.
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