Exatamente 3 anos depois do 1º nascimento desta espécie em cativeiro na Europa, no Zoo de Lourosa, o Parque Ornitológico, único do género em Portugal, registou mais um nascimento da espécie Ceratogymna atrata, designado como Calau de casco cinzento.
Desta feita, o segundo caso de sucesso de reprodução da espécie em cativeiro na Europa, tendo havido, desde 2009, mais dois nascimentos no Zoo de Lourosa, embora tenham acabado por morrer. Nos últimos anos mais nenhum zoológico no mundo teve sucesso na procriação.
Esta espécie é de muito difícil reprodução em cativeiro e o seu comportamento, aquando da procriação é, no mínimo, interessante e sui generis. A fêmea fica selada no ninho com o ovo e com o pinto, após o nascimento, no caso da juvenil que apresentamos, falamos de 43 dias até ao nascimento do pinto e mais 79 dias até à triunfal saída de ambos. Durante este período é o macho que cuida da alimentação quer da fêmea quer do recém nascido.
O pequeno Calau é uma menina, e já pode ser visitada na instalação em que se encontra junto dos progenitores, na ala dos Calaus.
Originária de algumas florestas da África Central, Sul da Guiné, Serra Leoa, Sudão, Uganda, Angola e Zaire, esta não é considerada uma espécie em vias de extinção demonstrando, todavia, um forte declínio na sua população em habitat selvagem, segundo dados avançados pela IUCN (International Union for Conservation of Nature), devendo-se este, sobretudo, à perda de habitat, captura para consumo humano e tráfico internacional.
O Zoo de Lourosa aposta fortemente na reprodução desta espécie, tendo como objetivo primordial contribuir para a sua viabilidade futura nas coleções zoológicas, uma vez que, segundo o ISIS (International Species Information Sistem), atualmente existem apenas 12 machos e 12 fêmeas a nível mundial, dos quais 5 machos e 7 fêmeas na Europa.
O Parque Ornitológico de Lourosa faz nota da sua satisfação em, uma vez mais, ter ajudado no cumprimento da missão de proteger e preservar mais uma espécie.
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