Os trabalhadores das corticeiras ICAL e ICL, em greve
desde 6 de julho devido a salários em atraso, concentraram-se hoje em
Espinho junto à residência do gerente, para "ele ter vergonha na cara e
pagar o que deve".
Em dívida estão os salários de maio e Junho dos 85
trabalhadores das duas fábricas situadas em Lourosa, concelho de Santa
Maria da Feira, e ambas pertencentes ao grupo Organizações Industriais
de Joaquim Almeida Lima - cujo filho, Valdemar Lima, foi o alvo dos
grevistas que, entre as ruas 20 e 27, gritaram para o prédio do
empresário "Paga, Caloteiro!", empunhando ainda cartazes com frases como
"Experimenta tu viver sem salário".
A explicação para essas palavras de ordem foi dada à
Lusa por Joaquim Bessa, um dos operários mais jovens do grupo, com 12
anos de serviço na ICAL: "Há dois anos que o Valdemar Lima nos anda a
pagar aos bocados quando é um dos homens mais ricos de Lourosa e não lhe
falta dinheiro para andar a estourar na Bolsa".
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