segunda-feira, 9 de julho de 2012

Movimento pela Caixa das Artes JÁ! - Comunicado 9 JUL 2012


Meia semana depois do lançamento do “Movimento pela Caixa das Artes JÁ!” fica uma certeza, valeu a pena! Acreditamos cada vez mais na manutenção do projecto de Novembro de 2011. 

Em apenas 5 dias compreendemos, ainda mais, a pertinência do projecto, o desconhecimento público (e de muitos intervenientes públicos) de uma obra ímpar e das suas valências e, claro, o medo da ameaça que este equipamento poderia fazer a outros supostos concorrentes (que ficou patente em inúmeras comunicações). Recebemos comparações com a Plataforma das Artes e da Criatividade, com a Oliva Creative Factory e mesmo com plataformas absolutamente direccionadas para a indústria. Em nenhuma delas encontramos apoio às artes performativas ou às artes de rua. Em nenhuma delas, encontramos espaços de incubação e acolhimento para artistas de rua ou actores. Em nenhuma delas encontramos espaços de partilha e formação para o teatro, a dança ou mesmo a música. Em nenhuma delas temos um conceito integrado de residência artística. Assim, facilmente se compreende que nenhuma delas será ameaça à Caixa das Artes, antes pelo contrário.

Está na hora de potenciar o know-how e dar valor às CENTENAS de projectos que nasceram na Feira na última década. Como em tudo, alguns vingaram e outros não… uns continuaram amadores, outros profissionalizaram-se. Hoje, somos uma referência mundial nas artes de rua… encontramos feirenses envolvidos em alguns dos maiores projectos artísticos de rua e performance do mundo… mas, continuamos a falhar no apoio e no incentivo, falta-nos o empurrão final: a constatação universal da Feira como Capital das Artes de Rua. E para tal, apenas nos falta uma estrutura coesa, capaz de integrar os vários intervenientes, dando vida à criatividade e à irreverência. 

A Caixa das Artes é um projecto absolutamente fundamental!
O seu funcionamento deverá ser imediato!

As suas valências, em projecto, foram pensadas e repensadas em inúmeros aspectos, estando garantida a funcionalidade dos espaços e a coesão artística e técnica. Deste modo, não poderemos aceitar novas perspectivas de alteração, em pleno curso do procedimento de concurso público, talvez com o intuito de atrasar o curto investimento local necessário, num bolo total de 8 milhões de euros, integrado no QREN. Que outra explicação poderemos encontrar?

E se assim for, porque não equacionar perspectivas alternativas de financiamento dessa curta fracção de investimento? Porque não negociar o faseamento do financiamento comunitário e planear a obra em duas fases, ao longo de 5 anos (primeiro o pólo I e depois o pólo II)?

O Europarque não é solução para a “Academia”. Se por um lado não dará resposta a todas as valências, por outro terá o seu funcionamento base comprometido. Além de que um dos princípios que remeteu esta estrutura para uma zona industrial não estará cumprido no Europarque: vamos organizar congressos com oficinas pesadas de carpintaria e serralharia na sala ao lado?

Estamos perante uma oportunidade ÚNICA de dar nova vida ao Cine Teatro António Lamoso, uma sala obsoleta e sem capacidade de atracção de mercado, que mesmo com remodelação anunciada corre o risco de asfixia num mercado competitivo.

Qual a proposta alternativa para a Pedreira da Pena e para a Praça projectada para a ligação à pedreira?
Com tamanha atrocidade política e tão gigantesco atentado à cultura feirense poderíamos afirmar que grandes nomes desaparecidos do panorama cultural da cidade, como o próprio Sr. António Lamoso, deverão já estar a preparar a recepção celeste à cultura feirense, para a qual a forca parece estar preparada.

A crise não pode ser desculpa. Nada mudou desde Novembro passado. A Caixa das Artes tem de ser uma realidade, tal como prometido, projectado e anunciado aos feirenses. A Caixa das Artes é um investimento no futuro da cidade, do concelho, da região e do país.

O Movimento pela Caixa das Artes JÁ!

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