Decorreu ontem a 2ª edição dos Encontros do Castelo/A Conquista do Talento. Uma espécie de “contra-informação” e uma verdadeira
lufada de ar fresco numa altura em que a palavra "crise" nos assombra a cada
hora. Primeira lição: "crise" e "problema" são palavras proibidas. Procuremos,
então, as soluções!
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Imagem: Conquista do Talento [Humberto Barbosa Fotografia] |
Teresa Vieira – moderadora do primeiro painel – abriu a
tarde com uma frase de ordem: “o castelo é a marca do nosso concelho”. E com
isto viria a primeira oradora… e de luxo. Nini Andrade Silva falou-nos da sua
experiência na “Importância do Design no Turismo”. Com uma mão cheia de
exemplos concretos e muitos projectos concretizados, durante uma hora, deliciou
a audiência. E num contexto menos favorável? “
Dar a volta”! “Criar”! “
Quem
imita não vai a lado nenhum”! um pequeno conjunto de ideias-chave de um
conceito mais global a reter: “
temos de deixar de estar indignados para passar
a estar inspirados”.
Em seguida, o tema seria completamente diferente. Nuno
Miller falou de “Inovação” aplicada ao conceito de “E-Commerce”. O conceito não
é novo, mas apresenta, hoje, novas perspectivas e novas fronteiras. Atendendo ao
facto de “o Facebook ser o terceiro país do mundo”, facilmente compreendemos
que estamos numa “revolução das redes sociais”, abrindo caminho a novas ideias
e formas de comunicar com o público-alvo.
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Imagem: Conquista do Talento [Humberto Barbosa Fotografia] |
À terceira etapa falaríamos de marcas. Mais precisamente do “Poder
das Marcas no Nosso Portugal Genial”. E que palestra! Carlos Coelho usou e
abusou (ou não) dos princípios da identidade. Não vou reproduzir as dezenas de
frases que deveriam ser lidas por todos os portugueses. Apenas alguns exemplos:
“
o pessimismo é um luxo dos países ricos”; “
não devemos ter vergonha de sermos
bons”; “crisis is a mind opener”. Tudo isto para reforçar a ideia de que
Portugal tem MUITO potencial, haja CRIATIVIDADE e vontade de fazer deste
pequeno GRANDE país mais do que um mundo de lamentações. Fomos pioneiros nas descobertas
e na colonização de territórios desconhecidos; levamos às cortes do norte parte
do que hoje são os seus hábitos e tradições; temos uma riqueza marítima incomparável…
e, acima de tudo, “Portugal é FISH”! Temos de conquistar o mundo pelo estômago!
Esta será uma das conclusões finais… fazer de Portugal aquilo que já é: o "local
onde melhor se come no mundo".
Infelizmente o meu tempo foi curto para tantas ideias e
vi-me obrigado a sair antes do tempo. No entanto, ficou a faltar um pilar de
luxo: “Internacionalização: Capitalizar a Excelência de Portugal num Mundo
Global”, com as palavras de Ana Teresa Lehmann.
O Castelo da Feira, muitos séculos depois, continua a ser
palco de interessantes e relevantes partilhas de ideias, num cenário tão
inovador e competitivo como o mundo actual. E, claro, um Castelo com elevador é
uma prova básica do empreendedorismo nacional.
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