Quando Alice Coelho, de 70 anos, ouviu um estrondo, e da janela viu as
chamas com mais de 10 metros no compartimento onde guardava a lenha e os
cereais, só pensou em acordar a irmã e fugir dali. Eram 04h20 de ontem.
Os bombeiros da Feira chegaram em 15 minutos à rua Chão do Rio,
Riomeão, e salvaram a cozinha e os quartos.
"Ouvi um estrondo e pensei que eram os ladrões, mas
quando vi que era o fogo só tive tempo de gritar para a minha irmã: ‘Ai
Jesus. Acorda Celeste, que a casa está a arder’." A septuagenária, que
reside na casa com a irmã, de 72 anos, ainda tentou pedir socorro pelo
telefone. "Estava nervosa e não conseguiu marcar nenhum número e por
isso corremos para a rua a gritar. É horrível ver o fogo a levar-nos as
coisas", contou ao CM, com as lágrimas no rosto.
"Foram
os gritos que nos acordaram em sobressalto. Foi um grande susto quando
vimos as labaredas a destruírem tudo", diz um vizinho. O incêndio poderá
ter sido originado por um problema eléctrico no moinho das farinhas
para o pão que Alice e Celeste fabricam artesanalmente para vender.
"A
nossa prioridade foi proteger a zona que ainda não tinha sido
atingida", afirmou ao CM o comandante dos bombeiros, Manuel Neto.
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