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São apaixonadas pela história, pelo património, pelos costumes e
tradições que dão vida a um povo. Fazem dessa paixão o seu trabalho que,
aliás, já mereceu uma distinção da União Europeia. Débora Macedo e
N’Zinga Macedo são naturais de Santa Maria da Feira e correm mundo a
cuidar do património.
“Suis Generis” é o nome da empresa das duas irmãs de Santa Maria da
Feira e explica bem o que pensam do património que se revela em cada
rua, cidade ou pais do mundo. “É único” – diz Débora Macedo. Abriram a
empresa em 2006 e estão conscientes de que é a única em Portugal que se
dedica a uma área “tão especial” e “tão pouco explorada”. E isso encaram
como o melhor dos desafios. “O que fazemos é a gestão do património.
Nós somos uma espécie de médicos de clínica geral que fazem a análise do
património e depois chamam os especialistas para que seja de facto
cuidado e preservado e até divulgado”- salienta N’Zinga Macedo. Desse
trabalho já resultou uma distinção da União Europeia com um trabalho
realizado em torno da religião em três países tão distintos como Israel ,
Polónia e Portugal.
O estudo, elaborado em colaboração com, um investigador polaco,
reflecte a história e o património deixados pelos templários
portugueses, os teotônicos na Polónia e as cruzadas em Israel. “Este
estudo tem chamado a atenção de muita gente e esperamos que nos abra
portas para outros projectos” – refere Débora Macedo. Entre mãos têm,
por isso, outros planos que querem mostrar aos municípios e que têm a
ver cm a preservação e levantamento do património de cada concelho
português. “Há tanta coisa sub-aproveitada, mal tratada, desde
património material ao imaterial, que valeria a pena aos municípios
prestar-lhe atenção, cuidar para depois poder mostrar às pessoas numa
vertente turística” – explica N’zinga Macedo.
A ideia está a ser construída e colocada no papel para que possa ser
apresentada em todo o mundo. “A verdade é que temos desenvolvido mais
trabalho no estrangeiro do que em Portugal e, por isso, gostaríamos de
agora poder investir também aqui, onde a cultura e o património são tão
vastos – aponta a patrimonióloga, salientando: “os portugueses não têm a
noção do património que possuem e de que forma ele poderia ser bem
aproveitado para o Turismo e até como uma fonte de riqueza. É preciso é
estar atento e estar receptivo a novas ideias”.
Débora e N’Zinga Macedo estão consciente das dificuldades da área, “por
ser tão verde e desconhecida como até há poucos anos era o Ambiente”,
mas acreditam que a empresa vai singrar também em Portugal, com o
reconhecimento do seu trabalho. “É difícil quebrar algumas
sensibilidades, em especial, das instituições que geram o património,
pois revelam quase que um egoísmo em relação ao que gerem, mas
entendemos que esta forma de pensar vai alterar-se”.
A “Suis Generis” conta já com alguns parceiros espalhados por todo o
mundo, entre os quais, se destaca o arquitecto Costa Lobo, a
Universidade da Beira Interior e a Faculdade de Letras do Porto.
As patrimoniólogas já passaram também por vários países. Em Londres
desenharam as directrizes para a conservação do património ambiental. Em
Malta elaboraram um projecto de conservação da pedra de calcário e, em
Israel, desenvolveram bases de dados de inventariação.
@ 7sete
2 comentários:
Parabéns!
Parabens miudas!!!
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