Meia semana depois do
lançamento do “Movimento pela Caixa das Artes JÁ!” fica uma certeza, valeu a
pena! Acreditamos cada
vez mais na manutenção do projecto de Novembro de 2011.
Em apenas 5 dias compreendemos, ainda mais, a pertinência do
projecto, o desconhecimento público (e de muitos intervenientes públicos) de
uma obra ímpar e das suas valências e, claro, o medo da ameaça que este
equipamento poderia fazer a outros supostos concorrentes (que ficou patente em
inúmeras comunicações). Recebemos comparações com a Plataforma das Artes e da
Criatividade, com a Oliva Creative Factory e mesmo com plataformas
absolutamente direccionadas para a indústria. Em nenhuma delas encontramos
apoio às artes performativas ou às artes de rua. Em nenhuma delas, encontramos
espaços de incubação e acolhimento para artistas de rua ou actores. Em nenhuma
delas encontramos espaços de partilha e formação para o teatro, a dança ou
mesmo a música. Em nenhuma delas temos um conceito integrado de residência
artística. Assim, facilmente se compreende que nenhuma delas será ameaça à
Caixa das Artes, antes pelo contrário.
Está na hora de
potenciar o know-how e dar valor às CENTENAS de projectos que nasceram na Feira
na última década. Como
em tudo, alguns vingaram e outros não… uns continuaram amadores, outros
profissionalizaram-se. Hoje, somos uma referência mundial nas artes de rua…
encontramos feirenses envolvidos em alguns dos maiores projectos artísticos de
rua e performance do mundo… mas, continuamos a falhar no apoio e no incentivo, falta-nos
o empurrão final: a constatação universal da Feira como Capital das Artes de
Rua. E para tal, apenas nos falta uma estrutura coesa, capaz de integrar os
vários intervenientes, dando vida à criatividade e à irreverência.
A Caixa das Artes é um
projecto absolutamente fundamental!
O seu funcionamento
deverá ser imediato!
As suas valências, em projecto, foram pensadas e repensadas
em inúmeros aspectos, estando garantida a funcionalidade dos espaços e a coesão
artística e técnica. Deste modo, não poderemos aceitar novas perspectivas de
alteração, em pleno curso do procedimento de concurso público, talvez com o intuito de atrasar o curto
investimento local necessário, num bolo total de 8 milhões de euros,
integrado no QREN. Que outra explicação poderemos encontrar?
E se assim for, porque não equacionar perspectivas
alternativas de financiamento dessa curta fracção de investimento? Porque não negociar
o faseamento do financiamento comunitário e planear a obra em duas fases, ao
longo de 5 anos (primeiro o pólo I e depois o pólo II)?
O Europarque não é solução para a “Academia”. Se por um lado
não dará resposta a todas as valências, por outro terá o seu funcionamento base
comprometido. Além de que um dos princípios que remeteu esta estrutura para uma
zona industrial não estará cumprido no Europarque: vamos organizar congressos
com oficinas pesadas de carpintaria e serralharia na sala ao lado?
Estamos perante uma oportunidade ÚNICA de dar nova vida ao
Cine Teatro António Lamoso, uma sala obsoleta e sem capacidade de atracção de
mercado, que mesmo com remodelação anunciada corre o risco de asfixia num
mercado competitivo.
Qual a proposta alternativa para a Pedreira da Pena e para a
Praça projectada para a ligação à pedreira?
Com tamanha atrocidade
política e tão gigantesco atentado à cultura feirense poderíamos afirmar que grandes nomes
desaparecidos do panorama cultural da cidade, como o próprio Sr. António Lamoso,
deverão já estar a preparar a recepção celeste
à cultura feirense, para a qual a forca parece estar preparada.
A crise não pode ser
desculpa. Nada mudou
desde Novembro passado. A Caixa das Artes tem de ser uma realidade, tal como
prometido, projectado e anunciado aos feirenses. A Caixa das Artes é um
investimento no futuro da cidade, do concelho, da região e do país.
O Movimento pela Caixa das Artes JÁ!
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